Dilemas Éticos da IA: Uma Perspectiva de Direitos Humanos e Gênero
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a 29/08/2025 - 12:30
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Não há dúvida que IA pode ajudar a humanidade a enfrentar muitos problemas sociais graves, tais como a desigualdade social e suas implicações e impactos no desenvolvimento de diversas áreas, tais como, educação, saúde, cultura, defesa, ciência, meio ambiente, dentre outros, mas ao mesmo tempo pode representar uma série de desafios complexos em matéria de ética, direitos humanos, tais como, riscos de desemprego, discriminação, racismo algoritmo, riscos à privacidade com o compartilhamento de dados e sistemas controversos como reconhecimento facial, desigualdade de acesso à nova tecnologia, desinformação que representa um risco à democracia, dentre outros. A filosofia, sobretudo a filosofia prática, entendida como a ética e a filosofia política, tem um papel importante para a análise de questões contemporâneas decorrentes de novas tecnologias como a Inteligência Artificial. Desde 2019, a UNESCO reforça papel da filosofia prática na análise do tema tendo convidado a Rede de Mulheres Filósofas da América Latina, por ocasião dos 70 anos da presença da UNESCO na região em cerimônia realizada em seu escritório em Montevideo a promover o painel Ética na Inteligência Artificial, Promessas e Ameaças no XX Encontro da AFRA realizado em Mar del Plata. Em 2021 foi aprovada a “Recomendação sobre a Ética da Inteligência Artificial” o primeiro instrumento global a definir normas para a IA, traduzido para o português pela UNESCO Brasil em 2022. Em 2024 a UNESCO lançou o Observatório Global de Ética e Governança em IA e no mesmo ano criou a Cátedra UNESCO de Ética na IA na IE – em Madrid – Espanha. Abordaremos igualmente o Plano Brasileiro de IA : IA para o Bem de Todos, coordenado pelo MCTI, cuja versão final foi publicada em 6.06.2025. Dentre os inúmeros desafios as recomendações dos dois documentos expressam que IA deve ser usada e desenvolvida em benefício da humanidade no sentido de promover a justiça, a segurança, o acesso a todos, o uso de algoritmos de modo a reduzir e não a acentuar as desigualdades e as diversas formas de discriminação e ainda tratar de questões relativas à privacidade de dados, direitos autorais à integridade da informação e à sustentabilidade. Nossa pesquisa tem por objetivo desenvolver o tema da ética na Inteligência Artificial que hoje domina o debate da mídia, da academia e da política, nacional e internacional, com base nas recomendações da UNESCO e no Plano Brasileiro de IA, com ênfase na proteção dos direitos humanos fundamentais e sustentabilidade, sobretudo com foco na promoção da igualdade de gênero, ODS 5 da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Exposição:
Ligia Pavan Baptista (UNB)
Mediação:
Rafaela Weber Mallmann (PUC-RS e AIRES)
Transmissão
Acompanhe a transmissão do evento pelo canal do YouTube do IEA
Inscrições
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