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Museus Participativos: Diálogos com o Muquifu - Museu dos Quilombos e das Favelas Urbanos em Belo Horizonte

por Cláudia Regina - publicado 18/11/2022 10:40 - última modificação 21/06/2023 10:53

Detalhes do evento

Quando

de 15/05/2023 - 15:00
a 15/05/2023 - 17:00

Onde

ON-LINE

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Telefone do Contato

11 3091-1686

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Reflexão sobre os “Territórios Soterrados” em Belo Horizonte, patrimônios afro-brasileiros, acervos “populares” e cultura material a partir do Muquifu e do Projeto NegriCidade. Com a chegada da Comissão Construtora (1894) a população negra do Arraial do Curral Del Rey foi banida pela ação higienista do Estado para as periferias e favelas da nova capital. Meio século depois seus descendentes foram novamente segregados pela ação da Igreja Católica, que proibiu que seus festejos fossem realizados nos templos de Belo Horizonte. Imediatamente após a inauguração da nova capital de Minas Gerais, os antigos habitantes do arraial dos pretos, foram expulsos para fora dos limites da cidade planejada para ser ocupada por pessoas brancas. O Projeto NegriCidade lança mão dos saberes quilombolas, dos saberes acumulados pelo MUQUIFU e, também, das pesquisas historiográficas e arqueológicas para finalmente escrever as histórias que ainda não são contadas.

O Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos - MUQUIFU é um museu de território e comunitário. Atua desde 2012 no Aglomerado Santa Lúcia, localizado na capital mineira, e expõe objetos doados e emprestados pelas pessoas moradoras. O discurso museal se desenvolveu para além do acervo (a memória arquival), mas também pela performance (a memória incorporada) desses sujeitos no Muquifu. A proposta é apresentar os métodos participativos que o Muquifu usa para pesquisar, documentar, apresentar e atualizar as diferentes representações sociais que abordam temas de religiosidade, raça, gênero, classe social, artes e ofícios, objetos biográficos e entre outros.

Inscrições

Evento público e gratuito | sem inscrição prévia

Não haverá certificação

Organização

Grupo de Pesquisa Tempo, Memória e Pertencimento

Projeto Jovem Pesquisador 2 (FAPESP/FAUUSP) Barroco-Açu (Nova Disciplina Optativa FAUUSP / AUH-345. Artes Africanas em Contexto Global: Artistas, Objetos, Coleções / 2º semestre de 2023)

Programação

15hs

Abertura e Mediação:

Renata Maria de Almeida Martins (IEA e FAU/USP/FAPESP JP2 Barroco-Açu) e Luciano Migliaccio (IEA e FAU/USP/FAPESP JP2 Barroco-Açu)

15h10

Territórios Soterrados. Do Muquifu ao NegriCidade: Reflexões sobre o Arraial dos Pretos e a Cidade dos Brancos - Mauro Luiz da Silva (Muquifu e NegriCidade)

Reflexão sobre os “Territórios Soterrados” em Belo Horizonte, patrimônios afro-brasileiros, acervos “populares” e cultura material a partir do Muquifu e do Projeto NegriCidade. Com a chegada da Comissão Construtora (1894) a população negra do Arraial do Curral Del Rey foi banida pela ação higienista do Estado para as periferias e favelas da nova capital. Meio século depois seus descendentes foram novamente segregados pela ação da Igreja Católica, que proibiu que seus festejos fossem realizados nos templos de Belo Horizonte. Imediatamente após a inauguração da nova capital de Minas Gerais, os antigos habitantes do arraial dos pretos, foram expulsos para fora dos limites da cidade planejada para ser ocupadas por pessoas brancas. O Projeto NegriCidade lança mão dos saberes quilombolas, dos saberes acumulados pelo MUQUIFU e, também, das pesquisas historiográficas e arqueológicas para finalmente escrever as histórias que ainda não são contadas.

15h50

Entre objetos museais, oralidades e escritas de si: perspectivas participativas no Muquifu - Samanta Coan (Muquifo)

O Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos é um museu de território e comunitário. Atua desde 2012 no Aglomerado Santa Lúcia, localizado na capital mineira, e expõe objetos doados e emprestados pelas pessoas moradoras. O discurso museal se desenvolveu para além do acervo (a memória arquival), mas também pela performance (a memória incorporada) desses sujeitos no Muquifu. A proposta é apresentar os métodos participativos que o Muquifu usa para pesquisar, documentar, apresentar e atualizar as diferentes representações sociais que abordam temas de religiosidade, raça, gênero, classe social, artes e ofícios, objetos biográficos e entre outros.

16h30

Debatedoras: Marcela Bertelli (IEA-USP / Lira Cultura) e Angélica Brito (IEA-USP / Doutoranda FAU USP / FAPESP / JP2 Barroco-Açu)

17hs Encerramento

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo