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Conversas sobre a Teoria Darwiniana (Quarto Encontro)

por Sandra Sedini - publicado 09/02/2022 14:40 - última modificação 26/09/2022 11:39

Detalhes do evento

Quando

de 07/06/2022 - 15:00
a 07/06/2022 - 17:00

Onde

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É cada vez maior a utilidade cognitiva da estrutura conceitual darwiniana. Mesmo em ciências tão diversas quanto a psicologia e a física quântica, passando por quase todas as disciplinas das humanidades.

Porém, tal processo, além de muito lento, não tem alcançado a devida visibilidade. No Brasil, ainda domina largamente a ideia de que a teoria darwiniana seja algo restrito às ciências da vida.

Na tarde da terça-feira 7 de junho, será a vez da Física Quântica, com a participação de Roberto Baldijão.

Quantum Darwinism and Contextuality é o título da recente tese de doutorado de Roberto Dobal Baldijão, no Instituto de Física da Unicamp.

Não será fácil explicar para leigos, em prosa, como a teoria darwiniana ajuda a entender a transição do universo quântico (em geral tido como exclusivamente subatômico) à realidade que enxergamos. Esta ideia nasceu em 2003, fruto das pesquisas do físico americano, de origem polonesa, Wojciech H. Zurek, do Los Alamos National Laboratory.

Ótima apresentação da tese de Baldijão foi publicada pelo jornalista científico José Tadeu Arantes, no boletim Agência Fapesp, do último 29 de março. Ele diz que “a interação de um sistema físico com o seu ambiente seleciona certos comportamentos e descarta outros”.

Não se trata, portanto, de mera analogia. Mais: é uma abordagem que já deixou de ser apenas teórica. Vários trabalhos relatam os avanços de testes experimentais. Além disto, sobre o pioneiro trabalho de Zurek, muitos artigos de outros grupos de pesquisa foram publicados em periódicos científicos.

Em poucas palavras, observadores recebem informação a respeito de um sistema depois que ele interage com porções de seu ambiente. Um exemplo simples: quando se lê este texto, olhos estão recebendo uma pequena porção dos fótons que interagiram com a tela que abriga o texto. Se outro leitor estivesse olhando para a mesma tela, receberia uma outra porção dos fótons que teriam interagido com a tela.

O processo de “darwinismo quântico” explica como - apesar das partículas da tela possuírem as ‘estranhezas’ quânticas - os dois leitores acabam recebendo a mesma informação sobre a tela e, assim, leem o mesmo texto. A teoria darwiniana ajuda a entender, portanto, como o estranho mundo quântico também explica a objetividade dos fenômenos físicos de nosso dia-a-dia.

Duas das questões essenciais da Tese estarão no centro desta conversa:

a)   Quais princípios físicos estão por trás da existência de tal “darwinismo”?

b)   Quais princípios são necessários para que ocorra tal processo?

Convidado:

Roberto Dobal Baldijão (IF/USP)

Entrevistadores:

Jaroslava Varella Valentova (IP/USP e Núcleo de Popularização dos Conhecimentos sobre Evolução Humana do IEA/USP)

José Eli da Veiga (Programa Professor Senior)

Coordenação:

José Eli da Veiga (Programa Professor Senior)

Transmissão

Acompanhe a transmissão do evento em www.iea.usp.br/aovivo

Inscrições

Evento público e gratuito | Sem inscrição

Evento on-line | Não haverá certificação

Organização