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Decolonizando Museus e Exposições sobre os Indígenas Ainus no Japão

por Sandra Sedini - publicado 12/05/2023 08:55 - última modificação 16/06/2023 11:16

Detalhes do evento

Quando

de 29/05/2023 - 10:00
a 29/05/2023 - 12:00

Onde

(*) Sala Alfredo Bosi, Rua Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo

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Esta apresentação examina a prática de decolonização de museus. Ela se centra especialmente nas exposições de museus relacionadas aos indígenas Ainu e promove a consciência museal em relação à questão da decolonização da cultura Ainu.

Os Ainu, primeiros ocupantes do norte do Japão, foram colonizados e marginalizados pelos japoneses durante séculos. Eles também foram reunidos, exibidos e submetidos à alteridade em exposições e mostras de museus. Enquanto isso, o povo Ainu criou algumas coleções como parte de seu movimento étnico. Além, de guias/anfitriões Ainu organizarem turismo étnico nos próprios assentamentos.

Em 2020, o Museu e Parque National Ainu Upopoy foi inaugurado como o primeiro museu nacional especializado na cultura Ainu. Embora o movimento para estabelecer um museu nacional tenha começado antes, ele se tornou parte da campanha do governo para mostrar a diversidade da cultura japonesa ao público internacional somente após a candidatura do Japão aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020. O museu adotou vários métodos para decolonizar a representação anterior da cultura Ainu. No entanto, desde sua inauguração, o museu recebeu muitas críticas, especialmente devido à sua abordagem de contar histórias a partir de uma perspectiva em primeira pessoa dos Ainu.

As exposições dos museus são mídias que transmitem as mensagens dos museus diretamente ao público; elas também são locais de tensão, negociação e contestação entre as partes interessadas. Assim, esta apresentação tem como objetivo analisar o processo mencionado acima, no qual a complexidade da decolonização dos museus está em jogo. Ela também avaliará outras exposições de museus sobre a cultura Ainu para comparação e avaliará como as práticas dos museus mudaram ao longo do tempo.

Organização: Martin Grossmann (ECA-IEA/USP), Liliana Sousa e Silva (Cátedra Olavo Setubal) e Diego de Kerchove (Fórum Permanente)

Exposição:

Mariko Murata (Kansai University)

Mediação:

Ilana Goldstein (Unifesp)

Debatedores:

Michiko Okano (Unifesp)

Sandra Mara Salles (Museu Afro Brasil)

Susilene Elias de Melo (Museu Worikg)

Suzenalson da Silva Santos (Museu Kanindé)

Transmissão:

Acompanhe a transmissão do evento em www.iea.usp.br/aovivo

Inscrições

Evento público e gratuito | Sem inscrição

Evento em inglês | Com tradução

(*) Evento híbrido | Não haverá certificação

Artigo no Jornal da USP

Martin Grossmann fala de um recente encontro que aconteceu no Instituto de Estudos Avançados sobre a decolonização dos museus, um processo em discussão aqui e no Japão