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Pablo Ortellado é o novo coordenador acadêmico da Cátedra Oscar Sala

por Mauro Bellesa - publicado 04/08/2023 14:05 - última modificação 25/08/2023 10:42

O filósofo Paulo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da USP e colunista do jornal O Globo, é o novo coordenador acadêmico da Cátedra Oscar Sala.

Pablo Ortellado - 30/6/23
Pablo Ortellado em evento no IEA em junho

O filósofo Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da USP e colunista do jornal O Globo, é o novo coordenador acadêmico da Cátedra Oscar Sala.

Ortellado substituiu o professor Eugênio Bucci, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, que continua no Comitê de Governança da cátedra, agora na vaga antes ocupada pela vice-diretora do IEA, Roseli de Deus Lopes.

"Sugeri o nome do Pablo porque ele é um dos principais estudiosos da nova geração da USP a pesquisar as relações entre movimentos políticos e o comportamento das redes sociais. Seu trabalho é absolutamente inovador e muito esclarecedor. Fora isso, é uma pessoa brilhante, que trará uma renovação geracional para a nossa Cátedra", explica Bucci.

Um dos pioneiros da Oscar Sala, o jornalista Eugênio Bucci ajudou a pensar a atuação e as linhas de pesquisa da cátedra. Como coordenador desde 2020, quando foi firmado o convênio entre o IEA e o Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e que viabilizou o projeto, Bucci foi responsável pela agenda de eventos, interlocução com os conselheiros, coordenação do trabalho do catedrático e da disciplina "Economia, Cultura e Poder na Internet", iniciada em 2021.

Além de professor da ECA, Bucci é superintendente de Comunicação Social da USP, colunista do jornal "O Estado de S. Paulo" e autor dos livros "O Estado de Narciso" (2015) e "A forma bruta dos protestos" (2016), "Existe democracia sem verdade factual?" (2019), "A superindústria do imaginário" (2021) e "Incerteza, um ensaio" (Autêntica, 2023), dentre outros. Foi presidente da Radiobras de 2003 a 2007, diretor de redação e secretário editorial na Editora Abril. Como pesquisador, sua atuação é nas áreas de: ética e imprensa, comunicação pública, superindústria do imaginário, informação e cultura democrática.

O novo coordenador

Bacharel e doutor em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, com pós-doutorado no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Ortellado tem  atuação marcante na pesquisa empírica sobre a cultura digital e suas implicações políticas.

Também se destaca na análise da agenda política nacional em colunas e artigos na imprensa. Antes de passar a escrever em O Globo, foi colunista do jornal Folha de S.Paulo por quatro anos. Em 2022, em parceria com a jornalista Elisa Martins, produziu o podcast Guerras Culturais, difundido por O Globo e pelo Globoplay.

Atualmente, ele coordenada três pesquisas. Uma delas, iniciada em 2022 com alunos de graduação, tem o título Curtidas no Facebook Estão Polarizando a Sociedade? e conta com apoio da Fapesp. A partir do histórico de postagens e curtidas de um grupo de indivíduos com identidades políticas fortes - e com sua autorização -, a pesquisa busca verificar se “as curtidas recebidas por diferentes tipos de publicações podem funcionar como pistas quantitativas que orientam a escolha de qual identidade deve se impor na busca por um contexto unívoco”.

Outra pesquisa que coordena é A Esfera Pública Digital: Desarranjos e Regulação, iniciada em 2021. O trabalho envolve alunos de graduação e pós-graduação e é apoiado pela Fundação Ford. O projeto dá continuidade às investigações empíricas do Grupo de Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP sobre o processo de degradação e desarranjo da esfera pública digital, ampliando o escopo da pesquisa para a América do Sul.

Ortollado desenvolve ainda a pesquisa Privacidade e Comunicação para Mobilização, em parceria com Marcio Moretto Ribeiro. Iniciado em 2017 e com patrocínio da Fundação Ford, o projeto se dedica a estudar, por meio de questionários, a opinião de quem se mobiliza nas ruas de São Paulo e contraste com o padrão de interação e o consumo de notícias no Facebook e em outras mídias sociais no Brasil.

O filósofo é coautor dos livros “Vinte Centavos: A Luta contra o Aumento” (2013) (também com edição espanhola), “Sobrevivendo nas Redes: Guia do Cidadão” (2018) e Estamos Vencendo: Resistência Global no Brasil (2004). Coorganizou os livros “O Mercado de Livros Técnicos e Científicos no Brasil: Subsídio Público e Acesso ao Conhecimento"  (2008) (também com edições em espanhol e inglês) e “Movimentos em Marcha: Ativismo, Cultura eTecnologia (2013). É autor ou coautor de 17 capítulos de livros e de 31 artigos em periódicos científicos, além de ter orientado 14 dissertações de mestrado.