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Jornada de Engenharia Popular: Caracterização, Desafios e Potencialidades

por Cláudia Regina - publicado 02/05/2018 16:20 - última modificação 23/09/2019 13:09

Detalhes do evento

Quando

de 14/08/2018 - 09:00
a 15/08/2018 - 18:00

Onde

Sala Alfredo Bosi, Rua Praça do Relógio, 109, Cidade Universitária, São Paulo

Nome do Contato

Telefone do Contato

11 3091-1686

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Engenharia popular (EP) designa uma prática brasileira da engenharia que busca não apenas a construção participativa do diagnóstico e da solução do problema técnico enfrentado pelo grupo popular com o qual se trabalha, como também, por meio desse processo, a gradativa construção de uma ordem sociotécnica de maior empoderamento, sustentabilidade ambiental e igualdade.

Tal movimento surge no início dos anos 2000, a partir da conjugação de três tradições distintas: a economia solidária, a tecnologia social e a extensão universitária. Hoje, um dos coletivos aos quais engenheiros/as identificados/as com tal abordagem se associam é a Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (Repos).

Em sua prática, a engenharia popular pressupõe necessariamente processos e metodologias que assegurem tanto o resgate ou a escuta dos saberes, valores, perspectivas e estéticas dos grupos populares com os quais se trabalha, quanto a incorporação disso ao projeto da solução técnica que será construída.

Adicionalmente, por conta da sua profunda vinculação com os valores da igualdade (entre gêneros, etnias e demais diversidades) e da sustentabilidade, a EP incorpora fortemente distintas reflexões feministas.

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No âmbito desta atividade junto ao IEA, objetiva-se fundamentalmente apresentar e discutir a engenharia popular. Isso será realizado em quatro momentos distintos: a apresentação de demandas por soluções técnicas adequadas por alguns movimentos sociais; a caracterização da EP, ao modo como a Repos a desenvolve; problematização desse tipo de atuação popular da engenharia, a partir de desafios que ela não pode se furtar a enfrentar; enriquecimento da tradição da EP a partir do diálogo com outras iniciativas populares de projeto e tecnologia.

Inscrições

Evento público, gratuito e com inscrição prévia

Público online não há necessidade de se inscrever

Programação

Terça-Feira, 14/08

Demandas de Movimentos Populares

9h-11h

ENCONTRO 1 – Mesa-redonda – Qual engenharia ou qual tipo de solução técnica é buscada por grupos populares?Diálogo com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

  • Maysa Pereira (Engenheira agrônoma, doutoranda pela UFLA e militante do MST)
  • Pablo Dias (Engenheiro florestal e coordenador nacional do MAB)
  • Vilma Estevam (Presidenta da cooperativa de catadores Coopersol-Leste (BH))

11h-11h15

Coffee-break

11h15-12h

Debate

12h-13h30

Almoço

Apresentação da Engenharia Popular

13h30-15h30

ENCONTRO 2 – Mesa-redonda – O que é a engenharia popular? Apresentação histórica: a tripla origem da engenharia popular brasileira e um panorama geral das atividades que os membros da Repos desenvolvem e desenvolveram no país.

15h30-16h

Coffee-break

16h-18h

ENCONTRO 3 – Mesa-redonda – O que fundamenta a compreensão de mundo e de engenharia que a EP possui?Fundamentações teóricas: pesquisa-ação, educação popular, feminismo.

Quarta-Feira,15/08

Problematização desse tipo de produção tecnológica

8h30-10h30

ENCONTRO 4 – Mesa-redonda – Alguns desafios da prática popular de projetos de engenharia. 1) Como incorporar os valores, ideais e estéticas do grupo popular ao conhecimento que subsidia o projeto de engenharia popular (ou como se construir uma ordem sociotécnica o mais próximo possível daquela buscada pelo grupo popular)? 2) Como projetar tecnologias digitais em diálogo com tecnologias têxteis artesanais: a questão do diálogo de saberes.

10h30-11h

Coffee-break

Alargando a reflexão: o que se pode aprender de outras iniciativas populares de produção técnica?

11h-13h

ENCONTRO 5 – Trocas de saberes, 2h – Etnografia e tecnologia. Conversa sobre a importância da etnografia e do diálogo entre saberes na construção de soluções técnicas populares. Nesta atividade, não ocorre uma palestra, mas a participação das pessoas presentes em uma conversa com e entre especialistas sobre, no caso, etnografia e produção tecnológica.

13h-14h30

Almoço

14h30-17h

ENCONTRO 6 – Mesa-redonda – Projeto e tecnologia no feminino. Apresentação e discussão de outras iniciativas brasileiras que têm caminhado na articulação entre projeto, tecnologia e o feminino (do qual o feminismo é parte).

Debatedora: Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia

17h-17h15

Coffee-break

17h15-18h

Debate

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo