Em Busca da Autossuficiência do Brasil em Vacinas

Vacinas previnem doenças e salvam vidas, mas também expõem desigualdades e desafios estruturais para os países.

Após a pandemia de Covid-19 tornou-se fundamental aprofundar o debate sobre a capacidade do Brasil em desenvolver e dominar tecnologias visando ampliar a fabricação local de vacinas.

O Brasil tem histórico na produção de vacinas e na condução de programas de imunização bem-sucedidos.

O Instituto Butantan e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), constavam, em 2021, no ranking dos 15 principais produtores mundiais de vacinas, de acordo com o relatório  'Global Vaccine Market' , da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Contudo, barreiras técnicas, estruturais e políticas impedem o país de alcançar a “soberania vacinal”. Analisar o segmento de vacinas no Brasil, a capacidade disponível e as perspectivas dos agentes envolvidos, considerando a resposta à Covid-19, são os propósitos do seminário Em busca da autossuficiência do Brasil em vacinas.

Promovido pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DMP-FM/USP), o Grupo de Estudos em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde do Instituto de Estudos Avançados (GECTIS-IEA/USP) e o Wolfson Institute of Population Health da  a Queen Mary University of London (WIPH/QMUL), o seminário conta com o apoio do Programa Eixos Temáticos da USP (ProETUSP) e do Instituto de Avaliação de Tecnologias em Saúde (IATS) e visa colocar em perspectiva a capacidade da universidade de contribuir com o enfrentamento de grandes desafios do nosso tempo.

Ao promover o encontro de pesquisadores, especialistas, Ministério da Saúde, laboratórios nacionais produtores, setor privado, sociedade civil e gestores públicos, o seminário espera contribuir  com o diagnóstico de desafios, potencialidades e questões de pesquisa estratégicas para que o Brasil alcance a desejada autossuficiência no desenvolvimento e produção de imunizantes.

O que se espera, ao final, é o debate sobre ações conducentes ao  fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com o propósito de expandir a produção nacional de insumos, reduzir a dependência do Brasil e assegurar o acesso universal à saúde preconizado pelo SUS.

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