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O Psíquico nos Territórios do Social

por Marilda Gifalli - publicado 01/07/2013 09:50 - última modificação 21/08/2014 13:11

Originalmente, o Grupo foi formado com os seguintes objetivos:

a) constituir espaço de reflexão sobre a psicologia como ciência e profissão visando a integração de disciplinas interessadas no estudo das relações entre homem, seu corpo, sua sensibilidade, sua experiência do espaço social e sua apreensão do mundo vivido;

b) produzir documentos sobre as perspectivas da psicologia para o tratamento de questões referentes ao cuidado da cidade de São Paulo.

Nas primeiras reuniões, o Grupo procurou definir temas e questões para análise a partir do conceito de território do social, que entendemos como a produção de espaços particulares por indivíduos e grupos sociais em que se combinam elementos sociais e de outra natureza, alguns materiais como a paisagem, técnicas de trabalho, sexo, idade, e outros imateriais ou simbólicos como cultura, memória, esperança ou ideologia que são veiculados em diferentes espaços geográficos.

Na medida em que procuramos compreender a clínica psicológica como um território do social nos termos acima descritos, dentres os elementos materiais escolhemos focalizar o trabalho do clínico (suas técnicas de trabalho) por entendê-lo como atividade que privilegia a observação do psíquico. Uma frase pode bem resumir nossa afirmação ou pergunta central: No consultório psicológico se faz, antes de mais nada, trabalho psíquico". Como o principal instrumento do trabalho psicanalítico é a palavra, interessa-nos então a discussão do problema da linguagem e da fala, tendo em vista a escuta psicanalítica pensada como escuta do psíquico.

No que se refere aos elementos imateriais da citada definição, considerando que essa categoria tem o imaginário humano como crivo necessário, pelo qual passam os elementos que entram na composição de um território e da noção de territorialidade, interessou-nos primeiramente a elucidação do conceito de símbolo. Para tanto, tomamos como ponto de partida a teoria psicanalítica da mente e sua análise da produção de significado.

Dessa forma, na atualidade, as atividades do Grupo estão organizadas tendo em vista três planos de discussão:

1) Análise dos horizontes teóricos e epistemológicos da psicanálise;

2) Análise das estratégias técnicas;

3) Análise da inscrição social da clínica psicológica.

Participam do Grupo: Melany Schvartz Copit, Norberto Abreu e Silva Neto (coordenador), Sylvia Leser de Mello e Yolanda Cintrão Forghieri, docentes do Instituto de Psicologia da USP, Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior, do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São Carlos, Osmyr Faria Gabbi Júnior e Zeljko Loparik, do Departamento de Filosofia da UNICAMP e Isaías Mehlson, da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

Texto extraído da Revista Estudos Avançados, vol. 2, n. 1

Leia sobre a programação dos eventos no Informativo IEA, N. 2, pág. 2, abril de 1989