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Seminário relembra método primitivo de medicina do Brasil Colônia

por Victor Matioli - publicado 30/08/2018 17:55 - última modificação 17/09/2018 11:50

O IEA-USP realizará o seminário "As Medicinas no Brasil Colonial a Partir de Três Manuais Setecentistas", no dia 21 de setembro, a partir das 11h.

 

As Medicinas no Brasil colonialDurante os primeiros séculos da colonização portuguesa no Brasil, o acesso a tratamentos médicos era praticamente restrito às regiões costeiras, historicamente mais ricas e populosas. Era usual para os moradores interioranos, portanto, recorrer a manuais médicos escritos por cirurgiões diplomados para curar suas doenças. Para apresentar as particularidades desta forma primitiva de assistência médica, o IEA-USP realizará o seminário As Medicinas no Brasil Colonial a Partir de Três Manuais Setecentistas, no dia 21 de setembro, a partir das 11h.

O evento é aberto ao público, mas os interessados em participar presencialmente devem se inscrever. Para acompanhar ao vivo pela internet não é necessário se inscrever.

Como sugere o nome do encontro, serão analisados dois tratados médicos do século 18 com o intuito de compreender o contexto de produção das obras e as referências científicas tomadas por seus autores como fundamentais. A exposição será conduzida por Ana Carolina de Carvalho Viotti, historiógrafa do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa Histórica (CEDAPH) da Unesp de Bauru, com mediação de Gildo Magalhães dos Santos Filho, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e coordenador do grupo de pesquisa Khronos: História da Ciência, Epistemologia e Medicina do IEA.

Um dos livros explorados será Erário Mineral, de Luís Gomes Ferreira, editado pela primeira vez em 1735. O tratado reúne as principais experiências práticas de Ferreira na capitania de Minas Gerais e é uma das primeiras obras de medicina brasileira a ser escrita em português. O autor também relata as doenças mais recorrentes na região e os tratamentos mais eficientes para cada
uma delas.

O extenso título do segundo livro traz a síntese de seu conteúdo: Governo de Mineiros mui necessário para os que vivem distantes de professores, seis, oito, dez e mais léguas, padecendo por esta causa os seus domésticos e escravos, queixas que pela dilação dos remédios se fazem incuráveis, e as mais das vezes mortais. O tratado, escrito em 1770 por José Antonio Mendes, usa uma linguagem acessível para auxiliar no tratamento e medicação de pessoas que viviam em locais afastados, longe de assistência médica.

Montagem: Nikolas Suguiyama/IEA-USP

 


 

As Medicinas no Brasil Colonial a Partir de Três Manuais Setecentistas
21 de setembro, das 11h às 13h
Sala Alfredo Bosi, rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo
Evento gratuito e aberto a todos os interessados, mediante inscrição prévia
Para assistir ao vivo pela internet não é preciso se inscrever
Mais informações: Cláudia Regina Pereira (clauregi@usp.br), telefone (11) 3091-1686
Página do evento