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IEA e Itaú Cultural realizam seminário sobre os avanços e impactos da inteligência artificial

por Fernanda Rezende - publicado 01/11/2018 13:20 - última modificação 21/11/2018 10:08

Dividido em cinco painéis temáticos, o seminário discutirá a presença da IA na biologia, medicina, cultura, no direito e no futuro da computação. Também haverá conferências de Michael Resch e do futurista Anders Sandberg.

Divulgação IAEm 2018, máquinas já são capazes de prever as condições climáticas, comprar e vender no mercado financeiro, redigir análises econômicas, conduzir veículos sem intervenção humana, diagnosticar doenças com alto índice de precisão, traduzir línguas em tempo real, sentenciar pessoas em casos criminais e jogar xadrez melhor do que um ser humano. Isso tudo é possível graças ao uso dos algoritmos, que tornam o conceito de inteligência artificial (IA) cada vez mais próximo.

As possibilidades e desafios dessa tecnologia serão tema do encontro A Máquina, Inteligência e Desinteligência: Utopia e Entropia à Vista, que acontece de 21 a 23 de novembro no Itaú Cultural, parceiro do IEA na iniciativa. [As inscrições estão encerradas; mais informações podem ser obtidas no site do Itaú Cultural ou pelo telefone (11) 2168-1876.]

Dividido em cinco painéis temáticos, o seminário discutirá a presença da IA na biologia, medicina, cultura, direito e futuro da computação. Também haverá conferências com dois expoentes internacionais da área: Michael Resch, diretor do High Performance Computing Center Stuttgart, da Universidade de Stuttgart, Alemanha, e o futurista Anders Sandberg, do Future of Humanity Institute, da Universidade de Oxford, Reino Unido. [Veja mais detalhes na programação.]

Um dos focos centrais de todas as abordagens é o algoritmo e as questões que levanta no campo da ética. “Através do autoaprendizado, máquinas são capazes de reconhecer padrões em grandes volumes de dados, podendo apontar soluções numa infinidade de situações, como quem admitir numa instituição, quem demitir, quem promover etc. Mas elas podem também ter dúvidas sobre as escolhas a fazer, uma qualidade que as aproxima do comportamento humano”, explica José Teixeira Coelho Neto, coordenador do Grupo de Estudos Humanidades Computacionais do IEA, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e organizador acadêmico do seminário.

De acordo com ele, as máquinas estão prestes a dotarem-se do que se denomina de consciência. “Nesse contexto, não é apenas o desaparecimento de empregos que estará em jogo; é a própria ideia de ser humano que passa por exame e eventual processo de redefinição”, diz.

Teixeira Coelho exemplifica: a morte pode em breve ser uma opção, não mais uma inevitabilidade (para aqueles que puderem pagar por isso), e toda a estrutura que define os seres humanos e as relações entre eles e a natureza serão radicalmente alteradas. A realidade virtual provavelmente irá redefinir a experiência humana e as noções de corpo e fisicalidade. Mentiras simples e puras e uma insistência na relatividade da verdade, ou indiferença em relação a ela, podem alterar o conceito de história e as relações sociais. “A inteligência aumentada está próxima, mas também, no mesmo processo, estão a desinteligência e a desintegração do que é conhecido como sociedade”, conclui Teixeira Coelho.

Programação


A Máquina, Inteligência e Desinteligência: Utopia e Entropia à Vista
21 a 23 de novembro
Instituto Itaú Cultura, aveninda Paulista, 149, São Paulo
Inscrições encerradas
Mais informações: www.itaucultural.org.br; telefone (11) 2168-1876
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