Morre Tomie Ohtake, artista emblemática do diálogo com os espaços públicos
| Tomie Ohtake em companhia de Carlos Roberto Ozzoni, então diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), em 2008, próximos de escultura criada por ela e instalada diante da faculdade |
Morreu hoje, 12 de fevereiro, a pintora, escultora e gravurista Tomie Ohtake, aos 101 anos, vitima de complicações pulmonares. Ela era considerada uma das mais importantes criadoras na história das artes no Brasil.
Tomie nasceu em Kyoto, Japão, em 1913. Veio para o Brasil aos 23 anos e começou a pintar aos 39 anos, na década de 50, em São Paulo
Ela foi integrante do Grupo Seibi, que reunia artistas de origem japonesa e que havia sido reorganizado depois da Segunda Guerra Mundial. O grupo contava com outros artistas que se tornariam expoentes da pintura brasileira, como Manabu Mabe (1924-1997) e Tikashi Fukushima (1920-2001).
No inicio de sua carreira de seis décadas, Tomie abraçou o figurativismo. Depois, tornou-se abstracionista, dedicando-se à exploração da expressividade de formas e cores. Também teve extensa produção em gravura e escultura, muitas destas instaladas em espaços públicos das cidades de São Paulo (inclusive na Cidade Universitária), Rio de Janeiro e outras localidades.
O velório (aberto ao público) será nesta sexta-feira (13), das 8 às 14 horas, no Instituto Tomie Ohtake, rua Coporés, 88, Pinheiros, São Paulo, SP. O corpo será cremado em cerimônia restrita à família.
Tomie era mãe do arquiteto Ruy Ohtake e do designer gráfico Ricardo Ohtake, conselheiro do IEA. Ela deixa também dois netos. O IEA se solidariza nesse momento de pesar com os familiares e amigos da artista.
Veja abaixo imagens de obras de Tomie Ohtake que integram a paisagem da Cidade Universitária:
| Monumento à amizade entre Brasil e Japão, próximo à Biblioteca Brasiliana |
Escultura "Ultramarinho", em frente ao Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, unidade da Cidade Universitária |
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| Visão total da escultura da artista exposta em frente à entrada principal da FEA |
Mosaico doado por Tomie Ohtake ao Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP em homenagem ao 32º aniversário da instituição |
Fotos (de cima para baixo, da esq. para dir.): 1) Wagner T. Cassimiro "Aranha"; 2) Cecília Bastos/Jornal da USP; 3) Marcos Santos;
4) FEA-USP; 5) — Cecília Bastos/Jornal da USP