Rede IEA
Livros de 4 pesquisadores do IEA estão entre os finalistas do Prêmio Jabuti 2023
A 65ª edição do Prêmio Jabuti, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, conta com livros de quatro pesquisadores do IEA entre os dez finalistas de quatro categorias em 2023. Dois concorrem nas categorias Conto e Crônica, do Eixo Literatura; um na categoria Ciência, do Eixo Não Ficção; e um na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, do Eixo Inovação.
Considerado a mais prestigiosa distinção do mercado editorial brasileiro, o Jabuti é outorgado anualmente de forma ininterrupta desde sua criação em 1958.
No dia 21 de novembro serão divulgados os cinco finalistas de cada categoria e os escolhidos pelos jurados em primeiro lugar receberão o prêmio em cerimônia (para convidados) no dia 5 de dezembro, às 20h, no Theatro Municipal de São Paulo.
Tradução
Originalmente publicado em 2006 pela Editora Pallas, "Becos da Memória", da escritora e educadora Conceição Evaristo, titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, concorre na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior com sua tradução para o eslovaco lançada pelo Instituto Português [Portugalský Inštitút], na Eslováquia, em 2022. Lá ele recebeu o título "Caminhos da Memória" ["Uličky Pamäti"].
Baseado no cotidiano da favela Pindura Saia, onde Evaristo vivou na infância e parte da juventude, o romance "Becos da Memória" foi escrito nos anos 80, mas só foi publicado, em 2006, depois de seu livro de estreia "Ponciá Vicêncio" ser lançado em 2003.
A obra é considerada é um dos mais importantes romances memorialistas da literatura contemporânea brasileira. Evaristo traduz, a partir de seus muitos personagens, a complexidade humana e os sentimentos profundos dos que enfrentam cotidianamente o desamparo, o preconceito, a fome e a miséria, dos que a cada dia têm a vida por um fio. "Sem perder o lirismo e a delicadeza, a autora discute, como poucos, questões profundas da sociedade brasileira", afirmam os editores.
Titular da Cátedra Olavo Setubal de agosto de 2022 a dezembro de 2023, Evaristo é autora de romances, poesia, contos e ensaios. Graduou-se em letras na UFRJ e obteve os títulos de mestre em literatura brasileira pela PUC-RJ e doutora em literatura comparada pela UFF. Ela define seu trabalho como "escrevivência”, isto é, produção literária derivada de sua vida e das memórias e cotidiano dos afrodescendentes no Brasil. Sua obra é considerada uma referência na luta contra o racismo e o machismo no país.
Contos
Também vinculada à Cátedra Olavo Setubal, como pós-doutoranda, Calila das Mercês é a autora do livro "Planta Oração", publicado no ano passado pela editora Nós. A obra é finalista do Jabuti na categoria Conto.
De acordo com os editores, "Planta Oração" é um livro-poema-conto que faz a junção da oralidade com a ancestralidade. "São as aberturas dos contos, criadas a partir de um som ritmado, que nos lembram de mantras ou ladainhas e vão se apresentando em repetições, que acolhem o ouvido e nos preparam para um novo conto-oração. Cada texto forma um galho desse tronco-texto carregado de memórias-palavras da autora."
Das Mercês é doutora em literatura pela Universidade de Brasília, mestre em estudos literários pela Universidade de Feira de Santana e graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, com estudos na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança em Portugal (2009/2010) e certificação em Estudos Afro-Latino-Americanos pela Universidade Harvard. Além de "Planta oração", publicou "Notas de um Interior Circundante e outros Afetos" (2019). Na Cátedra Olavo Setubal, ela atua como supervisora do Círculo-Escrevivência e do Grupo de Estudos em Escrevivência, sob a coordenação de Evaristo.
Ciência ambientais
Com depoimentos de Drauzio Varella, Fernando Gabeira, Sonia Braga e Fabio Feldmann, "Uma História das Floresta Brasileiras", de Zé Pedro de Oliveira Costa, disputa o Jabuti na categoria Ciência. A obra é ilustrada com fotos de Sebastião Salgado, entre as quais a que ilustra a capa, traz um panorama detalhado sobre as diferentes etapas da ocupação do território brasileiro a partir da derrubada de sua vegetação original.
No livro, Zé Pedro, como é mais conhecido, alerta sobre as consequências da devastação ao mesmo tempo que aponta caminhos para um futuro ecologicamente promissor, no qual intervenções na natureza seja realizadas com respeito aos indígenas, à fauna, à flora e às comunidades tradicionais que habitam, trabalham e vivem das matas.
Ele foi o primeiro secretário do Meio Ambiente do estado de São Paulo. É professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e vice-coordenador do Grupo de Pesquisa Amazônia em Transformação do IEA. Além de ser um dos organizadores do Sistema Nacional do Meio Ambiente, Zé Pedro é um dos grandes responsáveis pela criação de parques e outras áreas protegidas de grande dimensão do país, tendo alcançado que muitas hoje integrem a lista do Patrimônio Mundial Natural da Unesco.
Crônicas
"Diário dos Abraços", de Mayara Floss, é um dos finalistas na categoria Crônica. Trata-se de um diário no qual uma estudante de medicina no extremo sul do Brasil conta histórias reais vividas durante uma década, "narrando momentos de aprendizado, curiosidade, contatos humanos e cuidado", dizem os editores.
Floss é médica de família e comunidade, escritora, produtora e ativista. Atualmente trabalha em atenção primária à saúde na Secretaria da Saúde de Florianópolis, SC, e é doutoranda em patologia na Faculdade de Medicina da USP, No IEA, participa do Grupo de Estudos Saúde Planetária: Uma Abordagem Transdisciplinar para a Sustentabilidade do Planeta Integrada à Saúde Humana. É coautora das recomendações políticas sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde dos brasileiros do Lancet Countdown 2018, 2019 e 2021.
Conceição Evaristo é eleita a Intelectual do Ano
A escritora Conceição Evaristo, titular da Cátedra Olavo Setúbal durante os anos de 2022 e 2023, recebeu o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano com a publicação “Canção para ninar menino grande”. A linguista foi a primeira mulher negra a levar a premiação.
Conceição Evaristo introduziu o conceito de “escrevivência”, uma aglutinação das palavras “escrever e vivência”. Nele, a escrita se dá a partir das experiências de quem escreve, sempre refletindo as vivências coletivas com enfoque étnico e de gênero. A autora ganhou em 2017 o prêmio Jabuti, um dos mais tradicionais prêmios literários do Brasil.
A premiação ocorre a partir de votação de todos os associados da União Brasileira de Escritores (UBE). Entre os finalistas estavam Martinho da Vila, com a publicação “Contos sensuais e algo mais”; Maria Vilani, filósofa e poeta, com a obra “Memórias de Maria e um pouquinho de mim”; Marilene Felinto, escritora e jornalista, autora de “Mulher feita e outros contos”; e Pedro Bandeira, escritor de obras infantojuvenis, que concorreu com o livro “Tutifruti”.
O Troféu Juca Pato foi criado em 1962 pelo escritor Marcos Rey. Segundo o regulamento, a láurea é entregue a quem tenha publicado um livro no ano, se destacado em qualquer área do conhecimento e contribuído para o “desenvolvimento e prestígio do País, na defesa dos valores democráticos e republicanos”. Os últimos ganhadores foram o padre Júlio Lancellotti, em 2022; a cartunista Laerte, em 2021; e o ambientalista Ailton Krenak, em 2020.
Pesquisador do IEA ganha bolsa da Unesco
Danilo Pereira Sato, pesquisador do IEA, é um dos premiados pelo Programa Homem e Biosfera (MAB, na sigla em inglês) para jovens cientistas da Unesco. Ele estudará a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde (peri)urbano da cidade de São Paulo e a Reserva da Biosfera de Wienerwald, na Áustria, como regiões modelo de desenvolvimento sustentável.
O projeto elaborado por Sato visa compreender o papel das reservas no desenvolvimento sustentável do ponto de vista regional, na formação de políticas públicas e no uso do solo. A questão central é a aplicação de desenvolvimento sustentável em áreas que parecem distantes do ideal de sustentabilidade.
Sato faz doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP), é egresso de gestão ambiental da Escola de Artes e Ciências Humanas (EACH) e integra o grupo de pesquisa “Políticas Públicas, Territorialidades e Sociedade” da Cátedra Otavio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade. Também foi pesquisador do projeto “Democracia, Artes e Saberes Plurais” na Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência.
O MAB é um programa científico intergovernamental com o objetivo de estabelecer bases científicas para o aprimoramento da relação entre pessoas e seus ambientes. Os treze jovens cientistas premiados, incluindo dois brasileiros, receberam US$ 5 mil para continuarem a condução de seus projetos.
Morre José Gregori, defensor dos direitos humanos
José Gregori, que foi Secretário Nacional dos Direitos Humanos e Ministro da Justiça, morreu ontem, dia 3 de setembro, aos 92 anos. O jurista se notabilizou pela defesa dos direitos humanos e pela luta contra a ditadura militar. No IEA, foi integrante da Cátedra Unesco de Educação para Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância, que esteve ativa de 1996 a 2014.
Guilherme Ary Plonski, diretor do IEA, relembrou sua última presença no Instituto, em setembro de 2022, quando o jurista esteve no seminário “Construção e Desmonte das Políticas de Combate à Tortura”. Plonski manifestou pesar e desejou “que a sua memória ilumine os nossos caminhos”.
Além deste, Gregori também participou, em 2015, de painel do seminário “Saídas para a Crise”, na mesa Direito, Justiça e Cidadania ao lado do jurista Modesto Carvalhosa e de Márcio Fernando Elias Rosa, então procurador-geral do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Em 2021, palestrou no “Ciclo de Memórias da Política Institucional Brasileira de Direitos Humanos”, proposto e organizado pelo Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia e Memória. O evento reuniu todos ex-ministros e ex-secretários da Secretaria de Direitos Humanos — nas suas diferentes formações institucionais — de 1997 a 2016.
O jurista também foi um dos entrevistados no documentário “Cartografia de Direitos Humanos”, realizado pela Cátedra Unesco. O projeto ouviu diversas personalidades a respeito de lugares que sediaram lutas pelos direitos humanos na Grande São Paulo.
Virgilio Almeida, da Cátedra Oscar Sala, vence o Prêmio FCW de Ciência 2023
O titular da Cátedra Oscar Sala, Virgilio Almeida, irá receber o Prêmio FCW de Ciência em 2023 pela pesquisa de excelência que realiza na área da Ciência da Computação. A premiação é concedida pela Fundação Conrado Wessel e será entregue em cerimônia em outubro.
Professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos principais especialistas do país em inteligência artificial, Almeida é professor no Departamento de Ciência da Computação da UFMG e professor associado ao Berkman Klein Center da Harvard University. Pesquisador 1A do CNPq, é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Academia Mundial de Ciências. Foi secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Seus interesses atuais em pesquisa são especialmente o impacto social dos algoritmos e governança e políticas públicas para tecnologias digitais.
"Sinto-me profundamente honrado por ter sido escolhido para o Prêmio FCW, que marca a primeira vez que é atribuído à Ciência da Computação. O Prêmio representa uma valorização da pesquisa nessa área dinâmica e que conta com uma comunidade de pesquisadores brilhantes. Espero que a concessão do Prêmio ajude a atrair talentos para um campo de extrema importância para o futuro do Brasil", disse Almeida.
A escolha de Almeida aconteceu nesta segunda-feira (21/08) pela Comissão Julgadora, presidida por Helena Nader (professora emérita da Escola Paulista de Medicina e presidente da ABC) e composta por: Avelino Zorzo (coordenador de Programas Profissionais da área de Computação da Capes/MEC), Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho (diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep), Demi Getschko (diretor presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br), Fabio Cozman (diretor do Center for Artificial Intelligence – C4AI), Jacques Wainer (professor do Instituto de Computação da Unicamp), Marcio de Castro Silva Filho (diretor científico da FAPESP), Ricardo Galvão (presidente do CNPq) e o Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha.
Com informações da Fundação Conrado Wessel
Encontro inaugura Casa da Escrevivência Conceição Evaristo
Será inaugurada nesta quinta-feira, 20, às 17h, a sede provisória da Casa da Escrevivência Conceição Evaristo, no Beco João Inácio, 4, Saúde (Largo da Prainha), na cidade do Rio de Janeiro. A instituição foi criada pela própria escritora e educadora Conceição Evaristo, titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, que autografará seus livros no evento.
As atividades de inauguração do espaço começaram ontem, 18, com a live Histórias Que Meus Livros não Contam, na qual Conceição apresentou a Casa da Escrevivência em conversa com a jornalista Flávia Oliveira.
Hoje, 19, às 18h30, na Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente, 134, Botafogo, Rio de Janeiro), acontece o encontro As Escrevivências Que Nos Aproximam, com a participação de Conceição, Jurema Werneck e Erica Malunguinho e mediação de Fernanda Felisberto. Em seguida, haverá sessão de autógrafos com dez escritoras negras e pocket show da cantora e compositora Marina Íris.
A instalação da Casa da Escrevivência era um sonho antigo de Conceição, que desejava colocar sua biblioteca e documentos à disposição de professores de escolas públicas, pesquisadores e artistas para estudos e trabalhos voltados a questões da coletividade.
O nome do espaço cultural refere-se ao conceito criado pela escritora para referir-se à produção literária baseada nas experiências de vida de seus autores, em especial das escritoras negras brasileiras.
Sérgio Adorno é diplomado na Academia Brasileira de Ciências
A diretoria da Academia Brasileira de Ciências (ABC) entrega hoje, no dia 10 de maio, o diploma de membro titular ao professor Sérgio Adorno, editor da Revista Estudos Avançados e membro do Conselho Deliberativo (CD) do IEA. A entrega, que é a última etapa do processo eleitoral, acontece durante a Reunião Magna da Academia, no Museu do Amanhã.
Ex-diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Sérgio Adorno tem larga experiência na área de sociologia, com ênfase em sociologia política, atuando principalmente nos seguintes temas: violência, direitos humanos, criminalidade urbana, controle social e conflitos sociais. Formado em ciências sociais pela USP, fez doutorado em sociologia pela mesma universidade e pós-doutorado pelo Centre de Recherches Sociologiques sur le Droit et les Institutions Pénales (CESDIP), na França. No CD do IEA, ocupa a cadeira de membro vinculado ou não à USP, escolhido pelos membros do conselho, e com mandato até junho de 2023.
A Academia Brasileira de Ciências é uma entidade fundada em 1916 que tem como objetivo contribuir para o estudo de temas importantes para a sociedade e visa dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas. Além disso, a ABC tem foco na interação entre os cientistas brasileiros e de outras nações.
O processo eleitoral para integrar a Academia começa com o período de indicações pelos atuais membros, não sendo possível se auto indicar. Em seguida, os candidatos são avaliados e, em assembleia, os titulares elegem os novos ingressantes. Membros titulares ocupam o cargo de maneira permanente.
Membros do IEA são nomeados para o novo Conselhão
O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como “Conselhão” e recriado recentemente pelo governo federal, tem entre seus novos conselheiros a vice-diretora do IEA Roseli de Deus Lopes, professora da Escola Politécnica; e Glauco Arbix, membro do Núcleo de Apoio à Pesquisa Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do IEA.
Reunido nesta quinta-feira, 4 de maio, pela primeira vez este ano, o “Conselhão” tem a competência de assessorar o presidente da República na formulação de políticas e diretrizes visando o desenvolvimento econômico social sustentável. O conselho também pode criar grupos de trabalhos e comissões temáticas destinados ao estudo e à elaboração de propostas sobre temas específicos. Os conselheiros são indicados pelo presidente por terem ilibada conduta e reconhecida liderança e representatividade.
|
|
---|---|
Roseli de Deus Lopes | Glauco Arbix |
Roseli é engenheira eletrônica e, desde 2014, coordenadora dos Programas Institucionais CNPq, PIBIC-EM, PIBIC e PIBITI da USP. É vice-coordenadora do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas, coordenadora geral e responsável pela concepção e viabilização da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Integrou a diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e é conselheira do InovaUSP, Centro de Inovação da USP.
Professor titular da USP, Glauco é coordenador de impacto no Center for Artificial Intelligence (C4AI), coordenador da área de Humanidades do Centro de Inteligência Artificial-USP-Fapesp-IBM e tinker professor da University of Wisconsin-Madison. Presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Os acadêmicos ligados ao IEA fazem parte do grupo de 246 conselheiros, também formado por outros integrantes vinculados à USP: Floriano Marques Neto e Maria Paula Dallari Bucci, da Faculdade de Direito (FD); Carlos Luque, da Faculdade de Economia e Administração (FEA); Lilia Moritz Schwarcz, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH); Ludhmila Hajjar e Roberto Kalil Filho, da Faculdade de Medicina; e Neca Setubal e Pedro Wongtschowski, que fazem parte do Conselho Consultivo da USP. Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências e ex-titular da Cátedra Olavo Setubal, também integra o Conselhão.
Sônia Barros é nomeada diretora do Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, nomeou nesta sexta-feira, 3 de março, a professora sênior do IEA Sônia Barros diretora do Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do ministério.
Professora titular aposentada do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem (EE) da USP, Sônia é especialista na área da enfermagem dedicada à saúde mental, com atuação em pesquisas sobre políticas de saúde mental, exclusão social de pessoas com doenças mentais, processo ensino-aprendizagem e enfermagem em saúde mental.
RelacionadoNotícia Evento |
Graduada em enfermagem de saúde pública pela Universidade Federal da Bahia, Sônia é mestre em enfermagem psiquiátrica e doutora em enfermagem pela EE-USP. No IEA, ela coordena o Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Políticas Públicas de Saúde Mental, criado em dezembro de 2021.
Pesquisadora do grupo é consultora da OMS |
---|
A filósofa Cláudia Braga, membro do mesmo grupo de pesquisa, assumiu em fevereiro o cargo de consultora nacional de Saúde Mental da unidade de Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Determinantes Sociais da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde. Como consultora, irá atuar em temas relacionados a saúde mental, álcool, drogas, violências e deficiências, planejando e desenvolvendo ações nessas temáticas em processo de cooperação técnica, identificando e apoiando boas práticas relacionadas ao tema e construindo redes de intercâmbio de experiências inovadoras entre estados brasileiros e países. |
É coordenadora também do Grupo de Pesquisa Enfermagem e as Políticas de Saúde Mental, cadastrado no CNPq. Um de seus trabalhos de grande destaque foi a coordenação do Censo Psicossocial dos Moradores em Hospitais Psiquiátricos do Estado de São Paulo com um recorte racial.
Esta será a segunda atuação da professora no ministério, onde dirigiu o Departamento de Assessoria Técnica da Secretaria de Assistência à Saúde de 2001 a 2003. Na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, de 2007 a 2009, Sônia foi assessora do gabinete do secretário e coordenadora-geral do Grupo Técnico de Ações Estratégicas.
Em 2022, ela recebeu o Prêmio Nise da Silveira de Boas Práticas e Inclusão em Saúde Mental, concedido pela Câmara dos Deputados.
Roseli de Deus Lopes fala sobre educação 4.0 em podcast
Em uma era acelerada e ultraconectada, os novos desafios da educação foram tratados por Roseli de Deus Lopes, vice-diretora do IEA, em podcast do Instituto Claro. O episódio abordou a educação 4.0 e as possibilidades e desafios que as novas tecnologias trazem para professores e alunos. O termo remete à quarta revolução industrial que se baseia em tecnologias digitais, sistemas inteligentes e conectividade.
Para a coordenadora da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica, uma das principais oportunidades que a educação 4.0 já traz é não ser mais necessário estar no lugar certo e na hora certa para se desenvolver em algumas áreas do conhecimento. “Hoje, muitos desses aprendizados podem estar disponíveis em qualquer lugar, desde que se tenha acesso a dispositivos e conectividade”, afirma a professora.
A tendência demográfica de aumento da expectativa de vida vem mudando também o mercado de trabalho, fazendo com que seja cada vez mais comum pessoas exercitarem funções diferentes durante sua trajetória profissional. Por isso, é também necessário que a educação 4.0 incentive a flexibilidade e adaptabilidade dos seus alunos, defende Roseli.
Contudo, ela também considera que o esforço para conectar cada vez mais pessoas tem que ser acompanhado de trabalhos de aprendizagem e de estratégias que façam com que “os professores percebam que o mundo que a gente tem hoje é diferente”. Roseli acredita que a educação precisa se adaptar aos novos tempos hiperconectados e acelerados.
"Muito mais do que decorar algumas coisas, eu preciso aprender como é o processo de criar, para que essas crianças, esses professores aprendam a fazer principalmente boas perguntas”, defende Roseli.