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Participações do público

por Mauro Bellesa - publicado 27/06/2013 11:30 - última modificação 03/12/2013 11:22

Está na hora de uma Constituinte?
Tonca Falseti

 

Desde a guinada conservadora: é crescente o número de páginas nas redes sociais que apoiam a volta dos militares para “retomar a ordem”. Gostaria que essa possibilidade  - de uma nova ditadura – fosse discutida.
Gabriela, graduanda em ciências sociais

 

Parece me que é um dos ganhos, já realizados, dessa sequência de manifestos, é certa conscientização de que a gestão orçamentária da cidade é uma questão central a ser enfrentada pelas iniciativas da sociedade civil de atuação política. Se a participação nessa gestão (do orçamento) é um caminho possível para a continuação do movimento, como efetivamente realizá-la ou reivindicá-la?
André

 

Como se avalisa (sic) a grande diferença entre os movimentos em SP e outros estados, como RJ, RS e MG?
Luciana, servidora da USP

 

Seria caso de se pensar na reestruturação dos três poderes?
Usuário do Twitter

 

Mudando um pouco o foco da discussão, gostaria de saber qual a opinião de vocês a respeito das consequências econômicas das movimentações. Ou seja, a saída de capitais estrangeiros, que já vem acontecendo desde o começo do ano, vai se intensificar?
Gabriel Jardanovski, FEA-USP

 

Qual deveria ser o papel da presidente nessa situação? Isso poderá acarretar uma crise econômica do país?
David Somenk, administrador de empresas

 

Estou acompanhando os acontecimentos daqui da Alemanha, e o que mais está a incomodar-me é a ausência de posicionamento da nossa presidente Dilma Roussef.
Hoje, num dos maiores jornais alemães, o Sueddeutsche Zeitung, o artigo "O rancor continua" (Die Wut bleibt), extremamente bem escrito, coloca o seguinte: "é bastante discutível se basta somente a retórica conciliadora da Presidente frente aos protestos em curso e à violência, que já está acontecendo."
Acho que até mesmo o direcionamento dos protestos pode sim ser um resultado desta falta de posicionamento da nossa presidente.
Gostaria de saber da opinião dos presidentes sobre este fato.
Grata.
Andrea Ferrazoli-Mittelstaedt

 

1) Qual seria o impacto da anunciada saída do Movimento Passe Livre das movimentações?
2) As depredações poderiam ser entendidas em parte como a canalização da violência que costuma eclodir de outras formas – assassinatos banais, p. ex.? Qual seria o papel de uma espécie de “lumpem” nessas manifestações, ou seja, de pessoas à margem, com sentimentos de injustiça (talvez devido à exclusão), de revolta etc.
Mario Salerno, professor titular do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP

 

1)  Qual a melhor forma de se cobrar e elencar as prioridades dos direitos básicos (Constituição) necessários para o cidadão?
2)  De que forma poderíamos "Impor" - sim, impor à FIFA - a que o Governo cumprisse "o mínimo" de forma decente e cumprisse prazos? Exemplo: Hospitais, Escolas, Transportes, etc...
3) É possível existir um governo sem partidos políticos? Quais os prós e contras?
4) Muita gente está indo para as ruas sem o mínimo de informação sobre as reivindicações. Qual a possibilidade dessa ser a Revolução do "NADA"? Por quê?
Obrigado.
José Otávio de Oliveira, publicitário e músico

 

Vocês acham que as manifestações possam estar sendo manipuladas por infiltrados com o objetivo de um possível?
Izzy

 

Posso estar me adiantando, mas acho importante falar sobre as manifestações em outras cidades, notadamente as cidades sede da copa das confederações. As explicações que ouvi até agora só trataram do MPL.
E em relação a São Paulo, a chegada do movimento aos bairros periféricos sem serem chamadas pelo MPL.
Outro ponto importante me parece ser o tratamento urgente da política de segurança pública, que, ficou evidente, está inadequada em todo e qualquer sentido.
Obrigada.
Laura Ibiapina Parente

 

Parabens ao IEA por estar sempre na vanguarda das discussões sobre o país.
Um abraço,
Sonia

 

Acho que o tédio da população contribuiu muito pouco, quase que um efeito insignificante. No meu caso, apoio as manifestações pelos seguintes motivos.
A Copa do Mundo não deveria ser no Brasil. No primeiro dia que decidiram a fazer aqui, eu já disse para os amigos que a relação custo benefício seria ruim, que ficaria uma dívida para a nação e que não estávamos preparados para o evento, por uma série de motivos que fogem desse texto.
A política e a justiça acabaram há muito tempo. É tudo uma farsa onde os bandidos estão mandando, principalmente os que usam gravata e frequentam Brasília. A liberdade de expressão acabou, só que uma minoria percebe ou sabe o que está ocorrendo. Minas Gerais por exemplo é, talvez, o maior Estado Senzala do Brasil. Em Minas não respiramos mais liberdade. Eu e vários colegas de sindicato percebemos isso, uma grande mordaça em cima da população. A PEC 37 virá para legalizar essa tirania. Com o ministério público e a polícia federal impedidos de investigar e o governo podendo rastrear os dados das pessoas para saberem o que elas pensam, estaremos, talvez, em um estado muito pior do que a Coréia do Norte. Pior do que a censura oficial é a velada, sutil, essa nossa pseudo-liberdade de expressão, onde muitos são guilhotinados por outras vias. A grande sacada, a maior descoberta dos poderosos foi o dia em que descobriram que para guilhotinar não era necessário mais extirpar por meios físicos as cabeças das pessoas. A extirpação social, política, no trabalho, nos meios de comunicação, nas oportunidades iguais é a mais eficiente, gera mais lucro para os páreas desse regime pseudo-democrático, onde a escolha da sede da copa do mundo foi feita não pelo povo, mas, uma articulação entre políticos e poderosos.
Podemos escrever muito mais, centenas de páginas, mas o povo não quer copa do mundo aqui, está entediado com esse pão e circo. O povo deseja coisas que irão perpetuar a qualidade de vida, a paz e uma democracia concreta. Lugar de corrupto é na cadeia. O Brasil quer escola e sistema educacional de verdade, planejamento urbano (transporte) que transforme as cidades em lugar de morar e não esse esculacho que estão virando. "A gente não quer só comida".
Quando o Calheiros foi escolhido, na época, eu disse "estão zuando a minha cara". FORA CALHEIROS.
Obrigado.
Sendero

Nossa pauta. Não somos alienados
1) Não à Pec 37/33;
2) Fim do voto secreto no congresso nacional;
3) Mais investimentos em saúde, segurança e educação;
4) Abertura imediata de CPI para investigar as obras da copa do mundo, com participação efetivada Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal e Tribunal de Contas da União;
5) Estado Laico efetivo;
6) Cassação e prisão dos mensaleiros;
7) Tornar a corrupção um crime hediondo;
8) Fim do foro privilegiado;
9) Veto ao ato médico;
10) Reforma do sistema de transporte nacional, com ampliação da rede metro-ferroviária e melhorias efetivas nos meios de transporte público (cidades planejadas);
11) Redução salarial dos parlamentares;
12) Voto facultativo.
Sendero Brasil