Boletim IEA - 265

Geógrafo trata de compartilhamento, aspectos tecnológicos e gestão de recursos hídricos

A dificuldade de acesso à água pode estar relacionada não apenas ao grau de sua disponibilidade, mas também à qualidade da gestão dos recursos hídricos disponíveis, segundo o geógrafo Luís Antonio Bittar Venturi. No dia 3 de agosto, às 11h, ele será o expositor da conferência Recursos Hídricos: Do Oriente Próximo ao Brasil, organizada pelo Grupo de Pesquisa Khronos: História da Ciência, Epistemologia e Medicina. Por meio de três estudos de caso, Venturi buscará demonstrar que acordos de cooperação de uso compartilhado de bacias hidrográficas e o atual estágio de desenvolvimento tecnológico "anulam a hipótese de escassez hídrica e eventuais conflitos decorrentes de disputa por água". Para tratar do uso compartilhado de bacias hidrográficas, utilizará como base empírica o contexto da bacia do rio Eufrates - partilhada por Turquia, Síria e Iraque.

Autonomia universitária é tema de Drugowich e Muzy em evento no IEA

Os físicos Paulo de Tarso Muzy e José Roberto Drugowich, autores do livro "Os Desafios da Autonomia Universitária: História Recente da USP", lançado em junho, serão os expositores de um encontro no IEA que discutirá o mesmo tema. No dia 6 de agosto, às 14h30, eles abordarão tópicos como gratuidade, processo de nomeação de dirigentes, flexibilidade dos contratos de trabalho, avaliação, representação externa e prestação de contas, todos tratados em profundidade na publicação. A apresentação terá comentários de André Fleur, da Escola Politécnica (EP) da USP, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp e ex-reitor da Unicamp, Guilherme Ary Plonski, vice-diretor do IEA, e Marcelo Knobel, reitor da Unicamp. A coordenação é de Elizabeth Balbachevsky, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e vice-coordenadora do Núcleo de Pesquisa sobre Políticas Públicas (NUPPs)

Pesquisadores discutem estratégias para evitar emergências virais no Brasil

No dia 7 de agosto, das 9h às 17h30, no IEA, o Strategic Workshop Virologia Prospectiva: Estratégias para Responder a Emergências em Saúde reunirá pesquisadores e profissionais do mercado de saúde para discutir ações “proativas e integradas” que ajudem a evitar o surgimento de emergências virais no Brasil. Segundo os organizadores, casos recentes como do Zika vírus, da Chikungunya e da febre amarela, e a ameaça atual de novo surto de sarampo e poliomielite indicam que instituições acadêmicas e de saúde pública realizam ações pulverizadas, que atendem a tais emergências responsivamente. “Não há mecanismos que consigam antecipar esses cenários, mitigando impactos econômicos e de saúde pública”. A coordenação é de Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Renato Pereira de Souza, do Instituto Adolfo Lutz, e Camila Malta, do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP.

IEA recebe exposição e debate sobre índios e quilombolas do rio São Francisco

Durante quase um mês, a partir de 9 de agosto, o saguão principal do IEA receberá a exposição O Homem e o Rio: Histórias de Índios e Quilombolas do Baixo São Francisco, projeto da jornalista Michele Amorim Becker, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Organizada pelo Grupo de Pesquisa Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia, a mostra terá imagens do rio São Francisco em Sergipe e, em especial, de duas comunidades ribeirinhas, a Comunidade Indígena Xokó e a Comunidade Quilombola da Resina. No dia 9, quando da abertura da exposição, será realizada uma mesa-redonda, às 14h, com a participação do filósofo Evaldo Becker, da UFS, e de Michele. Há seis anos eles realizam pesquisa na região.

Encontro trata do papel da engenharia popular no empoderamento e sustentabilidade de comunidades

A Jornada Engenharia Popular: Caracterização, Desafios e Potencialidade, que acontece nos dias 14 e 15 de agosto, às 9h, no IEA, tratará da prática da engenharia que busca a construção participativa da solução do problema técnico enfrentado por um grupo popular e também a gradativa construção de uma ordem sociotécnica. Além de pesquisadores de várias universidades brasileiras e da Universidade Nacional da Colômbia, o evento reunirá representantes de movimentos sociais e profissionais de engenharia. A organização é do Grupo de Pesquisa Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia.