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Grupo de pesquisa do IEA Polo São Carlos vai estudar geração de energia a partir de ondas do mar

por Thais Cardoso - publicado 05/06/2013 09:00 - última modificação 30/08/2013 18:44

Representantes do IFSC-USP, EESC-USP, Embrapa, UFSCar e Petrobrás se reuniram no Instituto para discutir criação do grupo

Reunião grupo energia marítimaUm imenso potencial energético para o Brasil está escondido nas águas dos oceanos, e não se trata de petróleo. O próprio movimento das ondas pode ser utilizado para movimentar geradores e produzir energia elétrica. Essa possibilidade, que já é tema de diversos estudos e iniciativas ao redor do planeta, está despertando o interesse de pesquisadores de São Carlos.

Vários deles, organizados pelo coordenador de projetos do Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP, professor Sérgio Mascarenhas, reuniram-se no dia 4 de junho, no auditório da unidade, para debater a criação de um grupo de pesquisa em energia marítima.

“Em 2011, levantamos essa questão quando pensávamos em desenvolver estudos sobre a energia gerada pelo vento nessas regiões marítimas, e estreitamos contato com a professora Vilma Alves de Oliveira, da Escola de Engenharia da USP São Carlos (EESC-USP)”, explica Mascarenhas.

Segundo ele, o movimento das ondas nos mais de 7 mil km de extensão do litoral brasileiro pode gerar até 80 mil terawatts por ano de energia elétrica. A usina de Itaipu, a maior do País, produz cerca de 100 terawatts por ano, quantidade 800 vezes menor.

Vilma também participou do encontro, apresentando exemplos de iniciativas e os desafios que ainda precisam ser superados. “Quando se fala de fontes alternativas de energia, ainda é um problema buscar a máxima potência, pois é difícil manter a frequência e a tensão do gerados em faixas admissíveis para um bom funcionamento do sistema”, afirma.

De acordo com ela, já existem iniciativas brasileiras, como a planta piloto mantida pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ), pela Eletrobrás e pelo governo do Ceará, mas os conversores ainda representam um grande gargalo de pesquisa.

Os pesquisadores vão levantar os retornos, riscos, gaps tecnológicos e possíveis oportunidades para um novo encontro, visando a viabilização do grupo de pesquisa. Participaram da reunião representantes do Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, da EESC-USP, da Embrapa, da UFSCar e da Petrobrás.