Você está aqui: Página Inicial / NOTÍCIAS / Seminário discute a tecnologia de manufatura aditiva

Seminário discute a tecnologia de manufatura aditiva

por Mauro Bellesa - publicado 07/11/2013 14:25 - última modificação 22/10/2015 08:38

Evento organizado pelo Observatório da Inovação e Competitividade será no dia 19 de novembro, às 11 horas, na Escola Politécnica da USP.
Impressora 3D
Impressora 3D produzindo peça em formato de tartaruga

Muitos processos de fabricação baseiam-se na retirada de material de peças brutas de dimensões maiores, caso da usinagem de metais e da marcenaria. Mas existe um processo contrário: a manufatura aditiva, onde as peças são produzidas com a deposição (adição) de material, como no caso das impressoras 3D. As diversas vertentes dessa tecnologia serão apresentadas no seminário Manufatura Aditiva, no dia 19 de novembro, às 11 horas, na Escola Politécnica (Poli) da USP, evento organizado pelo Grupo de Pesquisa Observatório da Inovação e Competitividade/NAP do IEA,

O seminário terá como expositores Eduardo de Senzi Zancul (Poli) e Reginaldo Teixeira Coelho (EESC) (por videoconferência). A coordenação e a moderação serão de Mario Salerno (Poli e IEA). Os expositores discutirão as perspectivas de adoção da tecnologia em maior escala na indústria e os potenciais impactos para as estratégias de produção de empresas e de países. Tratarão também dos desafios técnicos envolvidos, de posição do Brasil diante da tecnologia e do que deve ser feito para sua disseminação no país.

Zancul explica que a complexidade e dificuldades tecnológicas da manufatura aditiva demandam uma abordagem integrada de várias disciplinas da engenharia, entre as quais as ligadas a materiais, fabricação, projeto de máquinas e projeto de peças.

De acordo com o pesquisador, as vantagens da manufatura aditiva são a economia de material com redução de desperdício e a possibilidade de fazer peças com geometrias mais complexas, uma vez que a produção é feita camada por camada (muito finas) e a aglutinação do material. A tecnologia também dispensa a utilização de moldes, que são muito caros e demandam a utilização em muitas peças iguais. De acordo com Zancul, no futuro próximo, será possível uma aplicação ampla do processo na confecção de produtos mais costumizados.

Outro aspecto destacado por ele é que o alto conteúdo tecnológico e a possibilidade de produzir peças sem moldes são fatores relevantes para que a produção seja feita cada vez mais perto do consumidor, "o que deve levar à volta de parte importante da fabricação para países desenvolvidos, que concentram know-how necessário para esse tipo de produção".

A Sala de Videoconferência onde acontecerá o seminário fica no Prédio da Administração da Poli, avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3, 380, Cidade Universitária, São Paulo (localização). Para mais informações e inscrições, os interessados devem enviar mensagem para .

Foto: Keith Kissel