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Pandemia traz necessidade de atenção à saúde mental

por Thais Cardoso - publicado 22/09/2020 15:37 - última modificação 22/09/2020 15:37

USP Analisa conversa sobre o tema em dois programas com professora da EERP

O isolamento social, necessário para conter a pandemia de covid-19, vai deixar marcas na saúde mental da população. Para discutir essas consequências e como lidar com elas, o USP Analisa conversa com a professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP Kelly Graziani Giacchero Vedana.

Na primeira parte da entrevista, que vai ao ar nesta semana, ela destaca que, neste momento, o mais importante é que as pessoas estejam preparadas para cuidar da própria saúde mental e de quem está próximo.

“É conseguir perceber o que a gente sente, perceber as nossas necessidades, as nossas demandas, perceber que a gente vai ter que tentar empregar formas saudáveis de lidar com essas situações. Então o que é que eu dou conta nesse momento e que não me prejudica e não prejudica outras pessoas? E cuidar também das pessoas que estão próximas de nós, porque por algumas vezes, a gente quer simplesmente seguir em frente fingindo que sempre tá tudo bem e esse é um momento muito novo para todo mundo. Em algumas situações, a gente não vai estar tão bem assim e é aí que a gente precisa estar preparado para compartilhar um pouco isso com pessoas da nossa confiança ou até buscar um auxílio profissional, se em algum momento isso for necessário, para que a gente realmente possa enfrentar essa situação da melhor maneira possível”, explica ela.

Segundo pesquisas, quadros de ansiedade tiveram um aumento significativo durante a pandemia de covid-19. Esse transtorno pode trazer sintomas também associados à infecção pelo novo coronavírus, como dificuldade de respirar.

“Mas esses quadros de ansiedade não terão tosse e febre. Essa dificuldade de respirar não vai ter uma alteração muito intensa com pequenos esforços. Quando atinge esse nível muito intenso a ponto da pessoa ter esses sintomas, a ansiedade tende a ter uma auto-limitada. Por exemplo, um episódio de síndrome do pânico tende a durar ali, no máximo, uns 30 minutos. Ele surge de repente em momentos mais esporádicos, não é algo mais contínuo, e também pode estar relacionado com algumas situações específicas”, diz a professora.

A primeira parte da entrevista vai ao ar nesta quarta (23), a partir das 18h05, com reapresentação no domingo (27), às 11h30. O programa também pode ser ouvido pelas plataformas de streaming iTunes e Spotify.

O USP Analisa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o programa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.