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Encontro reúne pesquisadores estrangeiros em agosto

por Flávia Dourado - publicado 23/07/2008 00:00 - última modificação 03/04/2013 14:51

Em visita ao Brasil, pesquisadores norte-americanos, italianos e israelenses fazem conferências em evento multidisciplinar, organizado pelo IEA.

No dia 4 de agosto, às 14h30, o IEA realiza um encontro multidisciplinar com pesquisadores de universidades dos EUA, Itália e Israel. Depois das exposições científicas, haverá uma apresentação artística (música e mágica) com alguns dos pesquisadores e acompanhantes (leia programa abaixo).

O grupo reúne o neurocientista Emilio Bizzi, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o químico de produtos naturais Koji Nakanishi, da Universidade Colúmbia, o químico orgânico Jerrold Meinwald, da Universidade Cornell, a economista Fiorella Kostoris, da Universidade de Roma "La Sapienza", e o químico Mordechai Sheves, vice-presidente para Transferência Tecnológica do Instituto Weizmann de Ciência.

Na parte científica haverá cinco exposições (em inglês):

O Sistema Nervoso Central e a Geração de Movimentos Voluntários
emiliobizzi.jpgCom o neurocientista Emilio Bizzi, "institute professor" do MIT. Bizzi definiu a abordagem em neurociência do MIT e desempenha papel crucial na expansão da ciência cognitiva e cerebral no Instituto. Pioneiro nos estudos sobre como o sistema nervoso central decodifica mensagens do cérebro para a ativação muscular, descobriu recentemente que a medula contém um mapa das posturas dos membros, aspecto fundamental para essa ativação.

Alguns Compostos Fisiologicamente Ativos da Natureza

kojinakanishi.jpgÉ o tema do químico de produtos naturais Koji Nakanishi, professor emérito da Universidade Colúmbia. Pesquisa o isolamento e a estrutura de compostos bioativos, proteínas retinianas, interação entre ligantes e neurorreceptores e o desenvolvimento de vários métodos de espectrografia. Isolou e determinou a estrutura de mais de 200 compostos bioativos e sintetizou mais de 100 análogos de retinóides. Estudos desses análogos levaram-no à compreensão da degeneração macular relacionada à idade.

Explorando a Química das Interações Bióticas
jerrymeinwald.jpgCom o químico orgânico Jerrold Meinwald, professor emérito da Universidade Cornell e considerado o "pai" da ecologia química (foi quem cunhou o nome da disciplina). Grande parte de suas pesquisas está relacionada com o isolamento e identificação de compostos bioativos de insetos e outros artrópodes, além de aleloquímicos de plantas e de feromônios e sistemas defensivos de alguns anfíbios e mamíferos. Já colaborou com a Embrapa em pesquisas para o combate à mariposa do tomate.

O Futuro da União Européia
fiorellakostoris.jpgExposição da economista Fiorella Kostoris, professora da Universidade de Roma "La Sapienza" e do Colégio da Europa (Bélgica). Atua como pesquisadora no Centro para Pesquisa de Política Econômica (Reino Unido) e como professora visitante da Fundação Nacional de Ciências Políticas (França), MIT e Universidade Harvard. Kostoris escreveu 20 livros sobre política econômica, desemprego, finanças públicas, sistema previdenciário e participação da mulher no mercado de trabalho.

Interações Universidade-Empresa: o Caso do Instituto Weizmann de Ciência
mudesheves.jpgO químico Mordechai Sheves é vice-presidente de Transferência Tecnológica do Instituto Weizmann de Ciência (Israel). Seu trabalho é encorajar a cooperação com empresas para a promoção da indústria de alta-tecnologia e biotecnologia. Também chefia a companhia Yeda Research and Development, responsável pelo marketing e comercialização de toda a propriedade intelectual do instituto. Como pesquisador, dedica-se à química da visão: de que maneira a energia da luz é convertida em energia química (visão).

Todos são amigos de longa data e visitarão São Paulo, Foz do Iguaçu, Brasília e Manaus, com a finalidade de conhecer as potencialidades do país. Em Brasília, terão contato com o ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, com quem discutirão questões sobre educação e pesquisa.

A visita do grupo ao Brasil é coordenada pelo químico Tetsuo Yamane, pesquisador do Centro de Biotecnologia da Amazônia. A coordenação do encontro no IEA será de Hernan Chaimovich, vice-diretor do Instituto e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC). A visita da delegação ao Instituto conta com o apoio da ABC, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP

APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

A parte artística do evento terá apresentação musical com Jerrold Meinwald (flauta), sua mulher Charlotte Greenspan (piano) e Pico Alt (violino), neta de Nakanishi, com o seguinte programa:

• Trio Sonata em Ré Menor — J. B. Loeillet
• Movimentos de Partida para Violino Solo — J. S. Bach
• Spiegel im Spiegel — Arvo Pärt (violino e piano)
• Estudo de Tango nº 4 — Astor Piazolla (flauta solo)
• Dois Interlúdios — Jacques Ibert
• Giga de Trio Sonata em Dó Maior — J. S. Bach

Em seguida haverá um show de mágica com Koji Nakanishi.

charlottegreenspan.jpgCharlotte Greenspan é musicóloga e pianista, com mestrado em música pela Universidade de Illinois e Ph.D pela Universidade da Califórnia em Berkeley. Lecionou na Universidade de Wisconsin e na Universidade Cornell. Atualmente leciona piano em Ithaca. Seu próximo livro, a ser lançado em 2009, é "I Feel a Song Coming on: Dorothy Fields and the American Musical".

picoalt.jpgPico Alt começou a estudar violino aos 3 anos de idade. Aos 10 anos foi admitida na Pre-College Division da Juilliard School de Nova York, onde se graduou em música em 2005. Alt tem apresentado concertos solo e de música de câmara em Nova York, participado de festivais nos EUA e na Itália e ensinado violino a estudantes de todas as idades desde 2004.

Jerrold Meinwald estudou flauta em Nova York com Arthur Lora e em Boston (quando fazia o doutorado) com James Pappoutsakis e Marcel Moyse. Costuma se apresentar em pequenos grupos de música de câmara em espaços acadêmicos nos EUA, Reino Unido, Quênia, França, Alemanha, China e Japão.

Koji Nakanishi começou a praticar truques com cartas no final da adolescência e depois passou a números mais elaborados. Ele se apresenta com freqüência em eventos e cerimônias acadêmicas. Para Nakanishi, a mágica é antifísica, logo, não existe realmente, mas compartilha uma coisa com a ciência: "Posso explicar o princípio por trás de um bom experimento científico em 15 segundos; o mesmo acontece com a mágica".

Fotos (a partir do alto): MIT, Univ. Columbia, Univ. Cornell, CIVR, Instituto
Weinsmann de Ciência, Arquivo/Charlotte Greenspan e Arquivo/Pico Alt