Você está aqui: Página Inicial / NOTÍCIAS / Redução de custos e fixação de profissionais são benefícios da telemedicina

Redução de custos e fixação de profissionais são benefícios da telemedicina

por Thais Cardoso - publicado 11/11/2020 15:30 - última modificação 11/11/2020 15:30

Série especial do USP Analisa entrevista docente da FMRP sobre importância desse recurso

Ferramenta bastante difundida nos tempos atuais em virtude da necessidade de isolamento social trazida pela pandemia de covid-19, a telemedicina também pode ser usada para agilizar o atendimento e melhorar a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Na segunda parte do especial do USP Analisa sobre esse tema, o docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques detalha esses benefícios.

Marques explica que o SUS funciona dentro de um modelo de pirâmide em relação aos níveis de atendimento. Existem a atenção primária, que está mais próxima à população e localizada em regiões menores; a atenção secundária, que abrange centros de referência em locais específicos; e o último nível, com hospitais altamente especializados em grandes centros. Por isso, quando o paciente precisa de um atendimento mais específico, pode ser necessário que ele se desloque para outra cidade.

“Nesse aspecto, o apoio de programas como o Telessaúde Brasil Redes pode minimizar o processo. Já está comprovado que uma boa parte do atendimento pode ser resolvido localmente, desde que você tenha o apoio de um profissional que está lá no hospital e que tenha a formação específica. Então o especialista apoia o médico de saúde da família e o médico de saúde da família, ao invés de mandar o paciente para o hospital, resolve a grande parte dos problemas ali mesmo. Você diminui problemas de deslocamento e diminui custos tanto para o sistema de saúde como para o próprio usuário”, diz ele.

Outro importante benefício trazido pela telemedicina, segundo ele, é a fixação de profissionais de saúde em locais mais distantes, já que muitos recusam a oferta de empregos em cidades do interior do País por receio quanto a dificuldades de trabalho e oportunidades de atualização.

“Se você tem esse processo de apoio através de telessaúde e telemedicina, olhando agora não só o cuidado, mas também a questão da educação, da formação continuada, você aumenta essa chance. Se o profissional estiver em uma cidade onde a unidade básica de saúde em que ele trabalha tem acesso, por exemplo, a um núcleo da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), mesmo remotamente ele vai ter acesso a profissionais qualificados e material também para continuar seu estudo e fazer sua atualização. Isso, de certo modo, melhora a atração de profissionais qualificados para regiões mais remotas”, afirma o docente.

A segunda parte da entrevista vai ao ar nesta quarta (11), a partir das 18h05, com reapresentação no domingo (15), às 11h30. O programa também pode ser ouvido pelas plataformas de streaming iTunes e Spotify.

O USP Analisa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o programa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.