Eventos tratam de adaptação a mudanças climáticas e cuidados com transgênicos
- O jurista alemão Eckard Rehbinder
No dia 1º de junho, o Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP realiza dois eventos abertos ao público: das 9h30 às 12h30, o seminário "Riscos, Desastres Naturais e Adaptação às Mudanças Climáticas", com vários expositores; das 14h30 às 17h30, a conferência de Eckard Rehbinder, da Universidade de Frankfurt, Alemanha, sobre "Cultivo de Organismos Geneticamente Modificados e Fronteiras do Risco". Os eventos acontecem no Auditório Nº 1 do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
DESASTRES NATURAIS
Eventos climáticos extremos resultam em muitos problemas socioambientais. Infelizmente, muitas mortes, como as ocorridas em Santa Catarina em 2008, são a expressão mais cruel desse tipo de acontecimento natural, sem deixar de ponderar os prejuízos materiais e as alterações dramáticas dos processos naturais das regiões afetadas.
No Brasil, em razão das características geográficas do país, observa-se que esses eventos estão presentes com certa regularidade e, a confirmarem-se as previsões do Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), serão cada vez mais intensos e frequentes. Quais as consequências disso à população brasileira? Que ações podem ser adotadas para evitar mortes e prejuízos nas escalas que têm sido verificadas?
Essas questões serão discutidas no seminário "Riscos, Desastres Naturais e Adaptação às Mudanças Climáticas", que terá como expositores: Maria Assunção Faus da Silva Dias, do IAG-USP, que falará sobre "Eventos Extremos e Adaptação"; Agostinho Tadashi Ogura, do IPT, cujo tema será "Desastres Naturais no Brasil: Vulnerabilidades Sociais e Econômicas e Adaptação às Mudanças Climáticas"; e Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio, da UFSCar, que tratará da "Organização Social nos Abrigos Pós-Eventos Extremos". A coordenação será de Pedro Leite da Silva Dias, do IAG-USP e diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica.
TRANSGÊNICOS
O cultivo de organismos transgênicos desperta paixões acadêmicas e políticas. Entre os defensores de sua introdução em larga escala surgem argumentos como a conservação ambiental e mesmo o aumento da produção para o combate à fome. Os que se opõem ao cultivo afirmam que esses organismos podem trazer impactos ambientais em áreas protegidas e que não acabarão com a fome, entendida como resultado de processos políticos e econômicos.
Debater essas questões é fundamental para a sociedade brasileira. Afinal, o cultivo desses organismos é permitido no país. Quais as fronteiras do risco nas escalas internacional, nacional e regional? Até que ponto essas ameaças se confirmaram ou podem ser afastadas?
Esses aspectos serão analisados na conferência "Cultivo de Organismos Geneticamente Modificados e Fronteiras do Risco", com Eckard Rehbinder, professor de direito internacional, econômico e ambiental da Universidade de Frankfurt, Alemanha. Debaterão com ele Cristiane Derani, da Unisantos e UEA, e Sueli Angelo Furlan, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. A coordenação será de Wagner Costa Ribeiro, coordenador do Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do IEA e professor do Departamento de Geografia da FFLCH-USP.
Foto: governo da Alemanha
ASSISTA AOS VÍDEOS DOS EVENTOS AQUI:
Riscos, Desastres Naturais e Adaptação às Mudanças Climáticas
Cultivo de Organismos Geneticamente Modificados e Fronteiras de Risco