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Ciclo sobre relações humanas e história inaugura atividades de grupo no IEA

por Fernanda Rezende - publicado 07/06/2019 15:55 - última modificação 12/06/2019 10:52

Grupo de Pesquisa Investigações sobre a Pluralidade e Ambiguidades Relativas à Condição Humana realiza suas primeiras atividades no IEA.

No mês de junho, o Grupo de Pesquisa Investigações sobre a Pluralidade e Ambiguidades Relativas à Condição Humana realizará suas primeiras atividades no IEA. O ciclo contempla três vertentes da pesquisa do grupo: literatura e sociedades; história e método; e conhecimento e poder. Todos os eventos serão transmitidos ao vivo pelo site do IEA.

Em 11 de junho, às 14h, acontecerá o seminário A Literatura como Espelho: Narrativas e Aproximações. Participarão Rafael Ruiz, vice-coordenador do grupo de pesquisa e professor adjunto de História da América da Unifesp, e a historiadora Janice Theodoro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. A mediação será de Ana Paula Tavares Magalhães, coordenadora do grupo de pesquisa e também da FFLCH-USP. Inscreva-se aqui para participação presencial.

A partir da obra de Machado de Assis, eles irão explorar aspectos das relações humanas e da psicologia dos indivíduos e sociedades. Segundo os pesquisadores, a exploração das personagens dos contos "O Espelho" e "O Alienista" revela-se estratégica, no sentido de discutir perspectivas a respeito da realidade e os perigos da constituição de posições hegemônicas e exclusivistas.

Já no dia 24 de junho, às 9h, o seminário God and the Cartographic Fool: Belgian Printmaking in the Sixteenth Century trará Michael Johannes Sauter, professor na Divisão de História do Centro de Investigação e Docência Econômicas da Cidade do México. A mediação também será de Ana Paula Tavares Magalhães. Inscreva-se aqui para participação presencial.

Sauter abordará a produção de mapas e modelos cartográficos a partir das representações mentais ou imaginárias em voga nas sociedades europeias do início da Idade Moderna. O período, caracterizado pelas chamadas "grandes descobertas", também é marcado por importantes transformações no âmbito das mentalidades.

Os organizadores do encontro explicam que a elaboração de mapas no período em questão implicaria em uma revisão do conhecimento acumulado desde a antiguidade, com o acréscimo dos saberes recentes e, ao mesmo tempo, uma adaptação e realocação da tradicional visão de mundo cristã.

Fechando o ciclo, no dia 26 de junho, às 14h, acontece o seminário História e Método: sobre o Ofício do Historiador. Os conferencistas serão a historiadora Ana Lúcia Nemi, professora de História Contemporânea na Unifesp, e o também historiador Júlio César Magalhães de Oliveira, da FFLCH-USP. A mediação será da filósofa Sara Albieri, da FFLCH-USP. Inscreva-se aqui para participação presencial.

Estratégico para o atual debate a respeito da concepção de história, os conferencistas abordarão o ofício do historiador a partir de fundamentos teóricos e metodológicos, base de toda produção científica no mundo contemporâneo. De acordo com eles, a disciplina "História", formalizada a partir do século 19, fundamenta-se na utilização de métodos específicos, cujos resultados não devem ser confundidos com a mera opinião.

“A elaboração do discurso histórico subjaz à análise documental – textos escritos, tabelas, imagens, monumentos e todos os aspectos da produção material das sociedades. Esses nos fornecem os indícios que compõem um tecido heterogêneo e sujeito a olhares diversos, mas sempre subordinados a normas específicas subjacentes ao método”, explicam os organizadores.