Maria Cecilia Lucchese

Arquiteta e urbanista, mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, doutorado em Teoria e História do Urbanismo pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo, ambos da Universidade de São Paulo. Atuou na área de Planejamento Urbano e Regional, na área pública e privada, na gestão, assessoria e elaboração de planos e legislação urbanística, no desenvolvimento de políticas públicas, e na capacitação de técnicos e população para acompanhamento e elaboração de propostas urbanísticas e ambientais participativas.

Entre outros, foi consultora na Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, na capacitação de técnicos e população na área de influência da duplicação da rodovia Fernão Dias - Programa «Plano de Desenvolvimento Sustentável - Entre Serras e Águas» e na elaboração de Plano de Desenvolvimento Integrado para municípios lindeiros aos rios Tietê e Paraná - «Programa Calha».

Como Coordenadora de Meio Ambiente da Prefeitura de Mauá-SP organizou o congresso «Rio e a Cidade - Cidade Sustentável: um Direito». Como assessora de Meio Ambiente na Assembléia Legislativa de São Paulo, acompanhou a discussão da lei específica da Guarapiranga e da cobrança pelo uso da água.

Na iniciativa privada, entre outros, ajudou a elaborar projeto do lei de zoneamento ambiental para a Serra do Guararú – Guarujá-SP no escritório de Miguel Juliano, e participou no escritório Madallena Ré da elaboração do plano diretor de Juruti–PA e de análises urbanísticas e ambientais do Plano Estratégico para o Litoral Paulista (CDHU/GESP) e Estudos de Viabilidade Socioeconômica na área de influência da Hidrelétrica de Marabá–PA.

É docente no Instituto Federal de São Paulo, Departamento de Construção Civil do Campus São Paulo, nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil e, atualmente, realiza pesquisa de pós-doutorado no Centro de Síntese USP Cidades Globais, no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

Se procura entender com essa pesquisa se existem alterações que podem ser medidas em cidades que nos últimos anos tem ampliado consideravelmente sua cobertura vegetal, e avaliar com isso se é possível criar padrões de estrutura urbana que correspondam a maiores padrões de captação de CO2 ou minimização de ilhas de calor. Assim, a pesquisa parte do estudo de soluções para adaptação de cidades a eventos extremos ocasionados pelas mudanças climáticas que usam vegetação. Soluções já implantadas e baseadas na natureza, isto é, que usam os serviços ambientais prestados pela natureza, em especial pela vegetação, para minimizar eventos como ondas de calor, chuvas intensas, secas prolongadas, etc., e suas consequências aos ecossistemas.

A partir desse mergulho na literatura a pesquisa se propõe a fazer a seleção de 15 cidades que aplicaram nos últimos anos soluções verdes, em especial SbN, como casos de estudo.

E, apoiando-se nessa investigação de literatura e cidades, pretende discutir a possibilidade de serem definidos padrões de tecido urbano que tragam um bom custo benefício para uma melhor sustentabilidade urbana.

Nesse sentido, a pesquisa quer entender as interfaces entre clima e cidade, e as consequências nos microclimas urbanos de alterações na estrutura física das cidades a partir do esverdeamento urbano.

É uma construção metodológica ao mesmo tempo que é uma tentativa de síntese de conhecimentos oriundos de especialidades diferentes.