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Vamos Salvar os Jequitibás-Rosa da Extinção

por Sandra Sedini - publicado 18/11/2015 09:55 - última modificação 30/05/2016 11:55

Detalhes do evento

Quando

de 30/11/2015 - 14:00
a 30/11/2015 - 17:30

Onde

Sala de Eventos do IEA, Rua da Praça do Relógio, 109, Bloco K, 5° andar, Butantã, São Paulo

Nome do Contato

Telefone do Contato

11 3091-1678

Participantes

Aguardando confirmações.

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O gigante da mata atlântica está ameaçado de extinção. A ameaça ao jequitibá-rosa, Cariniana legalis - deriva exatamente das suas qualidades. Boa madeira para interiores de construção, móveis, brinquedos, salto de sapato, até lápis. Sua diversidade de uso a extinguiu em estados onde era abundante como Pernambuco, onde há registro de que o último exemplar foi avistado em 1952(¹). No estado de São Paulo há ainda sítios com vários indivíduos, estando o maior deles protegido desde 1970, quando foi criado o Parque Estadual de Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro. Lá temos o mais velho exemplar de jequitibá-rosa do Brasil, com cerca de 3.000 anos de idade. Na Estação Ecológica de Ibicatu, Piracicaba, há também uma população com cerca de 50 indivíduos que vem sendo estudada.

Para mudar este quadro de extinção, o Grupo de Pesquisa Amazônia em Transformação  em parceria com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro – por meio do CNCF – Centro Nacional de Conservação da Flora -, e o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, lança a campanha  “Vamos salvar os jequitibás-rosa da extinção” . O encontro inicia a tomada de ações para identificação da situação atual da espécie, caracterização, aonde estão localizadas, quais estratégias possíveis de parcerias para garantir a sua recuperação, com a consequente retirada da lista da flora ameaçada de extinção.

Sua população atual se distribui esparsamente pelos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grasso do Sul. Além de ser a árvore símbolo dos estados de São Paulo e Espírito Santo, também representa os municípios de São José dos Campos(²) e Valinhos(³). Campinas também tem o seu jequitibá plantado em frente ao paço municipal. Em São José dos Campos a árvore com idade entre 500 a 700 anos é tombada e fica no distrito de Eugênio de Melo, ao lado da antiga rodovia São Paulo-Rio de Janeiro. É também a árvore símbolo da região cacaueira do Sul da Bahia.

No município de Cachoeira do Macacu, RJ, no Parque Estadual Três Picos(4), encontra-se um exemplar com idade estimada em 1.000 anos. No Parque Florestal do Rio Doce, em Minas Gerais, há exemplares tão grandes quanto o de Santa Rita de Passa Quatro. No Espírito Santo também estão catalogados exemplares com idade estimada de 600 anos.

A sua importância para a conservação da Mata Atlântica levou a Ceplac - Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira - e o Instituto Cabruca para conservação do jequitibá, a fazer um trabalho de cadastramento georeferenciado das árvores, visando a conservação da espécie, diante da sua importância para a lavoura do cacau. Além de contribuir com matéria orgânica, segundo pesquisadores, agrega valor à produção(5)

Registros dão conta de que o pai da Teoria da Relatividade, Albert Einstein, quando esteve no Rio de Janeiro em 1925, foi levado ao Jardim Botânico, onde foi apresentado ao jequitibá-rosa que o deixou deslumbrado, levando-o a abraçar e beijar a frondosa árvore(6).

Algumas unidades de conservação (UCs) com jequitibá-rosa:

  • APA Cabreúva-SP (Estrada Parque de Itu a Cabreúva);
  • Parque Estadual Vassununga-SP, possui o maior jequitibá-rosa do Brasil com mais 3.000 anos medindo 40 (quarenta) metros de altura e 3 (três) metros de diâmetro;
  • Parque Estadual Porto Ferreira-SP;
  • Fazenda Santa Cartola, Cajuru-SP;
  • Estação Ecológica de Ibicatu-SP;
  • RPPN Mata do Sossego-MG;
  • Parque Estadual dos Três Picos-RJ;
  • Parque Estadual da Pedra Branca-RJ;
  • Parque Nacional da Serra dos Órgãos-RJ;
  • Parque Estadual do Mendanha-RJ;
  • Parque Nacional da Tijuca-RJ
  • Município de João Neiva-ES

Fontes de pesquisa

Inscrições

Evento gratuito, sem inscrição e aberto ao público.

Capacidade do auditório: 55 lugares

Organização

Instituto de Estudos Avançados da USP

CNCFlora - Centro Nacional de Conservação da Flora

Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

Programação

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

14h00 - Abertura e Apresentação da Campanha
José Pedro Costa (SEMA/USP)

14h30 - Plano de Ação e Estratégia para Salvar o Jequitibá-rosa da Extinção
Gustavo Martinelli (CNCFlora-RJ)

15h15 – Painel

  • Áreas de Remanescentes de Jequitibás

Philippe Lisbonna  (FGV)

  • Jequitibás e Business

Warwick Manfrinato (USP)

  • Manejo e Proteção dos Jequitibás

Expositor a confirmar

 

  • Jequitibás e Mananciais

Luiza Eluf

16h00 – Discussão

16h30 – A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e os Jequitibás-rosa
Clayton Lino (CNRBMA)

17h00 – Manifestação dos Presentes/ADESÃO

17h30 – Encerramento

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo