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No IEA, José Eli da Veiga lança livro "Amor à Ciência - Ensaios sobre o Materialismo Darwiniano"

por Fernanda Rezende - publicado 14/11/2017 14:05 - última modificação 14/11/2017 14:49

Capa Livro - Amor à Ciência - José Eli da VeigaO livro "Amor à Ciência - Ensaios sobre o Materialismo Darwiniano" será lançado no IEA dia 24 de novembro, às 15h, com uma conversa entre o autor José Eli da Veiga, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, o físico e filósofo Osvaldo Pessoa Jr., da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, e o jornalista Reinaldo José Lopes, da Folha de S. Paulo. Para participar, é necessária inscrição prévia. O bate-papo será transmitido ao vivo pelo site do IEA.

A tese central do livro é que não pode haver materialismo científico que não seja, antes de tudo, darwiniano. Para justificá-la, dá uma visão panorâmica de sua crescente utilidade cognitiva em ciências tão diversas quanto a psicologia e a física quântica, passando por quase todas as ciências sociais.

Esse amplo avanço do materialismo darwiniano no âmbito científico está bem longe de ser homogêneo, gerando, ao contrário, variações que ainda não puderam ser selecionadas. O que só poderá começar a ocorrer quando forem superadas meia dúzia de controvérsias:

  1. A primeira diz respeito ao próprio conjunto dos fenômenos que evoluem pela interação dos quatro vetores essenciais: mutação, seleção, deriva e migração.
  2. A segunda às chamadas dimensões da evolução. O fato de já estar bem claro que vão além da genética e da epigenética, não quer dizer que a melhor forma de classificar as demais se resuma tão somente às categorias “comportamental” e “simbólica”.
  3. A terceira é sobre o alcance dos processos seletivos. Por mais que ainda haja resistência, certamente não demorará muito para que seja amplamente aceita a ideia de “seleção multinível”.
  4. A quarta reside no entendimento do fenômeno de superação dos numerosos tipos de conflitos sociais mediante cooperação.
  5. Em quinto, a que hoje parece a mais importante de todas. Se dá em torno do que chamamos de consciência. Por enquanto nem é possível avaliar qual será seu desdobramento, pois a divergência entre os materialistas darwinianos parece começar pelo próprio sentido que dão à palavra “consciência”.
  6. Por último, mas não menos importante, uma controvérsia que não é interna ao materialismo darwiniano, mas que diz respeito à concorrência de outros possíveis materialismos, entre os quais se destaca o materialismo histórico.
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