Escravidão ontem e hoje
- Gravura norte-americana mostra escrava sendo marcada a ferro em brasa
"Trabalho Escravo: Hoje" e "Liberalismo e Escravidão: Teoria e História" são os temas dos dois dossiês do nº 38 da revista Estudos Avançados, lançado em maio. A edição traz também a primeira parte da série "Brasil: Dilemas e Desafios", que terá continuidade nos nºs 39 e 40.
O primeiro dossiê, "Trabalho Escravo: Hoje", conta com a participação ativistas que lutam contra a escravidão moderna, especialistas e representantes governamentais, entre os quais Walter Barelli, Ruth Vilela, Ricardo Rezende Figueira e Ela Wiecko de Castilho, que apresentam suas reflexões e opiniões em entrevista, artigos e documentos públicos. O dossiê "Liberalismo e Escravidão: Teoria e História" conta com artigos de Julio Pires, Iraci del Nero da Costa, Edmund Morgan, William Cohen e Antonio Penalves Rocha.
A primeira parte da série "Brasil: Dilemas e Desafios" contém textos de Hélio Jaguaribe, Tarso Genro, Luiz Carlos Bresser Pereira, Paul Singer, Celso Lafer, José de Souza Martins e Jacques Marcovitch.
A seção "Textos" traz artigos sobre política ("O Judiciário como Poder Político no Século 21", de Antonio de Pádua Ribeiro, e "Sentido e Alcance do Processo Eleitoral no Regime Democrático"), patrimônio ambiental ("Biossociodiversidade: Preservação e Mercado", de Mauro Leonel) e linguagem ("Música sem Palavras e Palavras sem Som no Pensamento de Santo Agostinho", de Lorenzo Mammì).
- 'Menina Sentada' (1943), de Candido Portinari
Desta vez a seção "Criação" trata de um projeto cultural: o Projeto Portinari, criado em 1979 por João Candido Portinari, filho do pintor. Nos seus 20 de anos de existência, além de resgatar as informações sobre a maioria das obras de Portinari (1903-1962), o projeto desenvolveu uma metodologia passível de ser aplicada por outros pesquisadores em projetos semelhantes. O texto de João Candido Portinari traça um histórico do projeto desde sua fundação e descreve a metodologia utilizada, o recurso às novas ferramentas da computação para certificação da autoria das obras e para constituição de um banco de dados e as ações sócio-culturais do projeto, levando informações sobre o pintor e reproduções de suas obras a estudantes do ensino elementar a comunidades carentes.