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Rede IEA

por Aziz Salem - publicado 08/08/2016 14:40 - última modificação 27/06/2018 10:22

Membros do IEA são nomeados para o novo Conselhão

por Matheus Nistal - publicado 04/05/2023 17:55 - última modificação 05/05/2023 11:46

Os convidados para participar do conselho irão assessorar o presidente da República

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como “Conselhão” e recriado recentemente pelo governo federal, tem entre seus novos conselheiros a vice-diretora do IEA Roseli de Deus Lopes, professora da Escola Politécnica; e Glauco Arbix, membro do Núcleo de Apoio à Pesquisa Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do IEA.

Reunido nesta quinta-feira, 4 de maio, pela primeira vez este ano, o “Conselhão” tem a competência de assessorar o presidente da República na formulação de políticas e diretrizes visando o desenvolvimento econômico social sustentável. O conselho também pode criar grupos de trabalhos e comissões temáticas destinados ao estudo e à elaboração de propostas sobre temas específicos. Os conselheiros são indicados pelo presidente por terem ilibada conduta e reconhecida liderança e representatividade.

Roseli de Deus Lopes - Perfil

Glauco Arbix - Perfil

Roseli de Deus Lopes Glauco Arbix

Roseli é engenheira eletrônica e, desde 2014, coordenadora dos Programas Institucionais CNPq, PIBIC-EM, PIBIC e PIBITI da USP. É vice-coordenadora do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas, coordenadora geral e responsável pela concepção e viabilização da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Integrou a diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e é conselheira do InovaUSP, Centro de Inovação da USP.

Professor titular da USP, Glauco é coordenador de impacto no Center for Artificial Intelligence (C4AI), coordenador da área de Humanidades do Centro de Inteligência Artificial-USP-Fapesp-IBM e tinker professor da University of Wisconsin-Madison. Presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Os acadêmicos ligados ao IEA fazem parte do grupo de 246 conselheiros, também formado por outros integrantes vinculados à USP:  Floriano Marques Neto e Maria Paula Dallari Bucci, da Faculdade de Direito (FD); Carlos Luque, da Faculdade de Economia e Administração (FEA); Lilia Moritz Schwarcz, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH); Ludhmila Hajjar e Roberto Kalil Filho, da Faculdade de Medicina; e Neca Setubal e Pedro Wongtschowski, que fazem parte do Conselho Consultivo da USP. Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências e ex-titular da Cátedra Olavo Setubal, também integra o Conselhão.

Sônia Barros é nomeada diretora do Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde

por Mauro Bellesa - publicado 03/03/2023 10:55 - última modificação 10/04/2023 18:29

Sônia Barros - Perfil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, nomeou nesta sexta-feira, 3 de março, a professora sênior do IEA Sônia Barros diretora do Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do ministério.

Professora titular aposentada do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem (EE) da USP, Sônia é especialista na área da enfermagem dedicada à saúde mental, com atuação em pesquisas sobre políticas de saúde mental, exclusão social de pessoas com doenças mentais, processo ensino-aprendizagem e enfermagem em saúde mental.

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Notícia

Evento

Graduada em enfermagem de saúde pública pela Universidade Federal da Bahia, Sônia é mestre em enfermagem psiquiátrica e doutora em enfermagem pela EE-USP. No IEA, ela coordena o Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Políticas Públicas de Saúde Mental, criado em dezembro de 2021.

Pesquisadora do grupo é consultora da OMS

A filósofa Cláudia Braga, membro do mesmo grupo de pesquisa, assumiu em fevereiro o cargo de consultora nacional de Saúde Mental da unidade de Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Determinantes Sociais da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde.

Como consultora, irá atuar em temas relacionados a saúde mental, álcool, drogas, violências e deficiências, planejando e desenvolvendo ações nessas temáticas em processo de cooperação técnica, identificando e apoiando boas práticas relacionadas ao tema e construindo redes de intercâmbio de experiências inovadoras entre estados brasileiros e países.

É coordenadora também do Grupo de Pesquisa Enfermagem e as Políticas de Saúde Mental, cadastrado no CNPq. Um de seus trabalhos de grande destaque foi a coordenação do Censo Psicossocial dos Moradores em Hospitais Psiquiátricos do Estado de São Paulo com um recorte racial.

Esta será a segunda atuação da professora no ministério, onde dirigiu o Departamento de Assessoria Técnica da Secretaria de Assistência à Saúde de 2001 a 2003. Na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, de 2007 a 2009, Sônia foi assessora do gabinete do secretário e coordenadora-geral do Grupo Técnico de Ações Estratégicas.

Em 2022, ela recebeu o Prêmio Nise da Silveira de Boas Práticas e Inclusão em Saúde Mental, concedido pela Câmara dos Deputados.

Roseli de Deus Lopes fala sobre educação 4.0 em podcast

por Matheus Nistal - publicado 19/01/2023 15:35 - última modificação 19/01/2023 15:42

Em uma era acelerada e ultraconectada, os novos desafios da educação foram tratados por Roseli de Deus Lopes, vice-diretora do IEA, em podcast do Instituto Claro. O episódio abordou a educação 4.0 e as possibilidades e desafios que as novas tecnologias trazem para professores e alunos. O termo remete à quarta revolução industrial que se baseia em tecnologias digitais, sistemas inteligentes e conectividade.

Roseli de Deus Lopes

Para a coordenadora da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica, uma das principais oportunidades que a educação 4.0 já traz é não ser mais necessário estar no lugar certo e na hora certa para se desenvolver em algumas áreas do conhecimento. “Hoje, muitos desses aprendizados podem estar disponíveis em qualquer lugar, desde que se tenha acesso a dispositivos e conectividade”, afirma a professora.

A tendência demográfica de aumento da expectativa de vida vem mudando também o mercado de trabalho, fazendo com que seja cada vez mais comum pessoas exercitarem funções diferentes durante sua trajetória profissional. Por isso, é também necessário que a educação 4.0 incentive a flexibilidade e adaptabilidade dos seus alunos, defende Roseli.

Contudo, ela também considera que o esforço para conectar cada vez mais pessoas tem que ser acompanhado de trabalhos de aprendizagem e de estratégias que façam com que “os professores percebam que o mundo que a gente tem hoje é diferente”. Roseli acredita que a educação precisa se adaptar aos novos tempos hiperconectados e acelerados.

"Muito mais do que decorar algumas coisas, eu preciso aprender como é o processo de criar, para que essas crianças, esses professores aprendam a fazer principalmente boas perguntas”, defende Roseli.


Carlos Alberto Cioce Sampaio é eleito coordenador da área de Ciências Ambientais da Capes

por Leandra Rajczuk Martins - publicado 30/11/2022 13:35 - última modificação 30/11/2022 13:34

Carlos Alberto Cioce Sampaio - PerfilCarlos Alberto Cioce Sampaio, um dos coordenadores executivos do Centro de Síntese USP Cidades Globais do IEA, é o novo coordenador da área de Ciências Ambientais da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) que regula a pós-graduação brasileira. No IEA, ele também é professor visitante.

A designação de Sampaio para o quadriênio 2021-2024 foi instituída pela portaria da Capes número 265, de 25 de novembro, assinada pela presidente Claudia Queda de Toledo, e publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira, dia 28.

Sampaio já esteve à frente da coordenação da área de Ciências Ambientais, entre os anos de 2016 e 2018, complementando o mandato de Maria do Carmo Sobral (UFPE). Também foi coordenador adjunto por quatro anos, no período de 2012 a 2014.

Atualmente esta área tem 141 programas que totalizam 183 cursos, sendo 101 mestrados acadêmicos, 47 doutorados acadêmicos, 33 mestrados profissionais e 2 doutorados profissionais. Quando foi criada, em 6 de junho de 2011, havia 57 programas. Os programas estão distribuídos nas cinco regiões geográficas do país: Sudeste (30%), Nordeste (23%), Sul (22%), Centro-Oeste (13%) e Norte (11%).

De acordo com sua proposta de atuação, Sampaio pretende consolidar a área, diante dos seus onze anos de existência, “enquanto área interdisciplinar que concomitantemente problematiza a dinâmica socioecológica e cria alternativas de soluções, em consonância com uma ciência cidadã, isto é, uma ciência que dá respostas aos problemas das gerações atuais e futuras, reduzindo assimetrias regionais”.

Defende, ainda, que a área deveria continuar promovendo temas emergentes, como mudanças climáticas, economia circular, ecológica e regenerativa, tecnologia apropriada, educação ambiental, direito ambiental, bem viver e Unidades de Conservação (UC) e outras, que respondem a demandas da sociedade brasileira.

Natureza democrática

Segundo nota da Fundação, o processo eleitoral para a escolha das 49 coordenações contou com 1.264 indicações e foi pautado pelo critério do número de votos advindos da academia, o que demarca a natureza democrática do procedimento de indicação dos novos coordenadores. A este critério de escolha foram acrescidos aqueles estabelecidos na Portaria 171/2022 que determina a equidade de gênero, etnia e igualdade na distribuição das regiões do país.

Os nomes indicados pela comunidade acadêmico-científica passaram pelo crivo do Conselho Superior da Capes, em reunião ocorrida no dia 28 de setembro deste ano. O colegiado elaborou listas tríplices baseadas nos critérios que legitimassem cada indicado, como ter reconhecida experiência em ensino e orientação de pós-graduação, pesquisa e inovação.

Os mandatos dos novos coordenadores começam em 10 de dezembro deste ano e seguem até 15 de março de 2026. O próximo passo será a indicação pelos novos coordenadores dos seus adjuntos e profissionais.

Pioneirismo

Carlos Alberto Sampaio é pioneiro em pesquisas teóricas e empíricas sobre o tema Ecossocioeconomia Empresarial (Responsabilidade Socioambiental Corporativa e Environmental, Social e Governance – ESG), Planejamento e Gestão Organizacional para o Desenvolvimento Territorial Sustentável, e Cadeias Produtivas Sustentáveis/Arranjos Institucionais e Socioprodutivos Territoriais e Turismo de base comunitária na América Latina, prestando assessorias a organizações públicas e privadas.

Orientador dos Programas de Pós-Graduação (PPG) em Desenvolvimento Regional (FURB) Ciências Ambientais (Unisul/IA) e Governança e Sustentabilidade. (ISAE). Além do IEA, também é professor visitante do PPG em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente (UniEvangélica/FUNADESP). Colabora como professor nos PPGs em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR), Ambiente Saúde e Sustentabilidade (USP), em Ciências Ambientias (UNEMAT) na Amazônia legal e em Recursos Naturais (UFMS). Publicou 156 artigos em periódicos e 221 trabalhos em eventos nacionais e internacionais, além de 16 livros e 85 capítulos.

Regina Pekelmann Markus, ex-conselheira do IEA, recebe prêmio da ONU Mulheres

por Fernanda Rezende - publicado 07/11/2022 14:55 - última modificação 07/11/2022 15:00

Prêmio Regina MarkusRegina Pekelmann Markus ganhou o "UN Women USA Rise and Raise Others", na categoria "Saúde e Bem-estar", no dia 26 de outubro. Concorrendo com outras três pesquisadoras, dos Estados Unidos, Polônia e Nepal, ela obteve votos do público geral e do juri.

A premiação reconhece conquistas de mulheres que trabalharam apoiando e inspirando outras mulheres e meninas ao redor do mundo, destacando seu compromisso e entusiasmo por um empoderamento em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Ex-membro do Conselho Deliberativo do IEA, integrante da Comissão Científica na 1ª Academia Intercontinental e pesquisadora sênior do CNPq, Regina é professora do Instituto de Biociências da USP, onde atua na área de cronofarmacologia e lidera grupos de mulheres nos estudos sobre câncer, depressão e Alzheimer. Atualmente, ela desenvolve novas plataformas moleculares de ligantes seletivos e mistos de receptores de melatonina com enfoque nessas áreas.

Regina Pekelmann Markus, ex-conselheira do IEA, concorre a prêmio da ONU Mulheres

por Beatriz Herminio - publicado 10/10/2022 15:05 - última modificação 14/10/2022 11:46

Regina Pekelmann MarkusRegina Pekelmann Markus, ex-membro do Conselho Deliberativo do IEA, integrante da Comissão Científica na 1ª Academia Intercontinental e pesquisadora sênior do CNPq, está concorrendo ao prêmio "UN Women USA Rise and Raise Others" na categoria "Saúde e Bem-estar".

A professora do Instituto de Biociências da USP atua na área de cronofarmacologia e lidera grupos de mulheres nos estudos sobre câncer, depressão e Alzheimer. Atualmente, ela desenvolve novas plataformas moleculares de ligantes seletivos e mistos de receptores de melatonina com enfoque nessas áreas.

Na premiação, a ONU reconhece conquistas de mulheres que trabalharam apoiando e inspirando outras mulheres e meninas ao redor do mundo, destacando seu compromisso e entusiasmo por um empoderamento em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Em 2022, as categorias da premiação são: Erradicação da Pobreza; Saúde e Bem-estar; Educação de Qualidade; Igualdade de Gênero; Indústria, Inovação e Infraestrutura; Redução das Desigualdades; Ação Contra a Mudança Global do Clima; e Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

A votação permanece aberta até 20 de outubro. Para votar, clique aqui.

Também concorrem ao prêmio outras três brasileiras, em diferentes categorias. Carmela Borst, fundadora da EdTech SoulCode Academy; Marienne Coutinho, sócia-líder de Tax Transformation & Innovation e membro do Comitê de Inovação & Enterprise Solutions da KPMG no Brasil; e Carolina Videira, fundadora da ONG Turma do Jiló.

USP premia dois pesquisadores do IEA como novas lideranças acadêmicas

por Beatriz Herminio - publicado 06/10/2022 15:55 - última modificação 06/10/2022 15:56

A edição de 2022 do Prêmio Excelência para Novas Lideranças em Pesquisa na USP reconheceu Leonardo Gomes e Pedro Brancalion pelo "altíssimo nível" de suas carreiras. Concedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI), o prêmio tem como objetivo "incentivar novas lideranças e valorizar a excelência na pesquisa científica da Universidade de São Paulo".

Gomes é pesquisador do Núcleo de Apoio à Pesquisa Observatório da Inovação e Competitividade (NAP-OIC) e professor de administração na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Ele recebeu o prêmio por sua atuação no campo do empreendedorismo e da formulação de políticas públicas, com destaque para a participação no projeto Bridge e na implementação de tecnologias de roadmap junto à Finep.

Supervisor de pós-doutorado do projeto Biota Síntese, sediado no IEA, Pedro Brancalion é professor associado do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP. Foi reconhecido por seus avanços em pesquisa que visa a recuperação de áreas degradadas e por suas atuações de liderança na Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), da ONU, no Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e nos Programas de Adequação Ambiental dos campi da USP.

As 71 inscrições ao prêmio foram avaliadas por uma comissão formada por oito docentes da USP e 16 pesquisadores externos, representantes das áreas de conhecimento dos participantes.


Diretor, vice-diretora e vários pesquisadores do IEA agora são articulistas do Jornal da USP

por Mauro Bellesa - publicado 19/08/2022 12:25 - última modificação 23/08/2022 10:31

O diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski, a vice-diretora, Roseli de Deus Lopes, e quatro pesquisadores do Instituto fazem parte da seção Articulistas, lançada este mês pelo Jornal da USP. Eles contribuirão com artigos mensais para o jornal, ao lado de outros professores e pesquisadores da Universidade.

Os pesquisadores do IEA participantes da seção são: Marcos Buckeridge, coordenador do Centro de Síntese USP Cidades Globais; Lourdes Sola, professora sênior do Instituto; Gislene Aparecida dos Santos, coordenadora do Grupo de Pesquisa das Periferias (nPeriferias); e Elaine Santos, pós-doutoranda no Centro de Síntese USP Cidades Globais.

Já contribuíram com a seção Plonski, com o artigo "Avançados em quê?", Gislene Aparecida, com o texto "A metáfora do trem e políticas públicas para equidade de gênero", e Elaine, com o artigo "A liberação do mercado de lítio no Brasil: qual é a estratégia?".

Estudos avançados

Guilherme Ary Plonski - 1
Guilherme Ary Plonski

Em seu primeiro artigo, Plonski trata do tom adequado para avaliação do papel dos IEAs e das universidades. Ele informa que irá compartilhar, em seus artigos mensais, reflexões sobre o valor da universidade e, em particular, inquirir sobre o papel dos institutos de estudos avançados ligados a instituições universitárias.

Ele é professor titular do Departamento da Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), professor associado do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (EP), coordenador científico do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica e vice-coordenador do Centro de Inovação da USP.

Foi diretor superintendente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e coordenador da rede internacional de Institutos de Estudos Avançados Vinculados a Universidades (Ubias, na sigla em inglês), da qual o IEA faz parte.

Gislene Aparecida dos Santos - 1
Gislene Aparecida dos Santos

Igualdade racial

No artigo que inicia sua participação no Jornal da USP, Gislene Aparecida afirma que, "para a equidade racial e o aumento da representatividade negra, o que importa não é o que cada um entende ser e sim o modo como é visto pelos outros (a sociedade) e o que essa mesma sociedade, com suas hierarquizações, estabelecerá, a priori, como papéis adequados para o grupo de pessoas com o mesmo fenótipo".

Gislene Aparecida é professora associada do curso Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) e leciana também no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Faculdade de Direito (FD).

Além do nPeriferias, ela coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas das Políticas Públicas para a Inclusão Social (Geppis) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each). É especialista em direitos humanos, estudos decoloniais, equidade racial e de gênero, diversidade, discriminação racial, racismo e políticas públicas para grupos socialmente vulneráveis.

Elaine SantosIndústria de lítio

Segundo Elaine, o Brasil tem potencial para ser um dos grandes produtores de lítio (metal alcalino importante para a produção de baterias recarregáveis). Ela lembra que, para estabelecer sua indústria de lítio, o país deixou a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) as atividades de industrialização, importação e exportação de minerais de lítio e seus derivados, legislação revogada em julho pelo Decreto 11.110. Para ela, no entanto, o foco da estratégia brasileira “deveria estar na criação de uma cadeia de valor e na competitividade do lítio e não na liberalização do mercado”.

Elaine é socióloga e licenciada em geografia. Fez seu mestrado em energia na Universidade Federal do ABC e o doutorado na Universidade de Coimbra, Portugal. Atualmente é pós-doutoranda do Centro de Síntese USP Cidades Globais, no qual pesquisa os impactos da transição energética no Brasil e em Portugal a partir da exploração de matérias-primas consideradas estratégicas. Entre seus temas de discussão está a relação entre ciências naturais e geopolítica.

Fotos (a partir do alto): 1 e 2, Leonor Calasans/IEA-USP; 3, arquivo pessoal de Elaine Santos

Em novo livro, Zé Pedro Costa traça um panorama histórico das florestas brasileiras

por Beatriz Herminio - publicado 02/08/2022 15:25 - última modificação 05/08/2022 11:40

Capa do livro - Uma História das florestas brasileirasUma história das florestas brasileiras apresenta um panorama das etapas da ocupação do território brasileiro a partir da derrubada de sua vegetação original. Em pré-venda, o livro de autoria de Zé Pedro de Oliveira Costa, vice-coordenador do Grupo de Pesquisa Amazônia em Transformação, é publicado pela editora Autêntica e estará disponível a partir de 19 de agosto.

A expansão econômica do Brasil se deve, principalmente, à exploração de recursos naturais. Neste livro, Zé Pedro aborda desde a derrubada das matas litorâneas para a implantação dos canaviais, no século 16, até a acelerada destruição da floresta amazônica no século 20, chegando à "fúria destrutiva crescente" do século 21.

O autor busca analisar algumas questões como, por exemplo, se o suposto desenvolvimento imposto desde a colonização tem trazido vantagens econômicas e sociais para a maioria da população no longo prazo e, ainda, a quem cabe impedir que a ocupação do território seja feita de forma cada vez mais agressiva ao meio ambiente.

Ao mesmo tempo que aponta caminhos para um futuro ecologicamente promissor – no qual intervenções à natureza serão realizadas "com respeito aos indígenas, à fauna, à flora e às comunidades tradicionais que habitam, trabalham e vivem das matas" –, o autor alerta sobre as consequências da devastação, as quais serão irreversíveis se não houver ações imediatas de preservação.

A obra traz depoimentos de Drauzio Varella, Fernando Gabeira, Sonia Braga e Fabio Feldmann. Com capa assinada por Sebastião Salgado, tem mais três fotos de sua autoria que ilustram desde o dia a dia dos povos indígenas à exuberância das matas brasileiras.

O autor

Zé Pedro é professor aposentado da Universidade de São Paulo, foi o primeiro secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e, por duas vezes, secretário nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente. No IEA, é vice-coordenador do Grupo de Pesquisa Amazônia em Transformação: História e Perspectivas e integra o Grupo de Pesquisa Meio Ambiente e Sociedade.

É graduado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1968), mestre em planejamento ambiental pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, EUA (1979), e doutor em arquitetura e urbanismo pela USP (1987). Escreveu "Aiuruoca" (Edusp), "Circumscapes & Promenades" (UCB) e "Desenhos Musicados" (Massao Ohno), entre outros livros e artigos.

Colóquio debate questões ambientais nas eleições presidenciais do Brasil

por Beatriz Herminio - publicado 26/07/2022 13:45 - última modificação 26/07/2022 13:45

Nos dias 15 e 16 de setembro acontece o colóquio "Questões ambientais no contexto das próximas eleições presidenciais no Brasil: avaliação e perspectivas" no Campus Condorcet (Aubervilliers, França). Os interessados em participar do evento, de forma presencial ou online, devem preencher o formulário de inscrição até 14 de setembro. O evento será realizado em português, com tradução simultânea para o francês.

A organização é do Institut des Amériques (IdA), com sede no IEA, e do Centre de Recherche et de Documentation sur des Amériques (CREDA), em parceria com a Associação de Pesquisa sobre o Brasil na Europa (ARBRE), a Red Políticas Públicas y Desarrollo Rural en América Latina y el Caribe (Red PP-AL) e o Pôle de recherche pour l'organisation et la diffusion de l'information géographique de l’Université Paris 1 (PRODIG, Paris 1).

Com as eleições brasileiras marcadas para outubro de 2022, o colóquio propõe uma análise do mandato do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, e dos efeitos de sua atuação sobre questões ambientais a partir de um debate entre pesquisadores de diversas áreas. Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro, então candidato, afirmou que "nem um centímetro a mais [seria demarcado] para terras indígenas". "Mais de três anos depois de ter sido eleito, poucos são os que defendem a atuação do governo sobre as questões ambientais, amplamente criticada no Brasil e internacionalmente", afirmam os organizadores.

Os temas a serem debatidos passam pelas teorias da conspiração propagadas no início do governo Bolsonaro, a agenda climática e relação com o agronegócio, com a Amazônia Legal e com os povos tradicionais, o desmantelamento das capacidades estatais no setor ambiental do país, a agroecologia e conservação ambiental, perspectivas no contexto das próximas eleições, entre outros tópicos.

A programação completa pode ser acessada aqui.