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Suzana Pasternak é a nova professora sênior do IEA

por Nelson Niero Neto - publicado 25/06/2019 15:20 - última modificação 25/06/2019 15:19

Urbanista pesquisará a dinâmica urbana da macrometrópole paulista
Suzana PasternakA urbanista Suzana Pasternak é a nova professora sênior do IEA. Sua pesquisa tratará da dinâmica urbana da macrometrópole paulista, considerando suas regiões metropolitanas e aglomerações, nos anos 2010. Um dos objetivos do projeto é identificar os mecanismos produtores de avanços ou bloqueios nas condições de bem-estar urbano, de sustentabilidade ambiental e de vulnerabilidade social nas áreas envolvidas.

Participante da Rede Observatório das Metrópoles, grupo de pesquisa do Programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), a urbanista foi uma das pesquisadoras do projeto da rede que estudou as desigualdades sócio-espaciais na região metropolitana de São Paulo no período entre 1991 e 2010. Sua proposta no IEA, portanto, é uma continuação deste trabalho, mas desta vez abrangendo uma área muito maior, a macrometrópole paulista.

Esta enorme região urbana, sem modelo similar em outros estados brasileiros, é composta pelos municípios das regiões metropolitanas da cidade de São Paulo, da Baixada Santista, de Campinas, de Sorocaba, e do Vale do Paraíba e Litoral Norte; além, também, das aglomerações urbanas de Jundiaí e Piracicaba, e da microrregião de Bragança Paulista.

O conjunto reúne em seu território 174 cidades e cerca de 30,5 milhões de habitantes, segundo o Censo IBGE de 2010, ou 73,3% da população paulista. Economicamente, a macrometrópole concentra 83,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado e 27,6% do PIB brasileiro.

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Em seu projeto de pesquisa, Suzana explica que, apesar de a macrometrópole estar interligada por rodovias importantes e com alta concentração de atividades estratégicas, financeiras e de comunicação, alguns de seus municípios apresentam pouca atratividade, condições precárias de moradia, serviços públicos deficientes e problemas de preservação ambiental. Por isso, o trabalho vai considerar os principais entraves à implementação de políticas públicas voltadas ao bem-estar e à sustentabilidade na macrometrópole para caracterizar os regimes urbanos, a provisão de moradia e a estruturação sócio-espacial.

Segundo Suzana, o objetivo é apontar, a partir das análises, a importância das metrópoles e dos aglomerados macro metropolitanos como elementos centrais para pensar o presente e o futuro da urbanização brasileira.

Professora aposentada da FAU/USP, Suzana especializou-se em urbanismo na Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), na França, logo após concluir a graduação em arquitetura e urbanismo no Mackenzie. Com experiência na área de planejamento urbano e regional, os principais temas de suas pesquisas são favelas, habitações populares e desigualdades sócio-espaciais. A urbanista também tem mestrado e doutorado em saúde pública pela USP.

Foto: Maria Leonor de Calasans / IEA-USP