José Saramago

Filho e neto de camponeses, José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura de 1998, nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, Portugal, em 16 de novembro de 1922. Os pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não havia completado dois anos.

Iniciou o ensino médio (liceu e técnico) em 1932, mas teve de interrompê-lo três anos depois, passando a estudar serralheria mecânica numa escola industrial até 1940. O primeiro emprego foi como serralheiro e depois exerceu várias atividades: desenhista, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor e jornalista.

Publicou seu primeiro livro, o romance, "Terra do Pecado", em 1947, e em 1966 foi editado seu primeiro livro de poesias, "Os Poemas Possíveis". Trabalhou durante 12 anos numa editora em funções de direção literária e produção. Colaborou como crítico literário na revista "Seara Nova". Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jornal "Diário de Lisboa", onde foi comentarista político, tendo também coordenado, durante cerca de um ano, o suplemento cultural. De abril a novembro de 1975, foi diretor-adjunto do jornal "Diário de Notícias". A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor, publicando livros de poesia, crônicas, contos, peças de teatro e um romance.

Em 1980, foi lançado "Levantado do Chão", considerado o início do estilo samaraguiano. A obra recebeu o Prêmio Cidade de Lisboa.

"Memorial do Convento" surgiu 1982 e consagrou Saramago internacionalmente. Outros livros de destaque de sua produção nos 80 e 90 são "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984), "A Jangada de Pedra" (1986), "História do Cerco de Lisboa" (1989), "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991) e "Ensaio sobre a Cegueira" (1995).

Saramago pertenceu à primeira Diretoria da Associação Portuguesa de Escritores e foi, de 1985 a 1994, presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores.

Casou-se com Pilar del Río em 1988 e em Fevereiro de 1993 mudou-se para a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias, Espanha, onde morreu em 18 de junho de 2010.

No IEA, participou de reunião em 11 de março de 1987, com Carlos Guilherme Mota.