A Paisagem como Paradigma Político: Corpo e Paisagem na Época das Imagens Técnicas
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a 24/11/2017 - 12:00
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Desde o aparecimento do conceito da paisagem nas diversas línguas da cultura ocidental [paysage, paesaggio, landscape, Landschaft] existe uma relação indissociável entre paisagem e política, que na sua origem tratava antes de mais nada a questão do bom e do mau governo e dos efeitos do mesmo sobre a população urbana e paisana, como descrito já nos afrescos de Ambrogio Lorenzetti nos meados do século XIII.
Contudo, o que será significante para a compreensão da paisagem como paradigma politico é a abstração da paisagem como território de uma identidade, percebendo a paisagem como espaço aberto ao horizonte onde se cruzam e desdobram as múltiplas experiências humanas e não humanas. O excurso sobre a paisagem como paradigma político compreende a paisagem para além de um mero significado estético e no contexto da tríade corpo-vivo-paisagem-imaginação, considerando as imagens técnicas hoje em dia como os formadores do humano e dos seus mais diversos ambientes.
A política da paisagem e a paisagem como paradigma politico inclui o pensar sobre o corpo-vivo que perambula na paisagem que habita, como também o imaginário da natureza e do natural formado pela imagem técnica e da sua política. Enquanto as imagens dominam toda a esfera política, as paisagens serão apenas os objetos das mesmas. Mas a paisagem não é objecto, e devido a sua característica como espaço de encontro e de reunião, da horizontalidade e do terceiro entre o natural e o cultural, é o autêntico futuro agente político.
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Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo