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As Humanidades ante o Antropoceno (Primeira Conversa)

por Sandra Sedini - publicado 17/03/2023 10:10 - última modificação 19/05/2023 12:24

Detalhes do evento

Quando

de 13/04/2023 - 15:00
a 13/04/2023 - 17:00

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Como as Humanidades reagiram à proposta das Geociências de ser convencionada nova Época da História da Terra, posterior ao Holoceno?

Foi essencialmente a tal indagação que José Eli da Veiga, professor sênior do IEA/USP, procurou dar respostas no segundo livro do que virá a ser uma trilogia: O ANTROPOCENO E AS HUMANIDADES (Editora 34, abril de 2023).

Resvalaram nos mistérios da complexidade todas as pesquisas das humanidades científicas que encararam a proposta de Antropoceno como nova época da história da Terra. De forma explícita, no caso da Ciência da Sustentabilidade, mais acanhada no da Ecologia Política e bem heterogênea no âmbito das disciplinas mais tradicionais.

Ao mesmo tempo, enguiçavam as chamadas “novas ciências da complexidade”, depois de três décadas de notável entusiasmo. Desde 2015, nada de expressivo vem saindo dessa imensa Torre de Babel, o que gera muitas dúvidas sobre a bela profecia de Stephen Hawking segundo a qual a ciência deste século será a da complexidade.

Longe de supor ser premente a superação desse impasse em que se encontram as “novas ciências da complexidade”, o livro é uma aposta na possibilidade de que a teoria darwiniana – desde que bem entendida – possa ajudar a começar a procura do esperanto que poderá libertá-las da Torre de Babel que ergueram.

Também merece atenção a maneira como o livro resume a estranha dicotomia entre o temor de riscos existenciais para a sobrevivência da espécie humana, e da própria biosfera, e a crença (às vezes, concomitante na cabeça dos mesmos indivíduos) numa “Singularidade” tecnológica, muito próxima de uma versão secularizada do Nirvana.

Outra questão contemplada no livro é a celeuma entre os que consideram que “Antropoceno” é um termo perfeitamente adequado para descrever o atual (e vindouro) estado de coisas e os que propõem que “Capitaloceno” seria a melhor maneira de designar o mato sem cachorro no qual nos enfiamos enquanto espécie.

Convidados:

Tatiana Roque (UFRJ)

Reinaldo José Lopes (Folha de S.Paulo)

Coordenação:

José Eli da Veiga (Programa Professor Sênior)

Transmissão

Acompanhe a transmissão do evento em www.iea.usp.br/aovivo

Inscrições

Evento público e gratuito | Sem inscrição

Evento on-line | Não haverá certificação

Organização