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Pesquisa identificou expectativa da população para uso dos espaços públicos e semipúblicos pós-quarentena

por Fernanda Rezende - publicado 10/06/2020 14:30 - última modificação 10/06/2020 15:18

Um total de 1.956 pessoas de todos os estados do Brasil responderam ao questionário criado pelo Programa USP Cidades Globais.

Uso dos espaços públicos pós-quarentena
91% das pessoas que responderam a pesquisa disseram querer frequentar parques e áreas verdes após o fim da pandemia | Foto: Claudio Vieira/ Prefeitura Municipal de São José dos Campos
Uma pesquisa realizada pelo Programa USP Cidades Globais entre 6 e 30 de maio avaliou a expectativa da população após a flexibilização da quarentena. Realizado por meio de questionário online, o estudo "Emoções momentâneas: comportamentos e hábitos cotidianos pós-pandemia" buscou ainda identificar os sentimentos do brasileiro durante o período de confinamento na pandemia do novo coronavírus.

Do total de 1.956 pessoas de todos os estados do Brasil que responderam ao questionário, 86% afirmaram sentir falta de estar em áreas verdes. Para 67% deles, devem haver mudanças significativas na forma como serão utilizados os espaços públicos (ruas, praças, parques, praias etc.) e semipúblicos (shopping centers, centros culturais, cinemas, teatros etc.).

A pesquisa questionou quais espaços o entrevistado pretende frequentar após a flexibilização da quarentena. Os locais que mais se destacaram foram praças e áreas verdes, mencionados por 90,8% das pessoas, e praias, citadas por 82%. Entre 67% e 75% dos respondentes, há também o interesse em frequentar restaurantes, cinema e teatro, shoppings centers e comércios diversos.

Dos sentimentos latentes neste período de quarentena os mais citados foram ansiedade (160), preocupação (156), apreensão (110) e cansaço (110). Também são citados angústia (71), tranquilidade (67), medo (60) e tristeza (53). “São contradições diante da incerteza, na qual as emoções estão constantemente em movimento, não havendo uma linha reta”, avaliam os pesquisadores.

O trabalho foi realizado por pós-doutorandos e pesquisadores colaboradores do USP Cidades Globais: Deize Sbarai Sanches Ximenes; Gérsica Moraes Nogueira da Silva; Ivan Carlos Maglio; Júlio Barboza Chiquetto; Luís Fernando Amato-Lourenco; Maria da Penha Vasconcellos; Pedro Roberto Jacobi; Sonia Maria Viggiani Coutinho; Vivian Aparecida Blaso Souza Soares César.

Confira a pesquisa na íntegra.