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Conferências analisam aspectos sociológicos da nanopesquisa

por Sandra Codo - publicado 15/10/2008 00:00 - última modificação 03/04/2013 16:32

Os sociólogos Terry Shinn e Anne Marcovitch, pesquisadores da Foundation Maison des Sciences de l'Homme (FMSH), França, fazem em outubro e novembro conferências sobre pesquisa nanocientífica e nanotecnológica e pós-modernidade.

O Grupo de Estudos de Filosofia, Historia e Sociologia da Ciência e Tecnologia organiza no final de outubro e início de novembro uma série de conferências com os sociólogos Terry Shinn e Anne Marcovitch, pesquisadores da Foundation Maison des Sciences de l'Homme (FMSH), França.

Marcovitch tratará de aspectos ligados à pesquisa nanocientífica e nanotecnológica. Shinn abordará esse tema e a pós-modernidade. As conferências de Marcovitch serão em francês; as de Shinn, em inglês.

As conferências são:

29 de outubro Intellectual and Social Organization of Nano Research
Terry Shinn
31 de outubro La Nanoscience et les Sciences de la Vie
Anne Marcovitch
4 de novembro

Forme, Image et Instrumentation dans la Nanoscience et la Nanotechnologie
Anne Marcovitch

6 de novembro

Dis-Enchantment and Interpenetration:
Modernity, Postmodernity and Forms of Reflexivity
Terry Shinn

As conferências acontecem às 10h, no Auditório Alberto Carvalho da Silva do IEA

Em sua primeira conferência, Shinn tratará dos aspectos sociológicos da complexa heterogeneidade da nanopesquisa a partir das entrevistas que tem realizado com os ganhadores do Prêmio de Nanotecnologia Feynman, criado pelo Foresight Instituto em 1993. Na segunda, a partir da interpretação da pós-modernidade como um segundo episódio de "desencantamento" (sendo o primeiro o colapso da fé religiosa e da comunidade tradicional, de acordo com a análise de Max Weber sobre a modernidade), Shinn indicará o caminho para uma perspectiva alternativa pós-pós-moderna sobre o conceito de referentes interpenetrantes.

Segundo Marcovitch, a forma emergiu como uma consideração fundadora na nanociência e na nanotecnologia, tanto nas ciências físicas quanto nas ciências da vida. Na sua primeira conferência, ela discutirá as implicações epistemológicas fundadoras da forma nas ciências da vida e, mais especificamente, examinará seu papel em relação à fronteira entre entidades vivas e inanimadas. Em sua outra conferência, analisará a centralidade cognitiva e epistemológica da forma na nanociência e nanotecnologia. Sua hipótese é que a significância da forma está baseada na tríade instrumentação— materiais—imagens.

Shinn integra o Grupo de Estudo de Métodos de Análise Sociológica (Gemas) da FMSH e é co-diretor do Projeto Eurocold da Fundação Européia de Ciência. É doutor em história contemporânea e tem ministrado seminários sobre história e sociologia na Universidade de Paris I, IV e VII e na FMSH.

Marcovitch também integra o Gemas. É doutora em sociologia, com graduação em psicologia social. Já realizou pesquisas na Universidade de Nanterre-Paris X e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS). Atuou como docente na Escola Politécnica de Paris, na Universidade de Aix-Marseille e em outras instituições francesas.