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A modelagem computacional no estudo da distribuição geográfica de espécies

por Flávia Dourado - publicado 08/10/2008 00:00 - última modificação 11/03/2014 15:39

No dia 23 de outubro, o biólogo Andrew Townsend Peterson faz no IEA a conferência "Modelagem da Geografia da Biodiversidade".

Andrew Townsend Peterson
Andrew Townsend Peterson, especialista em modelagem de biodiversidade

O biólogo Andrew Townsend Peterson, do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Museu de História Natural da Universidade do Kansas, EUA, será o expositor do encontro "Modelagem da Geografia da Biodiversidade", que acontece no IEA no dia 23 de outubro, das 9h30 às 12h30.

Peterson é um dos expoentes mundiais em modelagem computacional de biodiversidade e fará duas exposições no encontro, que terá também uma apresentação sobre "Modelagem de Nicho Ecológico" com a equipe do projeto temático Fapesp openModeller, que reúne especialistas do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), Escola Politécnica (EP) da USP e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

é uma ferramenta de modelagem que será usada em projeto sobre polinizadores apoiado pelo CNPq. Esse projeto conta com a participação do Grupo de Estudos de Serviços de Ecossistemas, criado recentemente no IEA e coordenado por Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, do Instituto de Biociências (IB) da USP.

O evento terá coordenação de Vera Lúcia. Será em inglês e com a seguinte programação:

9h30-9h45 Abertura
Vera Lúcia Imperatriz Fonseca (IEA e IB-USP), Antonio Mauro Saraiva (EP-USP) e Vanderlei Perez Canhos (Cria)
9h45-10h30 Modeling the Geography of Biodiversity: Concept and Data Requirements
Andrew Townsend Peterson (Universidade do Kansas, EUA)
10h30-10h45 Intervalo
10h45-11h15 openModeller New Computational Tools for Ecological Niche Modeling
Equipe do openModeller
11h15-11h45 Modeling the Geography of Biodiversity: Case Studies and Applications
Andrew Townsend Peterson (Universidade do Kansas, EUA)
11h45-12h15 Debate
Andrew Townsend Peterson (Universidade do Kansas, EUA), Gilberto Camara (Inpe), Antonio Mauro Saraiva (EP-USP), Vanderlei Perez Canhos (Cria) e equipe openModeller
12h15-12h30 Perguntas do público

CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

Os dados primários de amostras biológicas presentes em coleções científicas e as informações taxonômicas (relativas à classificação dos espécimes) associadas a essas amostras são fundamentais para a construção de cenários do impacto da perda da biodiversidade decorrente da  degradação ambiental e mudanças climáticas, segundo os integrantes do projeto openModeller e do grupo do IEA.

Os pesquisadores explicam que a definição de políticas e estratégias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade depende da consolidação de uma infra-estrutura compartilhada de dados biológicos e do desenvolvimento de novas ferramentas computacionais para a  integração, análise, síntese e visualização dinâmica dos dados.

Desenvolvimentos recentes associados à adoção de padrões e protocolos e a crescente  integração entre  sistemas de informação estão promovendo avanços na área de informática para biodiversidade: "Esses avanços estão abrindo novas perspectivas para a  avaliação do  impacto da perda de biodiversidade e a conseqüente  adoção de medidas de adaptação e definição de políticas e estratégias nas áreas de saúde, agricultura e meio ambiente".

No Brasil, a rede  é um sistema de informação que permite a integração dinâmica de dados primários de espécimes armazenados em coleções biológicas distribuídas. Adota padrões e protocolos internacionalmente aceitos e técnicas de espelhamento de dados em nós regionais conectados pela internet. Disponibiliza ferramentas para a correção e visualização de dados e indicadores da evolução da rede.

Inicialmente implantada com o projeto do Biota/Fapesp, Instituto Virtual da Biodiversidade, a rede speciesLink  vem sendo ampliada com o aporte de recursos de outras fontes de financiamento. No momento contém cerca de 2,8 milhões de registros de mais de 150 de coleções e subcoleções associadas à rede.

A análise de dados biológicos e ambientais,  associada a cenários climáticos futuros, permite a modelagem de distribuição geográfica potencial de espécies. Estas análises requerem dados ambientais em escalas adequadas (mapas climáticos atuais e futuros), dados bióticos (registros de ocorrência e distribuição das espécies) e  algoritmos para a modelagem da distribuição geográfica potencial atual e futura das espécies. "Muitos desses problemas estão sendo resolvidos com o desenvolvimento do ambiente computacional de modelagem openModeller".

Assista ao Vídeo do Evento:
Modeling the Geography of Biodiversity