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IEA Polo São Carlos participa de evento sobre desafios da inovação no Brasil

por Thais Cardoso - publicado 27/09/2013 11:59 - última modificação 27/09/2013 11:59

Evento AciespA inovação tem sido tema frequente em diversos eventos em todo o País. A preocupação com o investimento nessa área também pautou as discussões do debate “Os desafios da invenção e inovação no Brasil”, promovido pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) no dia 20 de setembro no anfiteatro Bento Prado Junior, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP marcou presença no evento, representado por seu coordenador, prof. Roberto Mendonça Faria.

Membro da Aciesp, Faria relembrou a criação da Academia, em 1976, proposta pelo coordenador de projetos do IEA Polo São Carlos prof. Sérgio Mascarenhas. “Hoje, a Aciesp conta com uma diretoria jovem, dinâmica e competente, que está colocando esta Academia novamente em destaque na ciência nacional”, diz.

Dentro do tema, Faria falou sobre o estudo que coordenou, a pedido da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e que resultou no livro “Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil competitivo”, lançado no início de 2012. Segundo ele, a motivação principal para o trabalho foi uma análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Essa análise mostrou que, no primeiro semestre de 2010, houve um déficit recorde no setor de alta intensidade tecnológica, o qual compreende os setores aeroespacial, farmacêutico, de informática, eletrônica e telecomunicações, entre outros. Os setores de média-alta (material elétrico, veículos automotores, química, ferroviário, equipamentos de transporte, máquinas e equipamentos) e média-baixa (construção naval, borracha, produtos plásticos, coque, produtos refinados de petróleo e de combustíveis nucleares, outros produtos não metálicos, metalurgia básica e produtos metálicos) também apresentaram déficit no período.

O estudo analisou a educação básica e superior, a pesquisa científica, a inovação tecnológica no País e o marco regulatório do setor, e fez uma série de proposições ao governo, entre elas a criação de uma empresa brasileira voltada à tecnologia e à inovação. O documento final teve boa aceitação e resultou na criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que, segundo Faria, terá um investimento total de R$ 1 bilhão, sendo R$ 500 mil do governo federal e R$ 500 mil do setor privado.

Outros três professores do campus São Carlos da USP, mais especificamente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), também participaram do evento. Milton Ferreira de Souza falou sobre o ParqTec e de empresas criadas por ele a partir de necessidades identificadas nas pesquisas conduzidas na Universidade. Já Vanderlei Bagnato falou sobre ciência e inovação com responsabilidade social. Ele mostrou sua experiência à frente do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (Cepof), que atua nas áreas de pesquisa, inovação e difusão científica. Por fim, o docente Osvaldo Novais de Oliveira apresentou sua experiência à frente de uma rede de nanobiotecnologia.

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