A Eleição de Guterres e os Países de Língua Portuguesa: Que Oportunidades num Mundo Pós-Ocidental?
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a 24/11/2016 - 17:00
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A eleição de António Guterres para Secretário-Geral das Nações Unidas é uma boa notícia para a comunidade internacional, pela visão clara que o novo Secretário-Geral tem da situação internacional e da evolução para um mundo policêntrico, pós-ocidental, no qual a resolução dos problemas internacionais não precisa só do empenho de europeus e de norte-americanos, mas também do empenho de muitos outros atores globais e regionais. Para que o multilateralismo seja eficaz tem que ser inclusivo.
O debate tem-se centrado em procurar compreender como é que o novo secretário-geral poderá encontrar, nas Nações Unidas, nomeadamente no Conselho de Segurança, os apoios necessários para lidar com questões tão urgentes como a guerra da Síria e do Iraque e as suas trágicas consequências humanitárias, e a procura de consensos que hoje se coloca no contexto pós-Obama - presidente multilateralista -, da futura Presidência dos Estados Unidos por Donald Trump.
Pouco tem sido dito sobre o impacto que um Secretário Geral de língua portuguesas poderá ter na promoção da agenda dos países lusófonos. Será que haverá agora condições para que a língua portuguesa se torne língua oficial das Nações Unidas, como Guterres já declarou que gostaria que fosse? Será uma oportunidade para a promoção da cultura de língua portuguesa? Que agendas políticas internacionais terão mais possibilidade de serem assumidas pelas Nações Unidas? Também deve fazer parte do debate como é que os países lusófonos, localizados em quatro continentes - o que é de grande relevância num mundo policêntrico - poderão apoiar a ação do Secretário-Geral. A resposta a estas questões não é evidente, mas debatê-las é urgente.
Texto de referência: Um Secretário Geral Pós-Ocidental - Alvaro Vasconcelos
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Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo