Professores Honorários
Alberto Carvalho da Silva (1916-2002) Indicado em 21.06.1994, professor da Faculdade de Medicina. Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1940, trabalhou no Departamento de Fisiologia da faculdade, primeiro como assistente e depois como livre-docente (1954), professor-adjunto (1960) e professor catedrático (1964). Também frequentou dois outros cursos da USP: Filosofia e Ciências Sociais (1936-37) e Química — como ouvinte — (1942-44). Foi bolsista da Fundação Rockefeller no Departamento de Nutrição da Universidade Yale (1946-47), Departamento de Fisiologia da Universidade de Chicago (1959) e Departamento de Nutrição do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) (1960). Em 1969, com a edição do Ato Institucional nº 5, foi afastado compulsoriamente da USP pela ditadura militar. Passou a trabalhar na Fundação Ford como consultor técnico em ciência, tecnologia e nutrição junto aos escritórios do Rio de Janeiro, Santiago e Lima (1969-80). Atuou também como consultor do Banco Mundial em programas de nutrição no Brasil (1974-79), Indonésia (1979) e México (1982). De 1979 a 1983, integrou o Advisory Group of Nutrition do Subcomitê de Nutrição da ONU. Trabalhou ainda como consultor da Universidade das Nações Unidas em Moçambique e Angola (1981) e da Interamerican Foundation em Santiago (1982). Reintegrado à USP em 1980, foi diretor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Na Fapesp, foi diretor científico (1968-69) e diretor presidente (1984-93). Nos anos 1990, presidiu a Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Além de presidente de honra da SBPC e professor emérito da USP, era professor emérito da Faculdade de Medicina e do ICB. Era o representante titular do IEA no Conselho de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e integrava, também como titular, a Comissão de Ética na Pesquisa Envolvendo Seres Humanos do ICB. Agraciado com a Ordem do Rio Branco, assessorou e coordenou atividades e programas de análise sobre política científica e tecnológica do governo federal e do governo do estado de São Paulo. No IEA, Carvalho da Silva coordenou a Área de Política Científica e Tecnológica do instituto até 2001, além de participar de várias outras atividades, como a comissão que produziu o documento "A Presença da Universidade Pública" (1998) e a comissão que elaborou o Código de Ética da USP (2000/01). Contribuiu várias vezes com a revista ESTUDOS AVANÇADOS e organizou muitos encontros e seminários sobre política científica e tecnológica, segurança alimentar, política industrial brasileira e relações universidade-empresa. (Referência: Estud. av. vol.16 no.45 São Paulo Maio/Agosto, 2002). |
Alberto Luiz da Rocha Barros (1930-1999)
Indicado em 30.09.2013, professor do Instituto de Física. Físico teórico, professor do Instituto de Física da USP e antigo assistente do professor Mário Schenberg. Foi um dos mais conhecidos e respeitados professores da USP por suas idéias e pela sua intensa militância política. Ao longo de suas atividades docentes, Rocha Barros sempre privilegiou o ensino da Física, marcando uma posição coerente, que o acompanhou toda a vida. Acreditava que a universidade deveria evidenciar, mais do que a pesquisa e a extensão, o debate acadêmico e o ensino, difundindo o aprendizado em todos os seus níveis. Talvez, por esta razão, não tenha se preocupado em ascender na carreira acadêmica, permanecendo Auxiliar de Ensino até o fim de sua vida. Na graduação era extremamente respeitado pelos seus alunos, que afluíam para as suas aulas. Antigo militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro), soube como poucos aglutinar em torno de sua pessoa amigos das mais variadas tendências em que se divide a esquerda brasileira e, também, do centro democrático. Aberto ao diálogo, promovia com freqüência a aproximação dessas forças sempre visando a defesa da universidade pública, autônoma, voltada para a excelência do ensino e da pesquisa. Em 1976, juntamente com dezenas de professores identificados com os princípios democráticos, começou a batalhar arduamente pelo retorno dos exilados e pela anistia política dos professores atingidos pelos atos de exceção. Contribuiu nesta época para a transformação da então Associação dos Auxiliares de Ensino da USP na atual Adusp, integrando a sua primeira diretoria provisória. Conhecido pelo seu bom humor, Rocha Barros era pródigo de idéias, contribuindo com freqüência nas atividades da Adusp e com várias sugestões para as atividades do Instituto de Estudos Avançados da USP, onde fez parte do seu grupo fundador na década de oitenta. Trabalhou em projeto de intercâmbio com centros de ensino superior de Cuba, para onde pretendia levar a sua colaboração como professor de Física, tão logo viesse a ser aposentado compulsoriamente, ao completar 70 anos. Faleceu em janeiro de 1999 vítima de enfarto aos 69 anos. Texto extraído da Revista da Adusp de junho de 1999. Leia mais em: http://www.iea.usp.br/pessoas/expositores/RochaBarros.pdf |
Alfredo Bosi Indicado em 22.11.2006, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Possui graduação em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo (1958) e doutorado em Literatura Italiana pela Universidade de São Paulo (1964). Livre-docente de Literatura Italiana (1970). Atualmente é Professor Titular Aposentado e Professor Emérito de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira. Membro da Academia Brasileira de Letras e da Comissão de Lexicografia e da Comissão de Publicações da Academia Brasileira de Letras. Coordenador do Conselho da Cátedra Lévi-Strauss mantida pelo Convênio entre o Instituto de Estudos Avançados e o Collège de France. (Referência Currículo Lattes) Foi vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de1987 a 1997, ano em que passou, a partir do mês de dezembro, a ocupar o cargo de diretor. Entre outras atividades no IEA, coordenou o Programa Educação para a Cidadania (1991-96), integrou a comissão coordenadora da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação Memorial da América Latina), coordenou a Comissão de Defesa da Universidade Pública (1998) e presidiu a Comissão de Ética da USP (2000-04). Bosi é também editor da revista Estudos Avançados desde 1989. |
Antonio Candido de Mello e Souza (1918-2017) Indicado em 13.08.1997, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Escritor, crítico literário, sociólogo e professor. Em 1939, ingressa no curso de direito da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e de ciências sociais e filosofia da USP. Dois anos mais tarde, estreia como crítico literário na revista Clima, fundada em 1941 por ele, o crítico de teatro Décio de Almeida Prado, o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes, a ensaísta Gilda de Mello e Souza, entre outros. Abandona o direito no quinto ano, e conclui bacharelado e licenciatura em filosofia, em 1942. Nesse ano, torna-se docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH/USP como assistente de sociologia do professor Fernando de Azevedo (1894 - 1974). É aprovado em concurso de literatura brasileira com o título de livre-docente em 1945, e obtém a titulação de doutor em ciências sociais, em 1954, com a tese Os Parceiros do Rio Bonito, publicada em 1964. Lançada em 1959, sua obra mais influente e polêmica é a Formação da Literatura Brasileira, na qual estuda os momentos decisivos da formação do sistema literário brasileiro. De volta à USP, em 1961, assume como professor colaborador a disciplina de teoria literária e literatura comparada. Entre 1964 e 1966, dá aulas de literatura brasileira na Universidade de Paris e, em 1968, atua como professor visitante de literatura brasileira e comparada na Universidade de Yale, Estados Unidos. Aposenta-se pela USP, em 1978, mas permanece ligado à pós-graduação e à orientação de trabalhos acadêmicos. Com outros intelectuais, como Sérgio Buarque de Holanda (1902 - 1982), participa da fundação do Partido dos Trabalhadores - PT, em 1980. Recebe, em 1998, o Prêmio Camões, dos governos do Brasil e de Portugal, em Lisboa; e em 2005, o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, no México. (Referência: Enciclopédia Itaú Cultural Literatura Brasileira). No IEA contribuiu com a revista Estudos Avançados. Proferiu conferências e participou de debates. |
Aziz Nacib Ab'Sáber (1924-2012) Indicado em 21.06.1994, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Aziz Nacib Ab’Saber, foi professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de1993 a1995, Ab’Saber foi um dos mais importantes estudiosos da Geomorfologia brasileira. Atuou também como pesquisador das áreas de Ecologia, Biologia Evolutiva, Fitogeografia, Geologia, Arqueologia e Geografia. Formou-se em Geografia e História pela USP em 1944, onde tornou-se Doutor em Geografia (1956), livre-docente (1968) e professor titular de Geografia Física (1968). Ao longo da carreira, Ab’Saber recebeu diversos prêmios como o Prêmio Jabuti em Ciências Humanas (1997 e 2005), e em Ciências Exatas (2007); o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia (1999), concedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia; a Medalha de Grão-Cruz em Ciências da Terra pela Academia Brasileira de Ciências; o Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente (2001); e o Prêmio Juca Pato, de Intelectual do Ano (2011). Nascido em em 24 de outubro de 1924, em São Luiz do Paraitinga (interior de São Paulo), era pai de duas filhas e avô de seis netos. (Referência: Agência USP de Notícias). Na década de 90 coordenou o Projeto Floram no IEA. Contribuiu com a revista Estudos Avançados e participou de diversas conferências e palestras desde a fundação do Instituto em 1986. Maiores detalhes do projeto Floram: |
Carlos Guilherme Santos Serôa da Mota Indicado em 21.06.1994, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Possui Graduação em História pela Universidade de São Paulo (1963), Mestrado em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de São Paulo (1967) e Doutorado em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de São Paulo (1970). Atualmente é professor titular na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Universidade de São Paulo. É professor emérito da FFLCH/USP. Foi consultor e professor visitante no Centro de Estudos Brasileños da Universidad de Salamanca, professor visitante das Universidades de Londres, Texas e da Escola de Altos Estudos (Paris). É Presidente do Comitê Científico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ex-Professor titular do IFCH da UNICAMP, um dos fundadores do Memorial da América Latina, ex-Diretor do Arquivo do Estado de São Paulo, consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, assessoria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, membro do conselho editorial da Revista Minius (Universidade de Vigo) e da Revista Estudos Avançados (USP), Revista Eletrônica Intellectus e da Revista Eletrônica Aedificandi. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Cultura e das Ideologias, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura, urbanismo, Direito e mentalidades. (Referência: Currículo Lattes) Foi o primeiro diretor e fundador do IEA. Contribuiu com a revista Estudos Avançados e com a instalação de diversos grupos de pesquisa. Proferiu conferências e participou de diversos debates. |
Crodowaldo Pavan (1919-2009) Indicado em 13.08.1997, professor do Instituto de Biociências. Professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp), Crodowaldo Pavan, formou-se em história natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL-USP) em 1941 e, quatro anos depois, concluiu doutoramento no Departamento de Biologia Geral, sob orientação de André Dreyfuss, pioneiro nos estudos de genética e evolução no Brasil. Nos dois anos seguintes, como bolsista da Fundação Rockefeller, fez pós-doutorado na Universidade Columbia, em Nova York (EUA). Membro da delegação brasileira no comitê científico para estudos dos efeitos das radiações atômicas, junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Genética, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e foi coordenador geral do Programa de Integração Genética do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Crodowaldo Pavan recebeu, durante sua carreira, o Prêmio Nacional de Genética, em 1963; o Prêmio Moinho Santista de Biologia, da Fundação Moinho Santista, em 1980; e o Prêmio Alfred Jurzykowski, da Academia Nacional de Medicina, em 1986. (referência Currículo Lattes). No IEA contribuiu com a revista Estudos Avançados. Proferiu conferências e participou de debates). |
Eduardo Moacyr Krieger Indicado em 30.10.2007, professor da Faculdade de Medicina. No último ano do curso da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, em 1953, trabalhando no Serviço de Cardiologia do Prof. Rubens Maciel, decidira dedicar-se à carreira universitária, na área clínica. Em 1954, ingressou no programa para formação de fisiologistas, criado pela CAPES em Porto Alegre (iniciativa do Prof. Rubens Maciel) e dirigido pelos fisiologistas argentinos liderados pelo Prof. Bernardo Houssay (Prêmio Nobel, 1947). A influência do Prof. Eduardo Braun-Menendez com quem trabalhou em hipertensão experimental, em Porto Alegre e Buenos Aires, foi decisiva para a escolha da carreira científica. Completou sua formação científica em fisiologia cardiovascular com o Prof. W. Hamilton em Augusta, Geórgia, USA em 1956-1957. No retorno para o Brasil, foi trabalhar na recém-criada Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, no Departamento de Fisiologia, dirigido pelo neurofisiologista Prof. Miguel Covian, que era da Escola do Prof. Houssay. Aí desenvolveu toda a sua carreira universitária, de Professor Assistente a Titular (1974), criando um grupo de fisiologia cardiovascular responsável pela formação de novos grupos que hoje trabalham em Ribeirão Preto, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre e Recife. Colaborou com o Prof. Sérgio Ferreira na última etapa da descoberta dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, extraídos do veneno da jararaca, demonstrando sua eficácia na reversão da hipertensão experimental. Paralelamente às atividades de professor/pesquisador, preocupou-se com o desenvolvimento da Universidade e da Ciência no país. É um dos três editores que fundaram e dirigem o Brazilian Journal of Medical and Biological Research, uma das revistas científicas de melhor qualidade do país. Foi presidente da Academia Brasileira de Ciências . (Referência: Lattes CNPQ) No IEA, tem contribuído com a revista Estudos Avançados. Participou de conferências e debates. |
Gerhard Malnic Indicado em 30.09.2013, professor do Instituto de Ciências Biomédicas Concluiu o doutorado em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo em 1960. Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo. Publicou 135 artigos em periódicos especializados e 121 trabalhos em anais de eventos. Possui 13 capítulos de livros e 2 livros publicados. Possui 10 itens de produção técnica. Orientou 8 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado nas áreas de Fisiologia e Biofísica. Atua na área de Fisiologia, com ênfase em Fisiologia Renal. Em suas atividades profissionais interagiu com 96 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Bicarbonato, H-ATPase, Microperfusao, Ph Celular, Acidificacao Urinaria, pH, Potassio, Ion H, Permuta Na/H e Cultura Celular. Foi diretor do Instituto de Ciências Biomédicas, e do Inst. Estudos Avançados, da USP. Membro titular, Academia Brasileira de Ciências. Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Academia de Ciências da América Latina. Membro, Corpo Editorial: Kidney International, 1972 75; Brazilian Journal Biol.Med. Research, 1981-1991; American Journal of Physiology, Renal, membro Editorial Reviews Board, 1999-2007; Physiological Reviews, Editor Correspondente para a América Latina, 1975 80, 1999-2006. Foi vice-diretor do IEA e diretor de 2003 a 2005. |
José Goldemberg Indicado em 21.06.1994, professor do Instituto de Física. Doutor em Ciências Físicas pela Universidade de São Paulo da qual foi Reitor de 1986 a 1990. Foi Presidente da Companhia Energética de São Paulo (CESP); Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; Secretário de Ciência e Tecnologia; Secretário do Meio Ambiente da Presidência da República; Ministro da Educação do Governo Federal e Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Foi Diretor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo; professor/pesquisador: da Universidade de Paris (França): Princeton (Estados Unidos); High Energy Physics Laboratory da Universidade de Stanford, EUA; Universidade de Toronto, Canadá e ocupante da Cátedra Joaquim Nabuco da Universidade de Stanford (Estados Unidos). É Membro da Academia Brasileira de Ciências e Acadêmia de Ciências do Terceiro Mundo; Co-Presidente do Global Energy Assessment, sediado em Viena. É autor de inúmeros trabalhos técnicos e vários livros sobre Física Nuclear, Meio Ambiente e Energia em geral. Foi selecionado pela "Time Magazine" como um dos treze "Heroes of the Environment in the category of Leaders and Visionaries 2007". Recebeu o prêmio "Blue Planet Prize 2008" concedido pela Asahi Glass Foundation. (Referência: Lattes CNPq). No IEA, José Goldemberg participou em diversas conferências, projetos e contribuiu com a revista Estudos Avançados. |
Paschoal Ernesto Américo Senise (1917-2011) Indicado em 13.08.1997, professor do Instituto de Química. Obteve os títulos de doutor (1942), livre-docente (1956) e professor titular (1965) pela FFCL (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP. Na FFCL, Senise se concentrou na área de química analítica, propalando a visão de que a pesquisa deve se voltar para a elucidação de fenômenos básicos e gerar conhecimento amplo para que dele decorram, de maneira lógica e natural, as aplicações analíticas. Contribuiu nas linhas de extração com solventes, com destaque para sais de fosfônio, estudos de estabilidade de complexos, especialmente os de pseudo-haletos, desenvolvimento de spot tests e métodos quantitativos de análise. Cuidou da introdução de linhas de pesquisa em análise microquímica e química eletroanalítica depois do pós-doutorado que realizou na Universidade de Louisiana, nos Estados Unidos (1950-1952). Foi vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (1965-1981), membro (1957-1971) e vice-presidente (1960-1963) do Conselho Federal de Química e participou de várias sociedades científicas nacionais e internacionais. Foi membro do Conselho Universitário da USP (1968-1987), onde exerceu por 17 anos a Coordenação da Câmara de Pós-Graduação (equivalente à atual Pró-Reitoria), tendo sido um dos principais responsáveis pela implantação da pós-graduação na USP. Fez parte também do Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (1968-1980). Recebeu a comenda da Ordem do Rio Branco, outorgada pelo Ministério das Relações Exteriores, em 1976, e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República, em 1994. Ganhou as medalhas Jubileu de Prata da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1973) e Simão Mathias da Sociedade Brasileira de Química (1997), além dos prêmios Heinrich Rheinboldt (1969), Moinho Santista/Bunge (1981) e Anísio Teixeira (1991). Também diretor do IQ em dois períodos (1986-1990 e 1994-1998). (Referência: Agência Fapesp) No IEA, participou de diversas atividades e contribuiu para a revista estudos Avançados. |
Paulo Nogueira-Neto Indicado em 21.06.1994, professor do Instituto de Biociências. Possui graduação em História Natural pela Universidade de São Paulo (1958), graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo (1945) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo (1963). Atualmente é professor emérito da Universidade de São Paulo, presidente da Associação de Defesa do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (ADEMA-SP) e presidente da Fundação Florestal. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: abelhas sem ferrão, comportamento, populações, sobrevivência e criação de abelhas. Na carreira universitária, galgou sucessivos postos na USP, sempre por concurso, até obter título de Professor Titular de Ecologia em 1988. Foi um dos fundadores do Departamento de Ecologia Geral, no Instituto de Biocências da USP. Aposentou-se em 1992, mas continua orientando teses de doutorado. Presidente da ADEMA-SP (Associação de Defesa do Meio Ambiente - São Paulo), entidade conservacionista. Após sair da SEMA, durante dois anos foi Secretário de Meio-ambiente do Distrito Federal, organizando e dirigindo a SEMATEC. Criou e implantou a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, no DF. Fez parte da Comissão Brundtland, das Nações Unidas, de 1983 a 1986, como um dos dois representantes da América Latina. Foi nessa comissão que surgiu pela primeira vez a expressão "Desenvolvimento Sustentável". Chefiou ou participou como delegado de várias delegações oficiais brasileiras ao exterior. Atualmente, é vice-presidente da S.O.S. – Mata Atlântica; vice-presidente da W.W.F. no Brasil; Presidente da ADEMA-SP (Associação de Defesa do Meio-ambiente); Presidente da Comissão para implantação da Área de Proteção Ambiental Capivari-monos (SP); Membro do Board do World Resources Institute; Vice-presidente do International Bee Research Association; Membro do Advisory Group do PP-G7. Em abril de 1999, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, no grau de Grã Cruz, no Palácio do Planalto. Em 2001 recebeu o titulo de Professor Emérito do Instituto de Biologia da USP. Em novembro de 2008, recebeu a Medalha Rocha Lima, em São Paulo. É membro da Academia Paulista de Letras. (Referência Currículo Lattes). No IEA, contribuiu com a revista Estudos Avançados. Proferiu conferências e participou de diversos debates. |
Renato Janine Ribeiro Indicado em fevereiro de 2016 É professor titular da Universidade de São Paulo, na disciplina de Ética e Filosofia Política. Suas pesquisas estão relacionadas com os temas: Thomas Hobbes, filosofia, democracia, política, teoria política, filosofia política, republicanismo, universidade, Brasil e Inglaterra. Foi conselheiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (1993-1997) e da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC) (1997-1999), do qual também foi secretário (1999-2001). Como diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008), Janine coordenou as avaliações trienais de mais de 2.500 cursos de mestrado e doutorado no Brasil em 2004 e em 2007. Na USP, além de conselheiro do IEA (2011-2014), foi membro da Comissão de Ética (2010-2012), representante dos professores titulares no Conselho Universitário (2009-2011) e presidente da Comissão de Cooperação Internacional da USP (1991-1994). Foi Ministro de Estado da Educação, de 6 de abril a 5 de outubro de 2015. Coordena no IEA o grupo de pesquisa O Futuro nos Interpela. |
Sérgio Oliveira Mascarenhas Indicado em 30.02.2002, professor do Instituto de Física - São Carlos. Professor Titular da Universidade de São Paulo - Instituto de Física e Química de São Carlos (atualmente aposentado). Professor visitante: Universidades de Princeton, Harvard, MIT (EUA); Universidade Nacional Autonoma e Centro de Estudios Avanzados (México); Institute of Physical and Chemical Research (Japan), entre outros. Fundou e dirigiu: o Instituto de Física e Química de São Carlos USP; o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária em São Carlos (EMBRAPA); o Fórum Unicamp (Universidade de Campinas); a Fundação de Pesquisas Adib Jatene (Instituto Cardiologia Dante Pazzanese-SP). Membro do Conselho Universitário da UNICAMP. Diretor do Programa "Educação e Ensino de Ciências para a América Latina - Ford Foundation . Coordenador Geral da Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (RIPA)- Min. De Ci. E Tec. (MCT) e IEA-USP- São Carlos. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, atuando também nos seguintes temas: Biofísica Molecular; Física Médica; Física e Dosimetria das Radiações; Ciência e engenharia de materiais; Tomografia Computadorizada aplicada a pólos e agropecuária; Educação para Ciência; Ciência e arte em Arqueologia e restauro. Recebeu os seguintes premios: Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (Presidência da República); Gugemheim Award (EUA); Fullbright Award (EUA); Yamada Foundation Award (Japão); Professor Emérito do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP); Professor Emérito da Universidade Nacional (México); Cátedra Honorária M. Vallarta (México - Univ. Nac. Autonoma), entre outros. (Referência: Currículo Lattes) No IEA, foi coordenador do polo de São Carlos USP, onde fundou e dirige o Programa Internacional de Estudos e Projetos para a América Latina. |
Yvonne Primerano Mascarenhas Indicada em 30.10.2007, professora do Instituto de Física - São Carlos. Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1954), doutorado em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (1963) e pós-doutorado pela Harvard University (1973). Atualmente é aposentada em exercício da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada. Atuando principalmente nos seguintes temas: Determinação de estruturas moleculares por difração de raios X por monocristais ou por pó microcristalino e estudos estruturais de materiais em solução ou sólidos semicristalinos usando espalhamento de raios X a baixos ângulos. Recebeu várias condecorações, prêmios e homenagens: Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidência da República do Brasil - out/1998; Homenagem pela dedicação ao ensino à pesquisa - Câmara Municipal/Prefeitura de São Carlos - 1997; Medalha Simão Mathias - Sociedade Brasileira de Química - 1998 e o prêmio "Francisco Salles Vicente de Azevedo" - Associação Brasileira de Cerâmica - 1991. (Referência Currículo Lattes). No IEA, foi vice-coordenadora do Polo e desde 2010 vem também se dedicando à Difusão Científica voltada para apoio ao Ensino Fundamental e Ensino Médio, coordenando um Grupo de Trabalho do Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo de São Carlos, coordenando uma Agencia de Difusão Científica cujo principal veículo de comunicação é o Portal Ciência Web, no seguinte endereço: www.cienciaweb.com.br. |
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