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Rede IEA

por Aziz Salem - publicado 08/08/2016 14:40 - última modificação 27/06/2018 10:22

Ary Plonski participa de reunião com o ministro Marcos Pontes em Israel

por Victor Matioli - publicado 30/01/2019 11:50 - última modificação 04/02/2019 09:31

Ary Plonski - Israel
Da esquerda para a direita: Marcos Pontes, Maurício Pazini Brandão (Secretário de Tecnologias Aplicadas do MCTIC), Ary Plonski e Peretz Lavie

O vice-diretor do IEA-USP, Guilherme Ary Plonski, participou de uma reunião entre o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, Marcos Pontes, sua comitiva e membros de três universidades israelenses. O encontro aconteceu em Israel, no dia 28 de janeiro, com representantes da Tel Aviv University, do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) e do Weizmann Institute of Science. O intuito era trocar experiências e perspectivas sobre inovação, além de abrir caminho para cooperações acadêmicas entre Brasil e Israel.

No dia 13 de fevereiro, Plonski mediará uma conversa com Peretz Lavie, presidente do Technion, que vem ao IEA para falar sobre modelos de inovação e o exemplo bem-sucedido do Technion na área. Veja aqui mais informaçõe sobre o evento. Professor da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), o vice-diretor do IEA foi diretor superintendente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e dedicou boa parte da sua carreira acadêmica ao desenvolvimento de políticas de ciência, tecnologia e inovação. Plonski também é membro da Junta de Governadores do Technion.

A comitiva do ministro deve permanecer em Israel até o dia 2 de fevereiro, para cumprir compromissos com autoridades de ciência, tecnologia e inovação do país. Segundo Pontes, um dos objetivos da viagem é conhecer tecnologias de dessalinização da água do mar que poderiam ser empregadas no Nordeste do Brasil. Ele busca ainda novas referências tecnológicas para as áreas cibernética e aeroespacial.

Foto: Odjair Baena/MCTIC

Plonski é nomeado vice-coordenador do Centro de Inovação da USP

por Mauro Bellesa - publicado 22/01/2019 12:55 - última modificação 01/02/2019 11:31

Guilherme Ary Plonski - 2018
Guilherme Ary Plonski

O vice-diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski, foi nomeado pelo reitor, Vahan Agopyan, vice-coordenador "pro tempore" do Centro de Inovação da Universidade de São Paulo (InovaUSP) a partir de 1º de fevereiro.

O centro tem o objetivo de reunir e integrar laboratórios e outras iniciativas em um ambiente multidisciplinar voltado à pesquisa e inovação, privilegiando a relação com os setores produtivos externos, público e privado, e com instituições com objetivos similares, nacionais e estrangeiras.

Inicialmente, o InovaUSP congrega quatro núcleos de pesquisa multidisciplinares: Plataforma Pasteur-USP, Laboratório de Games e Soluções Digitais (Pateo), Interdisciplinary Research for Innovative Solutions Initiative (Iris) e Synthetic & Systems Biology (S²B).

Professor da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Plonski tem atuado intensamente ao longo da sua carreira em pesquisas e em instituições dedicadas a políticas de ciência, tecnologia e inovação. É coordenador científico do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica (PGT) da USP e diretor da Associação Latino-Ibero-Americana de Gestão da Tecnologia (Altec). Foi diretor superintendente do Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Plonski participa de vários colegiados superiores de instituições e entidades. É conselheiro da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação e integra a Junta de Governadores do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) e o Conselho Acadêmico do Espaço de Estudos Avançados da Universidade da Costa Rica (Ucrea).

Em entrevista ao Estadão, Carlos Guilherme Mota fala sobre as perspectivas políticas para o Brasil

por Victor Matioli - publicado 21/01/2019 15:20 - última modificação 22/01/2019 14:00

Carlos Guilherme Mota - 16/2/2016

Carlos Guilherme Mota, primeiro diretor do IEA-USP, falou sobre o horizonte político brasileiro à coluna de Sônia Racy no jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, publicada no dia 21 de janeiro, Mota reiterou a importância de instituições como o IEA para o avanço intelectual de questões sensíveis ao país, principalmente no atual “cenário de anacronismos” que o Brasil atravessa.

Questionado sobre os motivos que levaram Jair Bolsonaro à Presidência da República, o historiador culpou o esvaziamento ideológico dos partidos políticos. “Esqueceram, na classe política, que partidos têm de se basear num sistema de valores, num conjunto de ideias”, pontuou. Essa é, para ele, a principal justificativa para a derrocada do Partido dos Trabalhadores (PT), que “perdeu seus objetivos e aderiu aos vícios da política convencional”, abrindo espaço para o projeto de governo eleito em 2018.

Apesar do grande número de militares que compõem o primeiro escalão do atual governo, Mota não acredita que existam grandes paralelos entre o período atual e a ditadura militar (1964-1985). “Pode-se fazer alguma relação histórica”, disse. “Embora, é claro, sem os traços fortemente ditatoriais daquele período.” Os militares apresentam ainda um rigor incomum na política convencional e nos setores da esquerda, lembrou.

Ele entende, por outro lado, que há um certo anacronismo no governo Bolsonaro: “Somos agora um país que tem ideólogos, que tem guru”. Mota afirmou ainda que “soa ridículo” que um dos discípulos de Olavo de Carvalho, o guru em questão, ocupe a principal cadeira do Itamaraty. O historiador classificou o núcleo do atual comando político como “uma ordem autocrática com aparência democrática”. Sobre o futuro do Brasil, Mota foi breve: “O horizonte é de construção para longo prazo, e temos, nós brasileiros, de aprender essa lição”.

Veja a íntegra da entrevista aqui.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP

Pesquisadores do IEA conquistam importantes prêmios da comunidade científica

por Victor Matioli - publicado 12/12/2018 18:20 - última modificação 13/12/2018 15:29

Vera Lúcia Imperatriz FonsecaHernan Chaimovich

No mês de dezembro, dois acadêmicos que tiveram intensa atuação no IEA-USP receberam importantes prêmios da comunidade científica nacional e internacional. A bióloga Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca, ex-coordenadora do Grupo de Pesquisa Serviços de Ecossistemas do IEA e atualmente integrante deste grupo, foi laureada na categoria “Mérito Científico” do 29º Prêmio Jovem Cientista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Hernan Chaimovich Guralnik, bioquímico que atuou como vice-diretor do IEA entre 2006 e 2009, venceu o Prêmio de Diplomacia Científica 2018 da Parceria Regional para América Latina e Caribe da Academia Mundial de Ciências (TWAS-Lacrep).

Vera Lúcia recebeu o prêmio das mãos do presidente Michel Temer no dia 5 de dezembro, durante uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Atualmente pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável, sediado em Belém (PA), a bióloga foi condecorada pela vasta contribuição em pesquisas sobre abelhas nativas e polinização. Pelo IEA, Vera publicou os livros Guia ilustrado de abelhas polinizadoras no BrasilManejo dos polinizadores e polinização de flores do maracujazeiro, ambos de 2014, e Polinizadores do Brasil: Contribuição e Perspectivas para a Biodiversidade, Uso Sustentável, Conservação e Serviços Ambientais (ed. Edusp, 2012), somente na versão impressa.

Chaimovich, hoje coordenador adjunto de Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), também foi membro do extinto Grupo de Pesquisa Política Científica e Tecnológica do IEA. A condecoração da TWAS-Lacrep levou em consideração os esforços do professor para a melhoria da diplomacia científica brasileira. O bioquímico, que foi vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), incentivou largamente a internacionalização da USP e a expansão das relações científicas entre o Brasil e outros países das Américas.

Saldiva recebe Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Câmara Municipal de SP

por Mauro Bellesa - publicado 23/10/2018 11:15 - última modificação 05/11/2018 09:22

Paulo Saldiva - Perfil
Paulo Saldiva

O patologista Paulo Saldiva, diretor do IEA e professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), foi agraciado pela Câmara Municipal com a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo. Ele receberá as honrarias em Sessão Solene no dia 5 de dezembro, às 19h, no Auditório Prestes Maia da câmara paulistana (Viaduto Jacareí, 100, 1º andar, São Paulo).

A medalha e o diploma são conferidos a personalidades nascidas em São Paulo por serviços prestados à cidade. A proposta de decreto legislativo para a concessão das homenagens a Saldiva foi iniciativa do vereador Gilberto Natalini, do Partido Verde (PV).

Professor titular do Departamento de Patologia da FMUSP, Saldiva tem se dedicado desde os anos 80 ao estudo dos efeitos da poluição atmosférica de grandes cidades na saúde de seus habitantes. Suas pesquisas tratam de anatomia patológica, fisiopatologia pulmonar, doenças respiratórias e saúde ambiental, ecologia aplicada, cidades e saúde humana, humanidades e antropologia médica. Faz parte da Academia Nacional de Medicina e integrou o Comitê Científico da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, EUA, e o Comitê de Qualidade do Ar da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na justificativa para a homenagem, Natalini destaca a carreira de Saldiva como pesquisador, docente e gestor acadêmico, além de sua volumosa produção de artigos científicos. Afirma que o trabalho do patologista contribuiu significativamente para algumas áreas da saúde humana:  "As atividades do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental (LPAE) da FMUSP auxiliaram a consolidar o conceito de que a poluição do ar é um fator significativo de agravo à saúde humana, contribuindo para colocar a USP entre as dez institucionais que mais publicam sobre o tema".

Duas outras contribuições de Saldiva mencionadas pelo vereador são: o desenvolvimento (em parceria com o professor Walter Zin) de métodos para a avaliação da função pulmonar em pacientes críticos e a formação de "um sólido grupo de pesquisa em patologia pulmonar e em autópsia, que resultou no desenvolvimento  de um sistema único no mundo, onde métodos avançados de imagem na sala de autópsia permitem a realização de estudos acerca de doenças complexas como demência, psicoses e obesidade".

Mais informações sobre a cerimônia de entrega da medalha e do diploma a Saldiva podem ser obtidas pelo telefone (11) 3396-4525.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP

Nova coletânea de poemas de Ecléa Bosi será apresentada em lançamento-sarau

por Victor Matioli - publicado 17/10/2018 13:36 - última modificação 17/10/2018 13:36

Ecléa Bosi - Perfil

O livro póstumo A Casa & Outros Poemas, da eminente psicóloga e escritora brasileira Ecléa Bosi, será lançado no dia 24 de outubro na livraria João Alexandre Barbosa, localizada no Espaço Brasiliana da Cidade Universitária. Durante a cerimônia, organizada pelas editoras Lis e Com-Arte em parceria com a livraria, haverá um sarau com leitura de poemas do livro.

Ecléa, morta em julho de 2017, foi professora emérita e titular do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho no Instituto de Psicologia (IP) da USP e deixou uma sólida produção bibliográfica. Memória e sociedade, Cultura de massa e cultura popular, Leituras de operárias, Velhos amigos e O tempo vivo da memória são seus principais livros. Em 1994, combinando esforços com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP, criou o programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), que oferece a idosos vagas em disciplinas dos cursos de graduação da USP.

Em 2003, a psicóloga escreveu um artigo para a Revista Estudos Avançados do IEA-USP com o título Memória da cidade: lembranças paulistanas. Ecléa era casada com Alfredo Bosi, editor da revista desde 1989. Ele também foi diretor do IEA entre 1998 e 2001 e vice-diretor entre 1987 e 1997.

Foto: Marcos Santos/Jornal da USP


Lançamento do livro A Casa & Outros Poemas, de Ecléa Bosi
24 de outubro, das 18h às 20h
Evento público e gratuito
Livraria João Alexandre Barbosa, Espaço Brasiliana — Av. Prof. Luciano Gualberto, 78
Informações pelos telefones (11) 3091-4156 e (11) 3091-4157

 

Vice-diretor do IEA falará sobre os desafios de CT&I em evento

por Victor Matioli - publicado 11/10/2018 15:55 - última modificação 15/10/2018 11:32

Guilherme Ary Plonski - Perfil

No dia 17 de outubro, o vice-diretor do IEA-USP, Guilherme Ary Plonski, participará de um evento organizado pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE) que pretende debater "A contribuição da Indústria de Defesa para a economia e para a Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil". Plonski, que também é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e da Escola Politécnica (EP) — ambas da USP —, falará sobre aspectos positivos e dificuldades da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil.

O encontro contará com a presença de outros três expositores: o engenheiro Anastácio Katsanos, representante do Departamento de Defesa e Segurança da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o general de brigada Ivan Ferreira Neiva Filho, chefe do Escritório de Projetos do Exército, e o brigadeiro Paulo Roberto de Barros Chã, diretor do Departamento de Produtos de Defesa.

Para participar do evento é necessário se inscrever até o dia 15 de outubro. O Comando Militar do Sudeste está localizado na Av. Sargento Mario Kozel Filho, 222. Mais informações podem ser obtidas no site ou através do e-mail planejamento@cmse.eb.mil.br e do telefone (11) 3888-5523.

Plonski já participou no dia 21 de setembro do encontro "O Centro de Estudos Avançados (CEA) - Diálogo com a Área de Ensino e Pesquisa", promovido pela Universidade da Força Área (UNIFA). O CEA é um órgão de integração de conhecimentos, destinado à pesquisa e discussão, de forma abrangente e multidisciplinar, das questões relevantes ao poder aeroespacial.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP

Eliana Sousa Silva organiza Festival Mulheres do Mundo

por Victor Matioli - publicado 27/09/2018 15:35 - última modificação 27/09/2018 15:33

Eliana Sousa Silva - Perfil
Eliana Sousa Silva

Entre os dias 16 e 18 de novembro, a cidade do Rio de Janeiro receberá o Festival Mulheres do Mundo (WOW), um espaço para que as mulheres celebrem suas histórias de lutas e conquistas. Eliana Sousa Silva, atual titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência do IEA-USP e fundadora da ONG Redes da Maré, é uma das organizadoras do festival. Serão realizadas mais de 150 atividades gratuitas ao público — entre debates, apresentações musicais, performances e exposições — em quatro localidades: Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio (MAR), Praça Mauá e Armazém 1 (Pier Mauá).

Idealizado por Jude Kelly, importante referência feminina no mundo das artes e ex-presidente de um dos maiores centros culturais da Europa, o Southbank Centre de Londres, o Festival foi realizado pela primeira vez na capital inglesa, no centenário do Dia Internacional da Mulher em 2010. No total, o WOW já passou por mais de 20 países e deve percorrer mais 53 ainda este ano.

O festival será desenvolvido em quatro dimensões. “Mulheres em diálogo” trará rodas de conversa e trocas de experiência sobre diversos temas; “Mulheres das Artes e Culturas” contará com dezenas de apresentações culturais e artísticas; “Mulheres empreendedoras” será um espaço dedicado a inovações no chamado Mercado Delas; “Mulheres Ativistas”, por fim, apresentará campanhas e atividades de mulheres da sociedade civil.

A edição do Rio de Janeiro será a primeira na América Latina e reunirá 73 convidadas locais, 48 nacionais e 28 internacionais. A realização do Festival é conduzida em parceria pela Redes da Maré, pelo Southbank Centre e pelo British Council. A expectativa de público é de 30 mil pessoas durante os três dias de evento.

Saiba mais no site do Festival ou envie sua pergunta por e-mail.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP

Nas Páginas Amarelas da Veja, José Álvaro Moisés fala sobre a crise da democracia brasileira

por Victor Matioli - publicado 17/09/2018 17:30 - última modificação 19/09/2018 12:58

José Álvaro Moisés

José Álvaro Moisés, coordenador do grupo de pesquisa Qualidade da Democracia do IEA-USP, foi o entrevistado das Páginas Amarelas da edição de 19 de setembro da revista Veja (versão online apenas para assinantes). Moisés falou sobre a campanha presidencial em curso, o acirramento dos discursos extremistas e o aumento da polarização política no Brasil. Para ele, este conjunto de fatores coloca em xeque os mais de 30 anos de construção democrática no país.

O cientista político acredita que o atentado sofrido recentemente pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), é uma confirmação dessa radicalização política. “Demonstra que estamos chegando a um grau de intolerância em que o uso da violência começa a ser encarado como ‘natural’ na solução de conflitos políticos”, disse à Veja. Moisés lembrou também que outros casos, como o ataque à caravana do ex-presidente Lula no Paraná e o assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro, também comprovam o “clima quase generalizado de intolerância” que assola o Brasil. Bolsonaro, segundo ele, instiga ações violentas deste tipo em seus discursos quando afirma, por exemplo, ser necessário “metralhar a petralhada”. “É uma manifestação que induz o indivíduo a pensar que é aceitável usar a violência na disputa eleitoral”, explicou.

As manifestações de Bolsonaro também aprofundam, segundo Moisés, a polarização da sociedade entre “esquerda” e “direita”. “E esse tipo de conduta não deveria, em nenhuma hipótese, ser replicado por um homem público que quer liderar uma nação”, argumentou na entrevista. Ele ressaltou que uma das atribuições dos “homens públicos” é defender a solução pacífica dos conflitos políticos e sociais e garantir o clima de entendimento entre os diferentes. O candidato do PSL faz justamente o oposto, segundo Moisés, ao “desmerecer minorias e pôr em dúvida o processo eleitoral quando questiona o funcionamento da urna eletrônica”.

Ele entende que o tipo de discurso propagado por Bolsonaro ganhou espaço porque “vem crescendo no brasileiro a sensação de que ele próprio é irrelevante para o funcionamento da democracia”, explicou. Essa crise de participação, segundo Moisés, aumenta a percepção da população de que uma mudança para um regime autoritário “pouco importa”. Ele ressaltou ainda que o pluripartidarismo tem efeito correspondente: Os brasileiros não se sentem representados por nenhum 35 partidos que existem hoje no país, o que agrava a descrença nas instituições públicas. Uma solução, para ele, é submeter os partidos a regras de democracia interna, sem as quais “serão cada vez mais rejeitados pelos eleitores”.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP

Lino de Macedo receberá título de professor emérito do Instituto de Psicologia da USP

por Victor Matioli - publicado 28/08/2018 16:20 - última modificação 11/06/2020 06:22

Lino de Macedo - Perfil

Docente do Instituto de Psicologia (IP) da USP desde 1970, Lino de Macedo será outorgado como professor emérito no dia 29 de agosto, a partir das 15h, durante reunião da Congregação IP. Em 2011, Macedo se aposentou como professor titular do instituto, onde também se tornou mestre (1970), doutor (1973) e livre-docente (1983). No IEA, ele é membro do grupo de estudos Educação Básica Pública Brasileira: Dificuldades Aparentes, Desafios Reais, coordenado por Nílson José Machado.

Ainda no IP, Macedo atua como professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano. Ele também faz parte do Instituto Pensi (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) do Hospital Infantil Sabará. Sua linha de pesquisa trata do valor dos jogos na psicologia e a educação como recurso de observação e promoção de processos de aprendizagem e                                                                      desenvolvimento, na visão de Piaget.

Foto: Leonor Calasans/IEA-USP