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Como o IEA-USP enfrentou um ano reativo

por Flávia Dourado - publicado 04/04/2014 14:55 - última modificação 05/01/2018 15:22

O documento apresenta o conjunto das atividades realizadas ao longo do ano, com destaque para projetos voltados para a internacionalização do Instituto e sua consolidação como plataforma crítica institucional.

Já está disponível no site do IEA o Relatório de Atividades de 2013, elaborado como parte dos esforços do Instituto para prestar contas à comunidade uspiana e à sociedade, bem como para divulgar os resultados do trabalho que vem desenvolvendo.

O documento apresenta o conjunto das atividades realizadas ao longo do ano pelos grupos de pesquisa e professores visitantes da sede (São Paulo) e dos Polos de Ribeirão Preto e São Carlos, além do trabalho editorial da revista "Estudos Avançados" e das atividades coordenadas diretamente pela Direção do Instituto.  Entre os destaques estão os eventos e a implementação de novos formatos de organização de pesquisadores que contribuíram para a consolidação do Projeto de Gestão 2012-1017.

Merecem realce as iniciativas que contribuíram para ratificar o papel do IEA como plataforma de crítica institucional. É o caso do evento IEA Debate o Processo Eleitoral na USP; da reunião do Conselho Deliberativo com o Colégio Expandido, que formalizou a criação de um grupo de estudos sobre conjuntura institucional; e dos eventos organizados ao longo do ano para promover um diálogo mais estreito com institutos de estudos avançados de outros países.

Conforme mostra o documento, esse empenho crítico não se limitou ao contexto institucional, mas se estendeu à realidade nacional e internacional. Nesse sentido, ressalta-se a criação do Laboratório Sociedades Contemporâneas, fórum específico para a reflexão sobre questões da atualidade, responsável pela organização de algumas das atividades com maior repercussão em 2013: os dois encontros da série UTI Brasil, que trataram das série de manifestações populares conhecida como "Jornadas de Junho"; o debate Mais Médicos, que abordou as controvérsias em torno do Programa Mais Médicos; e o evento Ética e Ataque, voltado para a ameaça que se colocava, naquele momento, de uma intervenção militar dos EUA na Síria.

O relatório enfatiza, ainda, a adoção de uma série de medidas para promover a internacionalização do IEA, entre as quais figuram o desenvolvimento de uma versão em inglês do novo site do Instituto, lançado em abril; a reformulação do "Boletim IEA", que se tornou bilíngue; e a participação ativa na rede Ubias (University-Based Institutes for Advanced Study), que reúne 34 IEAs de universidades ao redor do mundo.

No âmbito da atuação junto aos Ubias, o relatório contextualiza todo o trabalho preparatório da Academia Intercontinental, que terá início em março de 2015. A iniciativa vem sendo desenvolvida em parceria com o Instituto de Pesquisa Avançada (IAR, na sigla em inglês) da Universidade de Nagoya, Japão.

Outra iniciativa internacional que deu largada em 2013 e recebe destaque na publicação é o projeto da Rainforest Continent Business School, gestado pelo Grupo de Pesquisa Amazônica em Transformação: História e Perspectivas.

O Relatório também aborda os desdobramentos da invasão e ocupação do conjunto de edifício da Administração Central da USP —local onde o Instituto está instalado provisoriamente desde 2011 —  por parte de um grupo de estudantes, ressaltando as respostas do IEA-USP ao episódio. Iniciada após a tentativa frustrada de invadir a reunião de 1º de outubro do Conselho Universitário (Co) da USP, a ocupação durou 42 dias, trazendo inúmeros prejuízos materiais e ao andamento das atividades do Instituto.