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Perspectivas Filosóficas sobre a Técnica e o Maquinismo

por Cláudia Regina - publicado 14/03/2018 13:40 - última modificação 31/07/2018 14:41

Detalhes do evento

Quando

de 28/06/2018 - 09:30
a 28/06/2018 - 12:00

Onde

Sala Alfredo Bosi, Rua Praça do Relógio, 109, Cidade Universitária, São Paulo

Nome do Contato

Telefone do Contato

11 3091-1686

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Trata-se de problematizar o significado da técnica e do maquinismo para a epistemologia francesa da primeira metade do século xx. Por que a técnica tornou-se um problema quase inevitável dentro da corrente que Michel Foucault, em “A vida: a experiência e a ciência”, chamou de “filosofia do conhecimento, da racionalidade e do conceito”? Por que alguns dos maiores representantes dessa corrente, como Gaston Bachelard e Georges Canguilhem, reconheceram de modo tão unânime a centralidade do problema da técnica para a filosofia, a ponto de pensarem o conhecimento, a racionalidade e o conceito como sendo eles próprios (re)constituídos pelas técnicas em devir?

A ideia bachelardiana de fenomenotécnica e a ideia canguilhemiana de organologia levam à constatação de uma transformação profunda na qual o conceito da técnica torna-se central. Por meio da técnica, o “espírito” se forma e se transforma, a “vida” valora e se restaura. Para Bachelard, o estudo das máquinas mostra que o conceito da Razão é provisório e incompleto, pois as máquinas materializam teorias de modo a produzirem experiências cuja condição de possibilidade é técnica. São meios pelos quais se inventam racionalidades regionais. Para Canguilhem, por sua vez, a máquina é compreendida à luz do ser vivo, pois sua invenção é suscitada por uma necessidade do ser vivo – e não da máquina, como por vezes somos levados a crer. Mas, em contrapartida, o próprio ser vivo passa a se definir pela técnica (e pelo maquinismo) como um tipo de atividade que lhe é característico.

Assim, esta exposição nos levará a discutir o aporte filosófico dos problemas da técnica e do maquinismo legado por Gaston Bachelard e Georges Canguilhem. Ela também nos permitirá apontar alguns dos prolongamentos temáticos desta discussão na contemporaneidade, em particular acerca do atual controle humano pelas máquinas.

Inscrições

Evento público, gratuito e com inscrição prévia

Público online não há  necessidade de se inscrever

Programação

Palestrante: Marcos Camolezi (FFLCH/USP)

Moderador: Pablo Rúben Mariconda (FFLCH e IEA/USP)

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo