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Curadores debatem processo de produção da mostra "Histórias Afro-Atlânticas"

por Fernanda Rezende - publicado 21/09/2018 16:25 - última modificação 25/09/2018 09:05

Encontro aberto a série sobre saúde e imigração, que também terá seminários no dia 6 de outubro e 7 de novembro.

Histórias Afro-atlânticasDois dos cinco curadores da exposição “Histórias Afro-Atlânticas”, em cartaz até 21 de outubro no Masp e no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, estarão no IEA no dia 5 de outubro, às 10h, para falar sobre o processo curatorial que precedeu a mostra. No evento Afrodiásporas em Diálogo nas Artes Plásticas, Lilia Schwarcz, professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e curadora adjunta para histórias e narrativas do Masp, e Hélio Menezes, crítico de arte e doutorando em antropologia social pela FFLCH-USP, irão apresentar suas ideias sob a coordenação de Ligia Fonseca Ferreira, membro do Grupo de Pesquisa Diálogos Interculturais, que organiza a atividade, com transmissão ao vivo pela internet.

Este será o primeiro encontro da série Imigração e Saúde, que também acontecerá nos dias 6 de outubro (este, na Unifesp) e 7 de novembro. Os temas dos próximos são Acolhimento e Saúde; e Saúde, Migração e Refúgio, respectivamente.

Segundo os organizadores, para ser efetiva na prevenção de doenças e promoção da saúde e bem-estar, qualquer ação precisa basear-se na compreensão da cultura, tradições, crenças e padrões de interação familiar. “Desnecessário dizer o quanto as diásporas, encontros e desencontros entre culturas estão intrínseca e historicamente vinculados à saúde dos povos que habitam o planeta”, argumentam.

Eles explicam que, do século 16 ao final do século 19, o comércio global da escravidão agenciado pelos europeus resultou na migração forçada de 12 milhões de africanos e africanas para as Américas, e especialmente para o Brasil, que recebeu 46% dessa população. “A violenta e cruel empresa escravista imprimiu marcas profundas – ainda hoje presentes – no legado comum das sociedades em que se implantou, inclusive no que diz respeito à saúde mental”, afirmam.

A exposição nos dois museus reúne 450 trabalhos produzidos ao longo de cinco séculos por 214 artistas de diferentes nacionalidades e origens étnicas. Elas fazem parte dos acervos de museus, fundações e coleções particulares de diversos países.

Imigração e Saúde

O seminário Acolhimento e Saúde, que acontece no dia 6, às 14h, será no Auditório da Reitoria da Unifesp, com a presença da psicóloga Julia Bartch da organização humanitária internacional Médico Sem Fronteiras; de Andrea Zamur, coordenadora de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente da Prefeitura Municipal de São Paulo; Roque Pattussi, do Centro de Apoio e Pastoral do Migrante CAMI de São Paulo e ainda, a confirmar, representante da Missão Paz.

No dia 7 de novembro, novamente no IEA, o seminário Saúde, Migração e Refúgio reunirá Carlos Eduardo Siqueira, médico e professor da Faculdade de Serviços Públicos e Comunitários da Universidade de Massachusetts UMASS e membro do grupo Diálogos Interculturais; Cássio Silveira, cientista social e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FSPMSCSP) e do departamento de Medicina Preventiva da Unifesp; Denise Martin, antropóloga e professora da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) e da Medicina Preventiva da Unifesp; e Regina Yoshie Matsue, antropóloga e professora do mesmo departamento da Unifesp.

Nestes seminários, o grupo discutirá saúde no sentido amplo, ou seja, não apenas no binômio saúde-doença, mas abrangendo também tudo aquilo que proporciona ou não a possibilidade de bem-estar e sentido à vida.

Foto: Divulgação


Afrodiásporas em Diálogo nas Artes Plásticas
5 de outubro, às 10h
Sala Alfredo Bosi, Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo
Evento gratuito, com transmissão ao vivo pela internet
Sem inscrição
Mais informações: Sandra Sedini (sedini@usp.br); telefone (11) 3091-1678
Página do evento