Boletim IEA — 146
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CIÊNCIA POLÍTICA A desconfiança das instituições públicas |
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"Democracia e Confiança — Por Que os Cidadãos Desconfiam das Instituições Públicas?" é o tema da conferência que o cientista político José Álvaro Moisés faz no dia 25 de maio (terça-feira), às 17h, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. O evento terá outros três cientistas políticos como debatedores: Francisco Weffort, do Instituto de Estudos Políticos e Sociais (Ieps), Lourdes Sola, do Departamento de Ciência Política da FFLCH, e Rachel Meneguello, do Departamento de Ciência Política da Unicamp. A conferência terá por base o livro de mesmo nome (com lançamento em breve pela Edusp) organizado por Moisés, que é professor do Departamento de Ciência Política da FFLCH e diretor científico do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da USP. O livro trata do fenômeno da desconfiança por parte dos cidadãos em relação às instituições democráticas e das consequências disso para a qualidade da democracia. Para Moisés, a confiança tem a ver com a crença das pessoas a respeito da ação futura dos outros: "É algo relativo à aposta de que através da sua ação ou inação os outros contribuirão para o meu bem estar ou se eximirão de me impor prejuízos". Na esfera política, a suposição é que a confiança "preencha o vazio derivado das dificuldades das pessoas para mobilizar os recursos cognitivos necessários para avaliar e julgar a qualidade das complexas decisões políticas que afetam as suas vidas".
Outra suposição, segundo Moisés, é que a confiança em instituições traduza a expectativa pública quanto à probabilidade de que o sistema político produza os resultados esperados e preferidos pelos cidadãos, mesmo quando não esteja sob pressão. A desconfiança em instituições, ao contrário, criaria o ambiente favorável para que os cidadãos "se sentissem descomprometidos da vida publica, podendo se recusar cooperar com as diretrizes do Estado ou ignorar as leis e as normas que regulam e organizam a vida social e política". Ele considera que, nesse quadro de desconfiança, a autoridade e a efetividade de governos e de partidos políticos podem ficar comprometidas, e a legitimidade ou a crença na vida democrática, como a que assegura direitos de cidadania, podem ser postas em questão. Na opinião do cientista político, ainda que algum grau de desconfiança dos cidadãos sinalize "um distanciamento crítico saudável", a desconfiança generalizada, crescente e duradoura de instituições públicas, "mesmo não comprometendo a democracia no curto prazo, implica na percepção negativa dos cidadãos quanto à capacidade das instituições de operar como meios de realização de interesses ou preferências". Por isso, complementa, a desconfiança leva parcelas do público a "um preocupante menosprezo pelas instituições de representação, com a admissão de que a democracia pode funcionar sem partidos ou sem parlamentos". A conferência é aberta a todos os interessados e não requer inscrição. O evento acontece na Sala 8 do Departamento de Ciência Política da FFLCH, Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, Cidade Universitária, São Paulo. Mais informações podem ser obtidas com Sandra Sedini, sedini@usp.br, ou pelo tel. (11) 8489-8730.
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REVISTA |
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No dia 12 de maio, foi lançado o nº 68 da revista "Estudos Avançados", que traz o dossiê "Teorias Socioambientais". Alfredo Bosi, editor da revista, destaca que a edição retoma e aprofunda problemas relativos a situações críticas verificadas em território brasileiro, "mas o que diferencia o presente dossiê dos seus similares é a ênfase no tratamento teórico das questões socioambientais". A concepção e a montagem do dossiê contaram com colaboração de Wagner Costa Ribeiro, coordenador do Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do IEA e professor do Departamento de Geografia da FFLC-USP. Parte do conjunto de textos é dedicada à gestão e aos estudos ambientais. Eleonora Trajano, do Instituto de Biociências (IB) da USP, participou da definição dessa parte. (Veja o sumário da edição abaixo.) A edição é dedicada o geógrafo Aziz Ab'Sáber, professor emérito da FFLCH-USP e professor honorário do IEA, "inspirador constante da diretriz ambientalista do Instituto", de acordo com Bosi. A edição digital da revista já está disponível na Scientific Electronic Library Online (SciELO). O exemplar da edição custa R$ 30,00 e a assinatura anual (três edições), R$ 80,00. Para informações sobre como adquirir exemplares ou assinar a revista, consulte o site seção Revista ou envie mensagem para estudosavancados@usp.br. Dossiê Teorias Socioambientais
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AGENDA |
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IMPORTANTE MAIO • Dia 20, 16h30 • Dia 22, 8h45 • Dia 25, 11h • Dia 25, 17h DEMOCRACIA E CONFIANÇA — POR QUE OS CIDADÃOS DESCONFIAM DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS? • Dia 27, 16h30 • Dia 28, 9h • Dia 29, 8h45 JUNHO • Dia 2, 9h • Dia 9, 10h • Dia 10, 13h30 AGOSTO • Dia 4, 10h SETEMBRO • Dia 1º, 10h • Dia 22, 14h30 OUTUBRO • Dias 25 a 27
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NOTA |
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O forrageamento das formigas cortadeiras em trilhas congestionadas O biólogo Vicent Fourcassié, do Centro de Pesquisas sobre a Cognição Animal da Universidade Paul Sabatier, de Toulouse, França, fez conferência no dia 17 de maio sobre "Forragear em Meio à Multidão na Formiga Cortadeira Atta colombica", no Instituto de Biociências (IB) da USP. Fourcassié apresentou resultados de vários experimentos indicativos de que os fenômenos de congestionamento nas trilhas usadas pelas formigas cortadeiras, ao contrário do que se poderia esperar, podem gerar um aumento na eficiência global do forrageamento (coleta e transporte de alimentos). Segundo ele, o estudo detalhado das interações entre formigas mostra que esse aumento pode ser explicado por um fenômeno de facilitação social: as formigas saindo do ninho sendo estimuladas a cortar pedaços de folhas por meio do contato com as formigas carregadas que a ele retornam. Além disso, explicou que os contatos parecem ser favorecidos pela organização temporal do tráfego entre os fluxos opostos das operárias.
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EXPEDIENTE
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Polo de Ribeirão Preto Polo de São Carlos |
Divisão de Comunicação: Mauro Bellesa (editor, MTb-SP 12.739)
Rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, 05508-050, São Paulo, SP
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