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Pensando o Brasil depois do fracasso na Copa do Mundo

por Mauro Bellesa - publicado 01/08/2014 17:55 - última modificação 19/02/2016 14:23

Evento 'Debate em Dois Tempos: A Fantasmagoria da Derrota, o Futebol como Metáfora' discutiu se o fracasso da seleção brasileira afetou a autoestima e a imagem que o país tem projetado interna e externamente nos últimos anos.
Camiseta da seleção brasileira - 1

Num texto em que comenta a história da metáfora que associa Deus a uma esfera onde o centro está em toda parte, Jorge Luis Borges inicia dizendo que “talvez a história universal seja a história de algumas metáforas”.

No entanto, parece que o futebol como representação do Brasil não é uma metáfora válida para falar do país. Pelo menos ele não é visto assim por quase todos os participantes do Debate em Dois Tempos: A Fantasmagoria da Derrota, o Futebol como Metáfora, realizado pelo IEA-USP no dia 25 de julho. A associação que prevaleceu na discussão foi a de que o atual futebol brasileiro é mais uma metonímia, uma parte que representa o todo daquilo que há de errado no país.

Produção de conhecimento

Na abertura do debate, o diretor do IEA-USP Martin Grossmann destacou que o futebol é uma complexidade em si mesmo e permite estabelecer pontes com a sociedade, com o que é ser brasileiro e com o papel do país no mundo. Para ele, o fato de o futebol ser propício para elaboração de metáforas e analogias lhe faculta o poder de produzir conhecimento.

Debate em Dois Tempos: A Fantasmagoria da Derrota, o Futebol com Metáfora - 1
Primeiro tempo

Outra forte característica do futebol, segundo Grossmann, é o fato de ser um facilitador das relações entre as pessoas: “Na Inglaterra, o primeiro assunto quando duas pessoas se encontram é o tempo; no Brasil, é o futebol”.

Por causa dessa importância e diante da campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo disputada no país, com a derrota vexatória perante a Alemanha por 7 a 1 e para a Holanda na disputa pelo terceiro lugar, o  IEA-USP decidiu realizar um amplo debate sobre os eventuais efeitos desse fracasso na autoestima brasileira e na imagem que o país tem projetado interna e externamente nos últimos anos.

O debate reuniu pesquisadores do Instituto, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, da Universidade Federal do Paraná, da Princeton University (EUA), do Museu do Futebol, da Universidade de Oldenburg (Alemanha), do Instituto Superior de Ensino e Pesquisa (Insper) e um cineasta.

Contra e a favor da metáfora

Renato Janine Ribeiro
Renato Janine Ribeiro

Renato Janine Ribeiro, professor titular de ética e filosofia política da FFLCH-USP e coordenador do Grupo de Pesquisa O Futuro nos Interpela do IEA-USP, foi o moderador do debate e fez a as exposições iniciais nos dois tempos.

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Janine indagou aos debatedores convidados em que medida o futebol, em função do que aconteceu na Copa do Mundo, é ou não uma metáfora da sociedade brasileira, sobretudo num momento em que o país vivencia uma campanha eleitoral polarizada para a Presidência da República. O filósofo destacou que houve o desejo de que a seleção ganhasse a copa pelo que isso representaria como metáfora da vitória de um projeto político: “Teríamos um coroamento do período iniciado em 2003 com a eleição do PT para a Presidência e no qual houve um processo de inclusão de massa”.

No entanto, no entender de Janine, o projeto político começou a falhar desde o ano passado, o que foi demonstrado pela exigência da população por serviços públicos de qualidade. “A metáfora do padrão Fifa representava ganhar a copa fora e dentro de campo. Os que torciam a favor ou contra estavam fazendo uma metáfora da política.” No entanto, no seu entender, o futebol acabou sendo desmetaforizado.

Fortuna e virtù

Com a derrota, “opôs-se uma equipe alemã caracterizada pelo planejamento e organização a uma decadência do futebol brasileiro que corresponderia a uma decadência do país”. Janine identifica no resultado favorável à Alemanha um elemento do pensamento de Maquiavel: a fortuna corresponderia a 50% do resultado, podendo ser uma boa ou má sorte; os outros 50% seriam devidos à virtù, identificada com a ação viril: “Ao definir uma meta, o planejamento é uma virtù”.

Martin Grossmann
Martin Grossmann

Em resposta a Grossmann sobre se no Brasil de hoje, com a nova classe média, a sociedade que construiu a democracia é capaz de reformá-la, Janine disse que a mídia impõe o discurso, sequestra termos, assim como sequestrou as manifestações do Movimento Passe Livre, que eram de esquerda e quando emplacaram foram transformadas em manifestações contra a corrupção. “Mas há sinais alvissareiros. Há liberdade de expressão, não há tutela da liberdade de imprensa, apesar de a mídia querer inibir o que acontece nas redes sociais.”

Mal-estar interno

Na período da manhã, o primeiro tempo do debate reuniu, além de Janine e Grossmann, o cientista político Bernardo Sorj, professor visitante do IEA-USP; o historiador Luiz Carlos Ribeiro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); o cineasta Ugo Giorgetti; e a antropóloga Daniela Alfonsi, diretora de conteúdo do Museu do Futebol.

Bernardo Sorj comentou que o Brasil estava sendo transformado em uma potência emergente econômica e politicamente, mas veio junho de 2013 e o mal-estar interno. “Já que a imagem era de um país melhor, a população queria melhorias internas também e disse: ‘Futebol é futebol, mas há coisas mais importantes’”.

Bernardo Sorj
Bernardo Sorj falou a partir do
Rio  de Janeiro, via rede

O pesquisador lembrou que em 2013, apenas 30% da população apoiava a Copa, mas quando ela estava para começar esse percentual saltou para 60%. De qualquer forma, ele não considera que a Copa do Mundo ou as Olimpíadas possam servir como metáforas das políticas públicas do país. Um indício desse descolamento, em sua opinião, foi a reação dos torcedores à derrota para a Alemanha:  “Já no final do primeiro tempo, as redes sociais na internet estavam repletas de piadas sobre os até então 5 a 0”.

Para Sorj, o que deve ser questionado é se um país em desenvolvimento, democrático, deve organizar um espetáculo internacional caríssimo como a Copa do Mundo. Nem a desculpa do legado (acessos viários, transporte público, expansão de aeroportos etc.), em sua opinião, pois as obras deveriam ser feitas de qualquer jeito. Para ele, “esse tipo de evento é apropriado para países ricos ou, ainda, para países autoritários, que precisam desse tipo afirmação”.

Indagado por Janine sobre o que fazer, agora que as obras já foram realizadas, Sorj disse que hoje o povo tem exigências democráticas: “Não há necessidade de expressões futebolísticas e carnavalescas, o país não precisa disso para sua autoestima. Cada vez menos a população está disposta a ouvir discursos nacionalistas pelo que não importa”.

Identidade nacional: projeto da elite

Luiz Carlos Ribeiro
Luiz Carlos Ribeiro

Na sua exposição, Luiz Carlos Ribeiro destacou que “o futebol tem força simbólica e, há muito tempo, tem uma historicidade e pensar sobre isso é trabalhar a própria história do Brasil”. Para ele, o futebol sempre foi utilizado na busca de uma identidade nacional, “com uma forma de legitimar nossa identidade no cenário internacional”.

O historiador disse que o futebol foi o componente popular mais presente na elaboração de um projeto nacional e que esse projeto foi sendo elaborado aos poucos: “No início do século 20, elite política, intelectuais e dirigentes buscam utilizá-lo para construir uma identidade nacional. Vargas tentara isso com a capoeira, mas fracassou”. Para ele, a ideia de que o futebol explica o Brasil “é um projeto das elites, um projeto ideológico e político”.

Para o pesquisador, grande parte do ideário instaurado com a posse de Lula em 2003 foi contemplada, “contudo, dialeticamente, surgiram novas expectativas. O PT e esferas do mercado internacional propiciaram uma experiência paradoxal: contemplação e frustração de expectativas”.

Com isso, houve um redirecionamento das expectativas: “A questão nacional perdeu força. No caso dos movimentos sociais, o melhor exemplo é junho de 2013. Houve um arrefecimento da necessidade da identidade nacional”.

Transpondo a situação para o campo esportivo, o historiador exemplificou com a internacionalização dos jogadores, que até o início dos anos 80 tinham uma relação quase cívica com a seleção. E isso não ocorre só no Brasil: “Messi não tem a força imaginária na Argentina que Maradona tem”.

Antes e depois de 70

Ugo Giorgetti
Ugo Giorgetti

Ugo Giorgetti disse que há a “tendência de ver o futebol como algo que atravessa a história de forma monolítica”. Para ele, até os anos 50, o futebol era algo restrito, não era massificado. “No campo da arte não houve nada sobre o futebol até então, só o conto “Corinthians (2) x Palestra (1)”, de José Alcântara Machado, de 1927”.  Lembrou que nos anos 50 o jornal “O Estado de S.Paulo” tinha apenas uma página de esportes e nela o futebol dividia espaço com o xadrez, o turfe e o boxe.

“Os dirigentes eram ignorantes, prepotentes, os jogadores eram escravos. Ganhamos em 58 e continuou assim. A mudança aconteceu em 70, quando a sociedade se tornou de massa. Foi a primeira copa em que todas as pessoas que tentavam vender coisas aos outros se organizaram.”

Na opinião do cineasta, a copa de 2014 foi impingida à população pela TV, publicidade e corporações. “Quem ganhou foi a Odebrecht, a Rede Globo, quem vendeu televisores. A copa foi muito boa para quem ganhou com ela. O povo, que a esculhambou nas redes sociais, colocou o futebol no seu devido lugar.”

Desejo de ser grande

Daniela Alfonsi
Daniela Alfonsi

Daniela Alfonsi explicou que a curadoria do Museu do Futebol sempre trabalhou com o mote de que o futebol é o Brasil que deu certo: “A ideia forte da curadoria é a questão do desejo de ser grande do povo que se materializa no futebol: maior número de copas, maior número de títulos, maior estádio, celeiro de craques etc. E isso perdurou até esta copa, com 12 cidades-sede, o slogan ‘copa das copas’”.

O museu possui espaços sobre o início do futebol no Brasil, sua expansão na sociedade, uma sala chamada Rito de Passagem, referente ao trauma de 1950, e Sala das Copas, com a cronologia e fatos do futebol, da sociedade e do mundo relacionado com cada uma. Segundo Daniela, o  espaço onde o público passa o maior tempo é a Sala das Copas.

Perguntada se a sala Rito de Passagem será alterada por causa da derrota diante da Alemanha e sobre como será o conteúdo da Sala das Copas a respeito de 2014, a antropóloga disse que ainda não há nenhuma decisão a respeito e que deverá ser montada uma equipe interdisciplinar para definir o tratamento a ser dado às duas questões.

Debate em Dois Tempos: A Fantasmagoria da Derrota, o Futebol como Metáfora - 2
Segundo tempo

À tarde, o debate reuniu Janine, Grossmann e cinco pesquisadores: o cientista político Carlos Melo, do Instituto de Ensino Superior e Pesquisa (Insper) e integrante do Grupo de Pesquisa Qualidade da Democracia do IEA-USP; o cientista político Fernando Mires, da Universidade de Oldenburg, Alemanha; o professor de literatura espanhola Germán Labrador Méndez, da Universidade de Princeton, EUA; o antropólogo Massimo Canevacci, professor visitante do IEA-USP; e o filósofo e crítico de arte Lorenzo Mammì, da FFLCH-USP

A favor da metáfora

Para Carlos Melo, o futebol é uma metáfora profunda, cultural, histórica e conjuntural do país: “Até o final dos anos 80, o país teve duas ou três gerações de craques. Mas outros períodos da seleção demonstram que ter um craque não basta, é preciso ter um clima. E não temos mais craques no futebol, na música, na política como tínhamos na segunda metade do século 20”.

Janine perguntou a Melo sobre o papel de FHC e Lula como líderes políticos, já que ele considerava que não há mais líderes como Ulisses Guimarães. Indagou também se ele considerava o trabalho em equipe superior ao talento individual do craque.

Carlos Melo
Carlos Melo

Em resposta, Melo disse que o Brasil passou por uma série de transformações, mas o sistema político continua intacto: “A política é arcaica em relação ao resto do país. Nesse sentido, a organização do futebol é um retrato da política brasileira, ou uma metonímia de uma realidade maior. Além de Ulisses Guimarães, poderia ter citado Juscelino, Getúlio. Antes houve muitos líderes. FHC e Lula talvez tenham sido os últimos. O que vem depois deles? FHC passou dos 80 anos e Lula está chegando aos 70”.

Quanto ao papel do craque, Melo argumentou que não é verdade que o Brasil sempre ganhou com craques, pois “em 58, 62 e 70 havia equipes. E o fato é que no futebol e na política as coisas se transformaram e o feio passou a ser perder, não jogar mal”.

Futebol e política como espetáculos

Para Germán Labrador Méndez, a vida social é constituída de jogos e “não há distinção entre o espetáculo do futebol e o espetáculo da política; ambos são imprevisíveis”.

Germán Méndez
Germán Labrador Méndez participou
via rede, direto de Princeton, EUA

O pesquisador comentou que em 2008 a Espanha ganhou a Eurocopa e em 2010 a Copa do Mundo, “mas não houve o sentimento de o país possuir a coroa do futebol”. Em sua opinião, a vitória em 2008 serviu como uma reafirmação internacional, num momento em que a Espanha era considerada a 8ª economia do mundo. “Em 2010, diante da crise, vitória na copa funcionou como uma reafirmação de aspirações coletivas. Em 2012, na nova conquista da Eurocopa, a situação já era distinta, com o país em crise, tendo de ser resgatado pelo FMI, com perdas materiais sendo consoladas por vitorias imateriais.”

Méndez vê um significado importante no sucesso dos times espanhóis nos últimos anos, algo que sugeria uma articulação, uma coordenação das nações que integram a Espanha.

Quanto a 2014, ele considera que tudo foi preparado para um espetáculo quixotesco de uma seleção campeão de um país em crise. “E foi significativo que o dia da eliminação da Espanha pelo Chile coincidisse com a abdicação do rei Juan Carlos, terminando um reinado marcado em sua etapa final por escândalos.”

Efeitos do crescimento evangélico

Massimo Canevacci
Massimo Canevacci

Na sua exposição, Massimo Canevacci disse que a psicologia pode instruir o esporte e que não dá para entender o futebol sem entender as emoções em jogo. Citou o antropólogo britânico Gregory Bateson (1904-1980), que dizia que cada cultura tenta elaborar as emoções da maneira mais estável.

Canevacci vê uma dimensão metonímica no futebol brasileiro, com o crescimento cada vez maior de uma parte específica dos jogadores: aqueles que professam a fé evangélica, com o consequente crédito a Deus pelas ações dos homens.

“No jogo contra a Alemanha, era como se Deus não estivesse mais a favor desses jogadores. Quando o Brasil começou a perder, a metáfora religiosa começou a se inverter, como se eles estivessem pensando que se Deus não é por alguém, então é contra esse alguém.”

Para o antropólogo, Luiz Felipe Scolari é um bom treinador, mas não entende que é preciso fazer um tipo de intervenção que afirme a capacidade de ação de cada jogador e do time em geral. “Todavia, o crescimento da concepção evangélica da vida torna isso impossível, já que as ações são atribuídas a Deus.”

“Há uma luta política, ideológica, por uma hegemonia evangélica que está transformando o Brasil. Que tipo de coisa isso está criando no país? Esse tipo de hegemonia uniformiza, declarando guerra inclusive à religiosidade afro-brasileira.”

Um entretenimento e suas contingências

Fernando Mires
Fernando Mires apresentou
sua exposição via rede,
a partir da Alemanha

Fernando Mires frisou que, além de ser um jogo (“e todas as coisas que possuem regras são jogos”), o futebol é um entretenimento, um “ter entre”. Mas se é isso, “é um entre o quê? Vida e morte? Longe e Perto? Se é um entretenimento, então recuso o conceito de metáfora. Toda metáfora é um substituto. Todas as palavras são metáforas, inclusive a palavra metáfora”.

Na sua concepção, não é possível explicar o futebol como metáfora nem a política como metáfora. “As regras no futebol são aplicadas de forma mais exata que na política e o futebol é mais democrático que muitas democracias.”

Para Mires, a política não determina o futebol nem o futebol determina a política, e ambos estão sujeitos a contingências. “Há uma transferência mútua, que não é harmônica nem igualitária e depende do tipo de política que se está falando.”

Ainda sobre a vinculação do futebol à metáfora, Mires disse que metáforas estão relacionadas com o tempo e o espaço, são associações e buscam algo que nunca acontecerá. “Muita coisa mudou. A velocidade é muito maior, e não só no futebol. Além disso, não há mais futebol nacional.”

Metonímia do atraso

Lorenzo Mammì
Lorenzo Mammì

Lorenzo Mammì, expositor final do debate, comentou que os jogadores desenvolvem sua carreira no exterior e estão impregnados da cultura do clube em que jogam: “Mesmo que a seleção brasileira ganhasse a copa, isso não teria nada a ver com o futebol jogado no país”. Para ele, não existem mais escolas de futebol próprias de cada país, por isso não dá para definir o futebol como metáfora da cultura de um país.

Outra comparação da qual é preciso fugir, segundo ele, é a entre espontaneidade e organização: “Não há nada mais difícil do que organizar o desfile de uma escola de samba e os brasileiros são capazes disso. Turistas que visitam o Rio acham que ninguém trabalha lá, mas há mais gente trabalhando do que na Europa. A diferença é que no Rio ninguém se veste para trabalhar”.

Mammì enumerou várias deficiências do futebol no Brasil: decadência do Campeonato Brasileiro; perda de jogadores para países pouco representativos, como a Ucrânia; estrutura patriarcal; desalinhamento com o calendário europeu e consequente saída de jogadores no meio do campeonato brasileiro; falta de política de responsabilidade fiscal; incapacidade de renovação do projeto. No entanto, para ele “o futebol não é uma metáfora, mas uma metonímia do atraso em outras áreas”.

Ribeiro perguntou a Mammì como é possível lidar com a saída de jogadores para times estrangeiros se isso tem a ver com o mercado internacional. Mammì acredita que só uma melhor organização dos times brasileiros dará a eles poder de barganha para manter os atletas.

Borges termina seu texto sobre a esfera cujo centro está em toda parte voltando à questão das metáforas, mas de forma diferente: “Talvez a história universal seja a história da variada entonação de algumas metáforas.” Então, diante do exposto e discutido pelos debatedores, pode-se dizer que talvez a história das relações do futebol brasileiro com o país seja a história da variada entonação de algumas metonímias.

Fotos: camiseta da seleção, Mídia Ninja; demais, Sandra Codo/IEA-USP