Boletim IEA

Série de eventos resgata a memória dos direitos humanos em São Paulo

A Cátedra Unesco de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância, sediada no IEA, promove de 3 a 7 de novembro uma série de encontros vinculados ao projeto "Cartografia de Direitos Humanos de São Paulo". No dia 4, realiza-se o lançamento da plataforma digital Cartografia dos Direitos Humanos, que mapeia marcos da capital paulista associados à luta pelos direitos humanos. Nos dias 6 e 7, artistas e pesquisadores de diversas áreas discutem o potencial educativo da expressão artística nas mesas-redondas Memória, Arte e Educação em Direitos Humanos. Nos dia 3 a 5, acontece o Workshop Internacional de Arte-Memória, com os artistas Horst Hoheisel e Andreas Knitz.

A importância da memória política e social para a democracia

Pesquisas recentes sobre a construção, consolidação e preservação da memória social e política no Brasil, Argentina e África do Sul serão apresentadas no seminário Memória, Memoriais e o Futuro das Democracias, que se realiza de 12 a 14 de novembro. O objetivo é a interação entre o trabalho desenvolvido por memoriais e museus e as pesquisas sobre a memória desses países. O seminário é organizado pela Cátedra Unesco de Educação para Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância do IEA e pelo Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas), com apoio da Faculdade de Educação, Instituto de Psicologia, CNPq e Fapesp.

O estigma do apartheid para além da África do Sul

Em conferência realizada no dia 9 de setembro, o psicólogo social Christopher Sonn, professor da University of Victoria, Austrália, falou sobre os efeitos continuados do Apartheid nas identidades de emigrantes sul-africanos. Na exposição, ele destacou os processos psicossociais específicos de negociação do senso de pertencimento e da acomodação das subjetividades de indivíduos que migraram para a Austrália durante o regime de segregação racial. Organizado pelo Grupo de Pesquisa Diálogos Interculturais do IEA, o encontro contou com a participação de Adriana de Oliveira (UFABC), Ligia Ferreira (Unifesp), Maura Véras (PUC-SP) e de Sylvia Dantas (Unifesp), coordenadora do grupo.

Martí Peran: a conscientização sobre a fadiga como elemento emancipador

Segundo o crítico e curador de arte espanhol Martí Peran, a marca da atualidade é o “capitalismo afterpop”, caracterizado pela autoexploração do indivíduo na produção de bens imateriais e uma das principais causas do sentimento de fadiga contemporâneo. Para ele, é preciso “repensar a fadiga não como aquilo que precisa ser reparado, mas sim, ao contrário, como algo a ser otimizado como possibilidade para o despertar da consciência: transformar a fadiga no que o escritor Peter Handke chamou de 'cansaço capaz'". Peran tratou das causas do sentimento de fadiga e da exposição que está organizando sobre o tema na conferência Como Converter a Fadiga numa Exposição de Arte?, em setembro, organizada pelo Grupo de Pesquisa Fórum Permanente: Sistema Cultural entre o Público e o Privado.

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