O dinheiro como símbolo no cinema e na literatura dos EUA
"O Dinheiro como Símbolo da Identidade Norte-Americana na Literatura e no Cinema dos EUA" é o tema da conferência que Sina Vatanpour, professor de civilização e cultura norte-americana na Universidade de Lille III-Charles de Gaulle, França, faz no dia 24 de agosto, às 14h30, no IEA. A conferência será em inglês, sem tradução.
"Em geral, o dinheiro representa valores e significados que ultrapassam suas funções comerciais e financeiras", comenta o pesquisador. "Sua mágica, tilintar, cor e cheiro tem excitado a imaginação humana e criado fábulas, estórias e personagens como o Shylock de Shakespeare ou o Harpagon de Molière."
Nos Estados Unidos, entretanto, o dinheiro evoca significados particulares ao espaço cultural do país, na opinião de Vatanpour: " Ele se torna intimamente conectado com o centro da identidade masculinha norte-americana encontrada em aspectos históricos e religiosos específicos. Assim, ele produz temas, símbolos e significados que organizam o espaço ficcional e se associa a aspectos étnicos e de gênero nos romances e filmes norte-americanos".
Além disso, Vatanpour destaca que, na escrita mítica norte-americana, o dinheiro guia o leitor iniciado "às profundezas do texto de maneira a questionar os valores históricos e tradicionais do país, como o sonho americano, o mito do sucesso e a busca do poder".
As pesquisas atuais de Vatanpour estão ligadas aos romances e filmes de Paul Auster e sobre o dinheiro na literatura e nos filmes norte-americanos. Entre seus artigos mais recentes há estudos sobre "Os Nus e os Mortos" de Norman Mailer, "Dogville" de Lars von Trier e "Cidade de Vidro" e "Fantasmas" de Paul Auster.
Foto: Steve Wampler