Encontro debaterá educação como estratégia de combate aos impactos das mudanças climáticas
O encontro Educação e Clima, que acontece no dia 18 de setembro, às 14h, reunirá representantes da área acadêmica e da sociedade para, à luz das mobilizações dos jovens em prol de ações para a agenda climática, dar voz a pessoas que atuam na prática em atividades sobre educação e clima [veja a programação e os participantes].
Os organizadores do evento são o Programa USP Cidades Globais do IEA, o Projeto Temático Fapesp MacroAmb e o Projeto LatinoAdapta, do qual o Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP faz parte.
Aberta a todos os interessados, a atividade é gratuita e não requer inscrição. Haverá transmissão ao vivo pela internet (também não preciso se inscrever).
Contexto
A complexidade das questões acerca das mudanças climáticas afeta diversos indivíduos e grupos sociais, exigindo a participação de um maior número de atores sociais na procura de possibilidades e alternativas de adaptação e mitigação para as incertezas impostas, argumentam os coordenadores do encontro.
Para isso, "devem ser criados espaços que garantam o diálogo e a reflexão, favorecendo a corresponsabilização e o desenvolvimento de uma postura crítica e proativa".
Protagonismo dos jovens
O envolvimento da sociedade civil na agenda climática, apesar de pequeno, está ampliando sua notoriedade por meio da juventude, ressaltam os coordenadores. "Movimentos e greves globais pelo clima têm acontecido de forma cada vez mais organizada e com mais frequência, liderados principalmente por estudante da educação básica de países europeus, para pressionar os governos e empresas a agirem com urgência em prol das reduções dos gases de efeito estufa."
No dia 15 de março, mais de um milhão de crianças e jovens participaram da Greve Global pelo Clima em 82 países. Essa mobilização internacional dos jovens tem como pauta principal a crítica aos adultos, principalmente os tomadores de decisões de seus países, que "estão deixando um mundo cada vez mais impactado pelo aquecimento global sem se comprometerem com agenda climática".
Ação conjunta
Os pesquisadores destacam que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030, lançados pela ONU em 2015, propõem a construção de uma nova forma de governança por meio de diversas metas, entras as quais a ação conjunta de governos, empresas, escolas e sociedade civil.
O ODS 13 (específico sobre o combate às mudanças climáticas), prevê em sua meta 13.3 "melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima”, de acordo com o texto do documento.
Segundo os coordenadores do encontro, uma das estratégias para a construção de conhecimento e planos de adaptação e fazer isso de forma coletiva. "Aumentar a compreensão, criar sistemas de alerta e planos de emergência são passos essenciais para adaptação."