Boletim IEA — 98
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"O mercado de trabalho brasileiro revela atualmente as conseqüências de 27 anos de estagnação econômica, mudança de regime político e profundas transformações estruturais devido à introdução de um modelo econômico mais competitivo, centrado, depois de 1990, nos princípios econômicos liberais e na maior integração da economia brasileira à economia mundial", avalia Maria Cristina Cacciamali, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, coordenadora do ciclo "Trabalho e Emprego: Novos Desafios", que terá início no dia 23 de maio (quarta-feira), às 14h30, com o painel "Recuperação do Mercado de Trabalho Brasileiro ou Estagnação?". O evento acontece no Auditório Jacy Monteiro, no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. Um ambiente de elevada incerteza, profundas mudanças institucionais, baixo nível de investimento e pequenas taxas de crescimento que acirram a concorrência intercapitalista, especialmente após a liberalização comercial do início dos anos 90, são as causas apontadas por Cacciamali para as alterações nas relações de trabalho. "A oferta de empregos, ao longo de todo o período, é insuficiente perante a força de trabalho", comenta. O agravamento dessa escassez de emprego depois dos anos 90 deve-se, segundo ela, à diminuição do nível de renda per capita das famílias e a alterações de caráter demográfico no mercado de trabalho (ingresso anual de contingentes expressivos de jovens e mulheres e a manutenção crescente de trabalhadores acima de 60 anos). MUDANÇAS De acordo com Cacciamali, os efeitos desse conjunto de circunstâncias são: a expansão de diferentes tipos de desemprego; o aumento de inúmeras formas de contratação de empregados à margem da legislação trabalhista e sem registro no sistema público de seguridade social (cooperativa de trabalho, acordo verbal, assalariados contratados na condição de empresas, subcontratação múltipla, trabalho a domicílio, entre outras); o avanço da inserção informal, seja sob a ótica jurídica (sem vínculo com o sistema público de seguridade social), seja do ponto de vista da organização da produção (trabalhador por conta-própria, microempresa, negócios familiares, entre outras alternativas). Diante desse quadro, o primeiro painel do ciclo terá como recorte temporal o período pós-1990 e tentará identificar respostas às seguintes questões: • O mercado de trabalho brasileiro pode constituir-se em um mecanismo de inclusão social, criando empregos de boa qualidade, compatíveis com a expansão da força de trabalho? • Há perspectivas para a diminuição das altas taxas de desemprego? • O sistema educacional e o sistema de capacitação profissional se encontram estruturados de forma adequada para enfrentar os desafios da qualificação do mundo globalizado? • Quais políticas ou ações públicas podem propiciar melhor desempenho no mercado de trabalho e na distribuição de renda? EXPOSITORES Os temas e respectivos expositores do painel são: • "Comportamento Recente do Mercado de Trabalho Brasileiro" — Cláudio Dedecca (Instituto de Economia da Unicamp); • "O Papel dos Pólos de Emprego e a Qualificação da Mão-de-Obra" — Sônia Rocha (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade); • "Admissões na Indústria Brasileira — Primeiro Emprego e Reemprego" — João Luiz Maurity Sabóia (Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro); • "Estudos Prospectivos e Qualificação Profissional" — Marcello José Pio (Unidade de Tendências e Prospecção do Departamento Nacional do Senai); • "Mercado de Trabalho e Distribuição de Renda"— Maria Cristina Cacciamali (FEA/USP). O evento é aberto ao público e também poderá ser acompanhado pela web em www.iea.usp.br/aovivo. Quem estiver assistindo pela Internet poderá enviar perguntas para os debatedores através do e-mail iea@usp.br. RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO OU ESTAGNAÇÃO?
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"Impactos das Mudanças Climáticas e Cenários no Estado de São Paulo" é o tema do seminário que será realizado no dia 6 de junho, das 8h30 às 18h, no Auditório Augusto Ruschi, na sede da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). As exposições no evento tratarão dos possíveis impactos das mudanças climáticas na agricultura, biodiversidade, nível do mar e saúde humana no Estado, das conclusões dos Relatórios I, II e III do IPCC, da articulação das políticas públicas federal, estadual e municipais sobre a questão, da história das mudanças em São Paulo, da pesquisa sobre elas e da construção de cenários sobre seus impactos no Estado (leia o programa abaixo). O seminário é uma realização do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e Biodiversidade, IEA, Cetesb, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA), Projeto Cenários 2020 da SMA e Governo do Estado de São Paulo. Local: Auditório Augusto Ruschi, sede da Cetesb, Av. Professor Frederico Hermann Jr., 345, São Paulo, SP.
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ambiente-2 Ciclo analisa políticas públicas e conflitos socioambientais |
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De 1º a 6 de junho será realizado o ciclo de conferências "Políticas Públicas e Conflitos Socioambienais", com a participação de pesquisadores da Universidade Yale (EUA), Universidade de Barcelona (Espanha), Universidade Autonoma de Barcelona (Espanha), Universidade Estadual de Maringá e da USP. O ciclo é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (Procam) da USP, IEA, Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Universidade Yale e Brazilian Business School. O ciclo acontecerá no Auditório Jacy Monteiro, no Instituto de Matemática e Estatística da USP. Garry D. Brewer, da Escola de Administração da Universidade Yale, fala no dia 1º, às 14h30, sobre "Negócios e Meio Ambiente: Tendências e Desafios". Os debatedores serão Pedro Jacobi, da Faculdade de Educação e do Procam, e Wanderley Messias da Costa, da FFLCH e coordenador de Comunicação Social da USP. A coordenação estará a cargo de Sonia Maria Flores Gianesella, do Instituto Oceanográfico e do Procam. Essa conferência será em inglês (leia mais sobre esse evento em texto abaixo sobre a presença de pesquisadores de Yale no IEA). No dia 4, às 10h, Joan Martinez-Alier, da Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, faz conferência sobre "Ecologia dos Pobres e Conflitos Distributivos Ecológicos". José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e do Procam, e Antonio Carlos Robert de Moraes, da FFLCH, debaterão com ele, sob a coordenação de Wagner Costa Ribeiro, da FFLCH e do Procam. Horacio Capel, da Universidade de Barcelona, dará a conferência "Cidade e Meio Ambiente" no dia 5, às 14h30. Odete Seabra e Ana Fani Carlos, ambas da FFLCH, serão as debatedoras. Pedro Leite da Silva Dias, do IEA e do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosfericas, será o coordenador. No dia 6, às 14h30, Marcedes Capel, da Universidade de Barcelona, encerrará o ciclo com a conferência "Patrimônio Histórico e Conservação Ambiental". Os debatedores serão Euler Sandevile, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Procam, e Silvia Helena Zanirato, da Universidade Estadual de Maringá. A coordenação será de Joel Sigolo, do Instituto de Geociências e do Procam. CILO DE CONFERÊNCIAS "POLÍTICAS PÚBLICAS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS" |
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especial Professores da Universidade Yale fazem conferências no IEA |
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O IEA receberá na próxima semana dois professores da Universidade Yale, EUA: o brasilianista K. David Jackson e o cientista político Garry D. Brewer. JOAQUIM NABUCO "Um Estadista na Academia: os Discursos de Nabuco em Yale" é o tema da conferência de K. David Jackson no dia 30 de maio, às 14h30, no Auditório Jacy Monteiro, no Instituto de Matemática e Estatística da USP, com transmissão ao vivo pela web em www.iea.usp.br/aovivo. A coordenação será de João Roberto Gomes Faria, da FFLCH. Jackson falará sobre a presença do embaixador Joaqum Nabuco (1849-1910) em Yale em maio de 1908 e sobre as duas conferências que o diplomata brasileiro fez aos estudantes da universidade. Tratará das razões que levaram Nabuco a Yale e a outras universidades norte-americanass e sobre tópicos específicos de suas apresentações nos EUA. A partir dos conceitos de Nabuco sobre cultura e o papel do Brasil em questões literárias, sociais e políticas, Jackson discutirá ensaios recentes sobre o diplomata escritos por Silviano Santiago, Ítalo Moriconi e outros. Jackson é diretor de Estudos de Português na Graduação de Yale. Suas áreas de interesse são: literaturas brasileira e portuguesa; Camões, Machado de Assis e Fernando Pessoa; literaturas modernista, de vanguarda e interartísticas; cultura portuguesa na Ásia; etnomusicologia. Algumas de suas obras são: "A Vanguarda Literária no Brasil" (1998), "A Prosa Vanguardista na Literatura Brasileira: Oswald de Andrade" (1978), "Staging Portuguese and Brazilian Theater" (2000) e "Experimental, Visual, Concrete: Avant-Guarde Poetry since 1960" (1996). NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE A conferência de Garry D. Brewer, no dia 1º de junho, às 14h30, será sobre "Negócios e Meio Ambiente: Tendências e Desafios". O evento será em inglês e integra o ciclo de conferências "Políticas Públicas e Conflitos Sociambientais" (leia texto acima). Haverá transmissão ao vivo pela web em www.iea.usp.br/aovivo. Pedro Jacobi, da Faculdade de Educação e do Procam, e Wanderley Messias da Costa, da FFLCH e coordenador de Comunicação Social da USP, serão os debatedores no encontro, que terá Sonia Maria Flores Gianesella, do Instituto Oceanográfico e do Procam, como coordenadora. Na conferência, Brewer fará um sumário do surgimento dos desafios ambientais à atuação tradicional das empresas e a subseqüente evolução das atividades empresariais e das organizações ambientais. Também discorrerá sobre as prováveis acomodações e desenvolvimentos futuros nessa relação. Depois de iniciar a carreira no Departamento de Ciência Social da Rand Corporation em 1970, Brewer tornou-se professor de Yale em 1974, onde dirigiu a Instituição de Estudos Sociais e Políticos (1990-91). De 1991 a 1998, foi professor da Escola de Recursos Naturais e Meio Ambiente e da Escola de Administração da Universidade de Michigan. No período 1998-1999, foi professor de ciências ambientais na Suécia por indicação do rei daquele país. De 1999 a 2001, Brewer lecionou no Grupo de Energia e Recursos da Universidade da Califórnia em Berkeley. Em 2011 retornou a Yale. É co-autor de "Decisinon Making for the Environment" (2005) e "Caught Unawares: The Energy Decade in Retrospect" (1983). ORGANIZAÇÃO As conferências de Jackson e Brewer são uma realização do IEA, Universidade Yale e Brazilian Business School em parceria, para o evento com Jackson, com o Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH e, para o evento com Brewer, com o Procam e o Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da FFLCH.
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MAIO • Dia 23, 14h30 — RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO OU ESTAGNAÇÃO? • Dia 24, 15h — 3º SEMINÁRIO DO CICLO EVOLUÇÃO DARWINIANA E CIÊNCIAS SOCIAIS • Dia 30, 14h30 — UM ESTADISTA NA ACADEMIA: OS DISCURSOS DE NABUCO EM YALE (leia texto acima) • Dia 31, 14h30 — A TRANSIÇÃO DO INDUSTRIAL PARA O INTERCONECTADO E EXEMPLOS DE PRODUÇÃO SOCIAL JUNHO • Dias 1º, 4, 5 e 6 — CICLO DE CONFERÊNCIAS "POLÍTICAS PÚBLICAS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS" (leia texto acima) • Dia 6, 8h30 — IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CENÁRIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO (leia texto acima) • Dia 14, 15h — 4º SEMINÁRIO DO CICLO EVOLUÇÃO DARWINIANA E CIÊNCIAS SOCIAIS
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Roberto Rodrigues faz conferência na Unesp em Botucatu "Agroenergia e Biocombustível" é o tema da conferência que Roberto Rodrigues (foto), pesquisador visitante do IEA, fará dia 25 de maio, às 15h, na Faculdade de Ciências Agronômicass da Unesp em Botucatu. O evento integra as comemorações dos 25 anos do Programa de Pós-Graduação Energia na Agricultura daquela faculdade. No mesmo dia, das 8h30 às 12h, haverá apresentação dos grupos de pesquisa do programa. Ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (janeiro de 2003 a junho de 2006), Rodrigues é também professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp em Jaboticabel e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (14) 3811-7111. Moção do Conselho Deliberativo do IEA O Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, reunido em 15 de maio de 2007, vem se manifestar contra os atos de violência acadêmica que ameaçam tornar-se atitudes corriqueiras nesta Universidade. A invasão recente da Reitoria, a ocupação de dependências no campus de São Carlos e os piquetes freqüentes — e o que terá inicio no dia 16 de maio — no Edifício da Antiga Reitoria não constituem nem ritos acadêmicos democráticos nem "manifestações pacíficas". Este Conselho apóia enfaticamente moção recente da Congregação da FFLCH, em especial a consideração de que a "renúncia aos princípios elementares de responsabilidade por atos que afetam a instituição pública merece mais do que o repúdio momentâneo: como sinal de grave degradação das formas de convivência civil, merecerá debate, deliberação e medidas institucionais profundas para cortar a espiral nefasta do desrespeito e da violência". Conselheiros João E. Steiner (diretor), Hernan Chaimovich (vice-diretor), Bader Sawaia, César Ades, Gabriel Cohn, Iberê Caldas e Yvonne Mascarenhas
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS Fotos (a partir do alto): Marco de Mojana di Cologna, 2006 — Universidade Yale — Unesp |
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