Rede IEA
Antônio José da Costa Filho assume coordenação do Polo Ribeirão Preto do IEA
Desde 5 de julho, o professor Antônio José da Costa Filho, do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, é o novo coordenador do Polo Ribeirão Preto do IEA. Ele era o vice-coordenador desde setembro de 2015.
Costa Filho foi nomeado para um mandato de quatro anos pelo reitor Vahan Agopyan a partir de lista tríplice votada pelo Conselho Deliberativo do IEA, que se baseou em relação de nomes sugerida pelos diretores de unidades de ensino e pesquisa do campus da USP em Ribeirão Preto.
Professor titular da FFCLRP-USP desde 2013, Costa Filho Costa é autor ou coautor de 89 artigos publicados em periódicos especializados. Suas pesquisas investigam as interações entre biomoléculas, com ênfase em como a interação entre proteínas e seus ligantes (substratos, inibidores e membranas) podem levar à modulação/controle das funções proteicas.
Nos últimos anos, passou a se dedicar também a projetos que procuram identificar como compostos farmacologicamente relevantes (complexos metálicos e drogas) afetam a organização de modelos para a membrana celular.
Costa Filho é presidente da Sociedade Brasileira de Biofísica (SBBf) e ex-membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento.
Polo Ribeirão Preto/IEA-USP
Pesquisadores do IEA participam de audiência no Senado sobre aquecimento global
- O climatologista Carlos Nobre
Três pesquisadores do IEA participaram, no dia 30 de maio, de uma audiência pública no Senado Federal sobre a influência do homem nas mudanças climáticas que caracterizam o aquecimento global: o climatologista Carlos Nobre, o astrogeofísico Luiz Gylvan Meira e o físico Paulo Artaxo. Nobre é pesquisador colaborador do IEA, enquanto Gylvan Meira e Artaxo são integrantes do Grupo de Estudos Meio Ambiente e Sociedade. Também participaram do debate o biólogo e ecólogo Gustavo Luedemann e a geobotânica e bióloga Mercedes Bustamante.
Organizado pelas comissões de Relações Exteriores (CRE) e de Meio Ambiente (CMA), a conversa reforçou as conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Em suas pesquisas, a organização relacionou diretamente o aumento das emissões de dióxido de carbono pelo homem com o aceleramento do aquecimento global. Os cinco especialistas convidados concordam com esta tese, predominante na comunidade científica internacional.
- O astrogeofísico Luiz Gylvan Meira
Gylvan foi um grande colaborador do IPCC, sendo vice-presidente entre 1996 a 2002. Também presidiu a Agência Espacial Brasileira. Nobre e Artaxo participaram da equipe que preparou o Quarto Relatório do Painel, projeto que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007. Ambos são membros da Academia Brasileira de Ciências.
O debate foi um contraponto a outra audiência, realizada no dia 28, em que opositores desta ideia apresentaram seus argumentos. O climatologista Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e o geógrafo Ricardo Felício, da USP, defendem que as atividades humanas não são as principais responsáveis pelo aumento da temperatura média verificada no planeta nos anos recentes.
Confira a apresentação Os Riscos das Mudanças Climáticas para o Brasil, de Carlos Nobre.
Walter Neves recebe medalha Imperator Augustus
Walter Neves, professor sênior do IEA, recebeu a medalha Imperator Augustus da Rede Internacional de Excelência Jurídica, núcleo Portugal. A honraria foi concedida em sessão solene no dia 4 de maio, em São Paulo, em reconhecimento pela contribuição de Neves à ciência e à humanidade.
Biólogo, arqueólogo e antropólogo, foi professor titular do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP, onde fundou e coordenou o Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, único do gênero da América Latina. Neves foi responsável pelo estudo de "Luzia", considerado o esqueleto humano mais antigo das Américas. Seu modelo de dois componentes biológicos principais é frequentemente adotado para o entendimento da origem e dispersão dos humanos anatomicamente modernos no continente americano.
Ao longo de sua carreira, dedicou-se também (e com intensidade) à divulgação científica para o grande público, principalmente através de exposições museográficas, livros e artigos. Em 2013, implantou na Jordânia o projeto " Evolução biocultural hominínia no Vale do rio Zarqa, Jordânia: uma abordagem paleoantropológica", que tem como objetivo estudar os primeiros representantes do gênero Homo que deixaram a África por volta de 2 milhões de anos atrás.
Como professor sênior do IEA, Neves busca fortalecer a divulgação científica para além dos muros da Universidade e planeja introduzir o pensamento evolutivo humano nas áreas biomédicas, tanto na USP quanto em outras instituições universitárias. Ele também pretende se dedicar à propagação da teoria darwiniana da evolução humana para a comunidade por meio de exposições, artigos científicos, palestras e da institucionalização do projeto “Ciência na Rua”.
Vice-diretor do IEA é representante da USP em comissão da Capes
Guilherme Ary Plonski, vice-diretor do IEA, é o representante da USP na Comissão Especial formada pela Capes para acompanhar e monitorar a implantação do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG-2011-2020). Instituída pela Portaria n° 58 de 18 de março de 2019, a comissão é composta por outros 11 membros, incluindo Helena Nader, uma das titulares da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, que representará a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os demais integrantes são Jorge Luís Nicolas Audy, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/RS), que presidirá a comissão; Adalberto Luis Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); José Fernandes de Lima, da Universidade Federal de Sergipe (UFS); Lúcia Galvão de Albuquerque, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp); Renato Machado Cotta, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Santuza Maria Ribeiro Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Adalberto Grassi Carvalho, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Flavia Calé Silva, da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG); Luiz Roberto Liza Curi, do Conselho Nacional de Educação (CNE); Márcio de Castro Silva Filho, do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop).
Membros do IEA-USP participam de debate sobre os rumos da Indústria 4.0 no Brasil
No dia 27 de março, Guilherme Ary Plonski, vice-diretor do IEA-USP, e Glauco Arbix, membro do Observatório de Inovação e Competitividade (OIC) do IEA, participarão de um debate sobre os rumos da Indústria 4.0 no Brasil. A mesa de discussão faz parte do Deloitte Industry Transformation Cycle, evento organizado pela consultoria Deloitte e que será realizado nos dias 26 e 27 de março, no Hotel Unique, em São Paulo.
Além Plonski — que será responsável por mediar a conversa — e Arbix, o debate Indústria 4.0 no Brasil – Como acelerar o passo para se ajustar ao movimento global contará com a participação de Paulo Eigi Miyagi, professor da Escola Politécnica (EP) da USP, Osvaldo Lahoz, professor do SENAI, Everton Salvo, diretor da Archer Daniels Midland Company (ADM), Luis Mamede, gerente de Automação Global da Oxiteno, Carlos Tunes, executivo da IBM, e Eduardo Raffaini, da Deloitte Brasil. O encontro será realizado das 14h às 16h, na Sala Mundaca do Hotel Unique. Mais informações estão disponíveis no site do evento.
USP quer fortalecer parcerias com universidades em Israel
Por Adriana Cruz, do Jornal da USP
- Da esquerda para a direita: Dany Schmit, Guilherme Ary Plonski, Daniel Zajfman, Vahan Agopyan e Raul Machado Neto | Foto: Divulgação
Morre o ambientalista Paulo Nogueira-Neto, professor honorário do IEA
O ambientalista Paulo Nogueira-Neto morreu aos 96 anos no dia 25 de fevereiro, em São Paulo, após ter falência múltipla dos órgãos.
Professor honorário do IEA e emérito da USP, foi secretário especial do Meio Ambiente do governo federal entre 1974 e 1986 (cargo hoje equivalente ao de ministro), responsável pela criação de estações ecológicas de preservação da natureza e também de muitas das principais leis de proteção do meio ambiente do país.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da USP, em 1945, e em História Natural, na então Faculdade de Filosofia e Letras, também da USP, em 1959. Foi um dos fundadores do Departamento de Ecologia Geral do Instituto de Biociências (IB) da USP. É integrante da Academia Paulista de Letras desde 1991. Recebeu o Prêmio Paul Getty, em 1981.
Foi um dos formuladores do conceito de "desenvolvimento sustentável", termo assumido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que passou a orientar diversas políticas mundialmente. Na ecologia, atuava principalmente nos seguintes temas: abelhas sem ferrão, comportamento, populações, sobrevivência e criação de abelhas. Na revista "Estudos Avançados", publicou em 1992 o artigo "A erradicação da miséria: um problema ambiental central".
Alfredo Bosi é homenageado em livro
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Capa do livro “Reflexão como resistência” |
Alfredo Bosi, editor da revista “Estudos Avançados” e ex-diretor do IEA-USP, é homenageado em um livro que reúne cartas, artigos e depoimentos que saúdam sua fértil trajetória dentro e fora da academia. “Reflexão como resistência”, editado e publicado pelas editoras Companhia das Letras e Edições Sesc São Paulo, foi lançado em dezembro de 2018 com o intuito de retribuir “às mais variadas formas de aprendizado” proporcionadas pelo convívio com Bosi, segundo os organizadores da obra. Bosi é considerado um dos principais críticos literários do Brasil.
Além de escritos, relatos e ensaios relevantes sobre a carreira de Bosi, os organizadores Augusto Massi, Erwin Torralbo Gimenez, Marcus Vinicius Mazzari e Murilo Marcondes de Moura reuniram no livro outras homenagens prestadas ao acadêmico, como a música “Saudade do Cinema Paradiso”, de Ivan Vilela, e o poema “Retrato”, de Ecléa Bosi, escritora e esposa do crítico, morta em 2017. Na apresentação da obra, os organizadores ressaltam o forte empenho de Ecléa para que o projeto se materializasse finalmente em um livro: “Esperamos ter honrado sua memória”.
“Reflexão como resistência” resgata discussões sobre a contribuição de Bosi para a crítica das obras de escritores como Machado de Assis, Graciliano Ramos, Padre Antônio Vieira e Jorge de Lima, mas também exalta sua pujança intelectual ao discutir os ponderamentos filosóficos de autores como Giambattista Vico, Benedetto Croce e Antonio Gramsci. O livro traz ainda análises e comentários sobre uma das principais obras de Bosi, "Dialética da Colonização", de 1992, que foi amplamente elogiada pela academia e ganhou versões em inglês, francês e espanhol.
Em uma sessão chamada “Cartas na mesa”, os organizadores reuniram uma coletânea de correspondências recebidas por Bosi entre 1970 e 2012. Entre os notórios remetentes estão Otto Maria Carpeaux, Murilo Mendes, Sebastião Uchoa Leite, Dyonélio Machado, João Antônio, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Darcy Ribeiro, Celso Furtado, Raduan Nassar e Antonio Candido.
Além de diretor (1998 a 2001) e vice-diretor (1987 a 1997) do IEA, Bosi é editor da revista do Instituto desde sua criação, em 1989. Ainda no IEA, ele coordenou o Programa Educação para a Cidadania (1991-1996), integrou a comissão coordenadora da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação Memorial da América Latina de 1992 a 1996), coordenou a Comissão de Defesa da Universidade Pública (1998) e a Cátedra Lévi-Strauss (convênio com o Collège de France, de 1998 a 2004).
Foto: Divulgação/Companhia das Letras
Nota de falecimento
Morreu ontem, 31 de janeiro, no Rio de Janeiro o professor José Renato de Campos Araújo, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. Ele havia sido selecionado para participar do Programa Ano Sabático do IEA em 2019, com o projeto “Brasil Migrante: Fluxos Populacionais, Políticas Públicas e Estruturas Estatais”.
Na Each, Araújo foi coordenador do curso de Gestão de Políticas Públicas, atuou na Comissão de Graduação, na Congregação, foi representante dos professores doutores no Conselho Universitário, dentre outras importantes responsabilidades.
O IEA lamenta profundamente a morte de José Renato de Campos Araújo. A EACH decretou luto oficial de três dias. O velório será realizado neste sábado, no Cemitério da Vila Mariana, em São Paulo, até as 15h. Já o enterro ocorrerá no Cemitério São Paulo.
Ary Plonski participa de reunião com o ministro Marcos Pontes em Israel
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Da esquerda para a direita: Marcos Pontes, Maurício Pazini Brandão (Secretário de Tecnologias Aplicadas do MCTIC), Ary Plonski e Peretz Lavie |
O vice-diretor do IEA-USP, Guilherme Ary Plonski, participou de uma reunião entre o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, Marcos Pontes, sua comitiva e membros de três universidades israelenses. O encontro aconteceu em Israel, no dia 28 de janeiro, com representantes da Tel Aviv University, do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) e do Weizmann Institute of Science. O intuito era trocar experiências e perspectivas sobre inovação, além de abrir caminho para cooperações acadêmicas entre Brasil e Israel.
No dia 13 de fevereiro, Plonski mediará uma conversa com Peretz Lavie, presidente do Technion, que vem ao IEA para falar sobre modelos de inovação e o exemplo bem-sucedido do Technion na área. Veja aqui mais informaçõe sobre o evento. Professor da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), o vice-diretor do IEA foi diretor superintendente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e dedicou boa parte da sua carreira acadêmica ao desenvolvimento de políticas de ciência, tecnologia e inovação. Plonski também é membro da Junta de Governadores do Technion.
A comitiva do ministro deve permanecer em Israel até o dia 2 de fevereiro, para cumprir compromissos com autoridades de ciência, tecnologia e inovação do país. Segundo Pontes, um dos objetivos da viagem é conhecer tecnologias de dessalinização da água do mar que poderiam ser empregadas no Nordeste do Brasil. Ele busca ainda novas referências tecnológicas para as áreas cibernética e aeroespacial.
Foto: Odjair Baena/MCTIC