Políticas Ambientais e Serviços Ecossistêmicos no Brasil

Com o aumento da pressão da sociedade sobre o meio ambiente e os recursos naturais, o conceito de serviço ambiental tem visado, desde o início, mostrar a dependência humana em relação aos ecossistemas. Essa ideia se tornou a pedra angular da gestão ambiental, passando a liderar novas estratégias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais.

Mediada pela Millenium Ecosystem Assessment (MEA), em 2005, o tema tem causado desde lá um interesse crescente por parte de investigadores, políticos e investidores. E agora as ferramentas de gestão ambiental já fazem parte do debate sobre o uso de recursos naturais. A abordagem de serviços ecossistêmicos tem como objetivo identificar e medir a contribuição dos ecossistemas para satisfazer necessidades sócio-econômicas. Assim, essa abordagem poderá iniciar o diálogo entre os diferentes atores do território, fornecer instrumentos de política para tomar decisões informadas sobre os efeitos de diferentes práticas e analisar de forma differente as relações homem-natureza.

No entanto, o entendimento dos serviços dos ecossistemas, a sua quantificação, a sua cartografia, levanta ainda muitas questões científicas. O que é, hoje, o lugar desse conceito na pesquisa e na gestão ambiental no Brasil?

O objetivo científico deste seminário é discutir teorias e experiências sobre os serviços ambientais no Brasil, para identificar as contribuições e limitações do conceito de serviços ecossistêmicos e considerar diferentes metodologias e quantificação espacial dos serviços ecossistêmicos e seu papel na gestão ambiental.

Coordenação

Neli Aparecida de Mello-Théry (EACH e IEA-USP)

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