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Colapso Ambiental e Capitalismo

por Cláudia Regina - publicado 29/05/2019 09:55 - última modificação 23/09/2019 12:40

Detalhes do evento

Quando

de 05/06/2019 - 14:00
a 05/06/2019 - 17:00

Onde

Sala Alfredo Bosi, Rua Praça do Relógio, 109, Cidade Universitária, São Paulo

Nome do Contato

Telefone do Contato

(11) 3091-1686

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O Decênio Crucial, Luiz Marques (UNICAMP)

“O que fizermos nos próximos dez anos determinará o futuro da humanidade nos próximos 10 mil anos”. Com essa frase, Sir David King, Professor Emérito da Universidade de Cambridge, exprime um amplo consenso científico. O próximo decênio será, de fato, o mais crucial da história da humanidade. Aprofundamento da democracia socioambiental, diminuição da desigualdade econômica e das expectativas de consumo dos 20% mais ricos da humanidade, restauração das florestas e da biodiversidade, mudança do sistema alimentar, minimização do carnivorismo, redução da poluição e, acima de tudo, transição em regime de máxima urgência para um sistema energético de baixo carbono: de avanços imediatos em todas essas frentes dependem nossas chances de sobrevivência como sociedade organizada no segundo quarto deste século. Uma ampla tomada de consciência pela sociedade de sua situação-limite é o primeiro e decisivo passo para a inadiável redefinição da agenda política brasileira, no contexto da governança global.

 

Progresso e Exterminismo, José Corrêa Leite (FAAP)

O progresso é, frequentemente, uma questão de escala. Represar uma bacia hidrográfica em pequena escala pode representar um progresso para a população que aí vive; se isso se generaliza, destrói a bacia e força aqueles que aí vivem a se mudarem ou perecerem. Nessa dialética das escalas, forças produtivas podem se transformar em forças destrutivas. Difunde-se cada vez mais amplamente a percepção de que a ausência de limites para a racionalidade econômica do capitalismo globalizado está levando ao colapso ecológico. Isso coloca em xeque o horizonte de progresso que se constituiu como um dos princípios normativos da modernidade. Frente a um processo suicida – em princípio irracional, mas dotado de uma racionalidade própria – vale a pena resgatar o conceito formulado por E. P. Thompson em 1980 para analisar a lógica que poderia levar a uma guerra nuclear, o “exterminismo”, por ele apresentado como “o estágio final da civilização”. Combater a política exterminista vigente talvez seja a maneira mais adequada de designar o desafio que temos diante de nós.

Moderador: Marcos Barbosa de Oliveira (FFLCH e IEA/USP)


Inscrições

Evento público, gratuito e com inscrição prévia.

Público online não há necessidade de se inscrever.

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo