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Dinâmicas culturais da atualidade são tema de pesquisa

por Mauro Bellesa - publicado 10/03/2017 11:20 - última modificação 07/06/2017 15:20

Lucia Maciel Barbosa de Oliveira, da ECA-USP, participou da primeira edição do Programa Ano Sabático no IEA de março de 2016 a fevereiro de 2017.
Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira - 8/5/2016
Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira

Especialista em ação e mediação cultural, a professora Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, dedicou sua participação no Programa Ano Sabático no IEA ao prosseguimento de pesquisa sobre dinâmicas culturais emergentes na cidade de São Paulo.

O tema do projeto é "Dinâmicas Culturais Contemporâneas: Imbricações entre Singularidades, Coletivos, Tecnologias e Instituições Culturais na Perspectiva do Comum".

O trabalho envolveu pesquisa bibliográfica e mapeamento das dinâmicas culturais emergentes, constituídas, basicamente, pela ação de coletivos culturais pela cidade, sobretudo na periferia.

A pesquisadora esteve nas áreas de atuação dos coletivos, participou de discussões com seus integrantes e acompanhou suas performances. Também visitou centros culturais tradicionais da cidade e gravou em vídeo seis horas de entrevistas com artistas, produtores culturais, gestores e pesquisadores.

O trabalho de Lúcia já apresenta alguns resultados: o artigo "On Arches and Stones, Places and Experiments: Public Libraries and Democratic Society" (Sobre Arcos e Pedras, Lugares e Experimentos: Bibliotecas Públicas e Sociedade Democrática), a ser publicado pela revista "Transinformação" no primeiro semestre de 2017; um artigo com o título provisório "Sobre Conquistas e Tesões" está em fase final de redação e será submetido à revista "Estudos Avançados", do IEA; as entrevistas deram origem a um documentário  com 23 minutos, produzido em parceria com a cineasta Priscila Lima, com financiamento do Programa Ano Sabático.

Durante o período sabático, Lúcia também tratou de temas ligados à sua pesquisa em eventos organizados pelo Itaú Cultural, Secretaria da Cultura do Município de São Paulo, Universidade de Brasília, Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e Fundação Casa Grande (Nova Olinda, CE).

Estar no IEA em período sabático tem outra vantagem, segundo ela: a possibilidade de acompanhar encontros organizados pelos programas e grupos do Instituto. No caso de Lúcia, isso significou participar de algumas reuniões do Programa USP Cidades Globais e de vários eventos, entre os quais o encontro com a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), que falou sobre sua experiência como prefeita de São Paulo de 1989 a 1992, e o seminário sobre Memória e Holocaustos no Chile.

Para Lúcia, o Programa Ano Sabático é uma oportunidade rara na universidade de espaço de interação entre pesquisadores de diferentes áreas: "Foram muito proveitosas e instigantes as inúmeras conversas com os colegas do programa. Além delas, no final de 2016, aconteceram seis encontros para a apresentação e discussão detalhada da pesquisa de cada integrante do programa".

Numa avaliação geral de seu ano sabático no IEA, Lúcia destaca que a participação no programa lhe possibilitou ampliar o diálogo de seu trabalho com setores externos à Universidade, aprofundar a discussão sobre o tema em suas atividades docentes (graduação e pós-graduação) e abrir novos caminhos de pesquisa a serem trilhados. Além disso, ressalta que a pesquisa e seus resultados serão fundamentais para a produção de sua tese de livre docência, trabalho que iniciará este ano.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP